quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sem devaneios e de olho nas exportações de frutas

No embalado das crises, assim caminha a humanidade. Em 2008 nos Estados Unidos e em 2010 na Grécia prejudicando o bloco da União Européia, nosso fiel comprador de produtos in natura, está digamos que, "sufocado", mas, ao que tudo indica as exportações de frutas não se abalaram. Verdade ou mentira. Verdade e conseqüência podem ser verbetes apropriados a serem usados nestes meandros de picos altos em que o Brasil se apresenta sem grandes perdas na hora de bater o martelo e concluir sua remessa de ganhos na hora da soma nas exportações. O ano de 2008 foi o ano bom para as commodities, e péssimo para todos os outros negócios, afirmaram os especialistas. Pois bem, nem mesmo a crise que não tem deixado dormir a maior parte das lideranças do bloco que se diz a economia mais sólida do mundo, não agüentou a desordem da Grécia e começou a pedir socorro. Será que estaríamos aí com uma nova chance de vender mais commodities com em 2008, no auge da crise dos Estados Unidos?

Vale lembrar que de longe, como bem enfatizou o diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, a UE é o maior cliente do Brasil quanto a comprar mais produtos. Em conversa com a reportagem do blog Brincadeira Tem Hora, Sampaio disse ainda, que a crise do bloco europeu em nada alterou as somas das exportações nacionais até o momento; visto que, de janeiro a maio deste ano, as mesmas alcançaram a marca de 9% sem registro de queda.
Os números apresentados pelo Ministério da Agricultura dão conta de que, as exportações de frutas para a União Européia variaram de 2007 a 2009 respectivamente, em aproximadamente R$183 milhões, R$209 milhões em 2008, ano da crise que afetou a economia mundial, e R$165 milhões no ano passado.

De acordo com Sampaio, as exportações brasileiras de frutas movimentam, hoje, cerca de R$ 1 bilhão por ano. “Mas, o país tem potencial para um faturamento muito maior, pois produz frutas de qualidade, principalmente, em áreas irrigadas de regiões de clima tropical como nos perímetros irrigados que tem muito a expandir no Norte de Minas, Ceará, Paraíba e outros,” defende.
Afirma que, atualmente, as frutas exportadas pelo país em maiores volumes são uva, manga, melão e limão. Mas, que existem condições favoráveis para a venda de outras frutas para o mercado externo, como é o caso da banana. Além disso, acrescenta: os empresários que exportam dizem que há novos mercados sinalizando positivamente em receber os frutos produzidos no Brasil, a exemplo de países como a Rússia e outros no Oriente Médio, mas devido a problemas com logística as negociações não fecham.
O Brasil também enfrenta algumas dificuldades em exportar para os EUA por causa das exigências fitossanitárias, muito embora alguns produtos sofram menos pressões com essas barreiras, o comércio está prejudicado; ainda é preciso estudar com os exportadores todas as informações necessárias. Tudo isso, para não faltar moeda de troca na hora de fazer negócio.
Um fato não muito animador foi saber que o Brasil participa muito pouco do mercado internacional de frutas. “O mercado mundial da banana movimenta cerca de US$ 10,5 bilhões por ano e o Brasil alcança somente 0,5% desse mercado. Já a venda da uva movimenta US$ 3,5 bilhões por ano no mundo, com uma participação brasileira de 3,5%”, observa Eduardo Sampaio.



Ele ressalta que, para exportar, os produtores deverão se organizar por intermédio de cooperativas ou consórcios. Assim, terão condições de negociar com os compradores, firmar contratos com outros países. Também deverão cuidar de outros aspectos como a logística parar levar as mercadorias até os portos ou aeroportos e cumprir prazos e garantir a entrega das quantidades previstas nos contratos.
Em contrapartida Sampaio revelou que a exportação de castanha de caju é a maior no ranking nacional e representou um total de R$ 232 milhões arrecadados com sua comercialização no ano passado.


Para finalizar Sampaio disse que se o exportador quiser crescer terá que sair da comodidade de comercializar apenas para o mercado interno, perder o medo e enfrentar o câmbio, apesar de ele está nesses últimos tempos com a cotação em baixa no mercado externo. Prejuízo acredita que o exportador não deva ter tido muito, porque senão teria ampliado seus horizontes e seguiria para a exportação com afinco.
“Tivemos uma redução na oferta de frutas no mercado externo, e, por conseguinte, a oferta de preço do mercado interno ficou mais interessante.
O segundo caso analisado pelo representante do Ministério da Agricultura é que em alguns casos o exportador não tem acesso a determinados mercados interessantes, caso dos EUA, por exemplo, por causa de certas imposições das barreiras fitossanitárias e problemas de logística, e enfim; problemas com a variação do câmbio também, finaliza.