sexta-feira, 19 de abril de 2013

Empresas baianas conquistam mercado internacional durante feira no Panamá

A estimativa é gerar mais de U$ 1,6 milhão em negócios durante a Expocomer, exposição internacional que acontece até 20 de abril “Pelos contatos feitos aqui no Panamá, empresas e entidades relataram uma grande demanda pelo nosso produto, que é a tecnologia capaz de automatizar armazéns, e querem fazer parceria”, revela o empresário Adolfino Alves, da Próton Sistemas, empresa de Feira de Santana. Como um dos 30 integrantes da missão baiana presente na Exposição Comercial Internacional do Panamá (Expocomer), considerada uma das mais importantes feiras de negócios internacionais do mundo, realizada entre os dias 17 e 20 de abril, Adolfino já se prepara para um próximo retorno ao país, interessado em estreitar a relação através de uma estratégia inicial de formar mão de obra no seu setor de atuação. Já nos dois primeiro dias de feira, as empresas baianas representantes dos setores de alimentos, construção civil e vestuário, estimam um volume de negócios próximo a U$ 1,6 milhão. “Os empresários foram preparados para negociar com compradores de diversas partes do mundo, aproveitando o Panamá enquanto uma plataforma logística para a distribuição de produtos”, concluiu a gestora do Programa de Negócios Internacionais do Sebrae Bahia, Cristiane Mota. Segundo ela, os números são estimados, já que uma negociação internacional requer um tempo maior para concluir os trâmites legais dos dois países. A participação de micro e pequenas empresas do estado está sendo viabilizada através de uma parceria entre o Sebrae Bahia e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). Aquelas que enviaram apenas seus produtos serão representadas por trades credenciadas à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). Além do showroom, estão agendadas palestras e Net Work Day, evento interno que possibilita a integração entre os empresários participantes da feira. 31ª Expocomer Com uma posição geográfica estratégica e o quarto mais eficiente centro logístico do mundo para o escoamento de produtos, o Panamá sedia a Expocomer, com a participação de 36 países. Na última edição, 534 empresas expositoras estiveram no encontro, 22 mil visitantes profissionais e alcançou cerca de US$ 122 milhões em negócios.

Seca: Agricultores terão dívidas prorrogadas por 10 anos

Conselho Monetário Nacional (CMN) oficializou, em resoluções divulgadas ontem (18), a prorrogação por dez anos das dívidas de agricultores afetados pela seca. A decisão vale para as parcelas vencendo em 2012, 2013 e 2014. O pagamento do valor refinanciado começa em 2015 para produtores em geral e em 2016 para agricultores familiares. O custo para o Tesouro será R$ 2,1 bilhões. A flexibilização anunciada é um desdobramento da MP da Seca, relatada pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA). Segundo Pinheiro, o Congresso Nacional está prestes a analisar uma nova medida, a MP 610, destinada também para socorrer produtores rurais atingidos pela seca. “O objetivo é ampliar as renegociações e ofertar crédito para os produtores e agricultores, além de milho subsidiado para ração dos rebanhos de animais. Nossa luta é, inclusive, para que seja dado o perdão das dívidas dos pequenos agricultores que perderam a produção e estão sem condições de fazer um novo plantio”, adiantou Pinheiro. Na decisão anunciada pelo CMN, além do direito de renegociarem as parcelas referentes aos três anos, os agricultores familiares terão um desconto de 80% caso quitem em dia as prestações do refinanciamento. De acordo com João Rabelo, o alocamento do início da quitação para os anos de 2015 e 2016 visa a dar tempo aos produtores rurais para recomporem as perdas com a estiagem que prejudicou-os em 2012 e 2013. O CMN publicou ainda uma terceira resolução autorizando agricultores da Região Nordeste a renegociar dívidas contratadas até 2006, utilizando recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) e do Fundo Constitucional do Norte (FNO). A taxa de juros do refinanciamento será 4,12% ao ano, mas pode cair para 3,5% graças a um bônus de adimplência de 15%. Além disso, foi retirada a obrigatoriedade de entrada para os financiamentos. A resolução concedeu ainda outro bônus de adimplência de 15% sobre a parcela, além do concedido sobre os juros.