segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Guido Mantega anuncia redução de taxas no Banco do Nordeste

Fortaleza (CE), 10 de setembro de 2012 - Na posse do novo presidente do Banco do Nordeste, Ary Joel, realizada na tarde desta quinta-feira, 6 de setembro, na sede da instituição no Passaré, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a redução de juros no BNB, notadamente aqueles praticados no âmbito do FNE, cuja menor taxa caiu de 3,75% para 3,50%; e do crédito para investimento, que passa a ser de 2,5% a.a. Ele também destacou o grande aumento no volume de crédito praticado pelo Banco, que foi multiplicado por mais de dez, de 2002 para cá. Segundo ele, este desempenho fez do BNB o 9º maior banco brasileiro em ativos. Guido Mantega ainda ressaltou a forte atuação do Banco do Nordeste no microcrédito, cujos programas Agroamigo e Crediamigo são reconhecidos internacionalmente. Ele também creditou ao BNB papel de grande importância na alavancagem das taxas de crescimento da Região, que têm sido superiores à média nacional nos últimos anos, e na redução da miséria absoluta. “O Nordeste já deixou o estigma da pobreza para trás. Hoje, é reconhecido pelo dinamismo de sua economia”, disse. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, anunciou a aprovação de recursos adicionais para o FNE, no montante de R$ 500 milhões, a título de crédito emergencial para as vítimas da estiagem. “Passamos por uma nova etapa nesta instituição, que é a cara e a marca da Região. Não se pode falar na história de desenvolvimento do Nordeste sem falar na história do Banco do Nordeste”, justificou. O governador do Ceará, Cid Gomes, lembrou que Ary Joel toma posse num cenário de crise econômica internacional, mas de importantes conquistas para a instituição. Neste sentido, ele citou a recente elevação do capital do Banco, a redução dos juros, ampliação do quadro de agências, e principalmente a financeirização do FDNE, que vai permitir a acumulação de R$ 30 bilhões nos próximos 10 anos. Ary Joel: “BNB deve aplicar R$ 1,8 bilhão por mês até o fim do ano” Para cumprir sua meta anual de aplicações, que é de R$ 22 bilhões, o Banco do Nordeste deve contratar R$ 1,8 bilhão por mês até o final do ano, para o qual restam apenas 74 dias úteis. “Este desafio será cumprido com a cooperação do corpo funcional, o ativo mais valioso da organização”, afirmou o novo presidente do Banco do Nordeste, Ary Joel, em seu discurso de posse, que aconteceu na manhã desta quinta-feira, 6 de setembro, na sede da instituição em Fortaleza. Prestigiaram a solenidade os ministros da Fazenda e da Integração Nacional, respectivamente Guido Mantega e Fernando Bezerra, o presidente do Conselho de Administração do BNB, Dyogo Oliveira, o governador do Ceará, Cid Gomes, além de senadores, deputados, ex-presidentes do BNB e representantes de instituições parceiras do desenvolvimento regional. “Tenho plena consciência das responsabilidades que ora assumo. Tenho a exata medida da importância da missão que me foi entregue, de conduzir uma empresa do porte e da magnitude do Banco do Nordeste. São 60 anos de história, no papel simultâneo de banco de desenvolvimento e banco comercial, com muitas realizações em diferentes campos de atividade”, afirmou Ary Joel. O presidente ressaltou que o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal fonte de recursos do BNB, já ultrapassou a marca de R$ 100 bilhões em valores contratados, desde sua criação em 1989 até junho deste ano. Somente no período de 1999 a 2009, as empresas financiadas pelo FNE geraram 40% a mais de empregos e 45% a mais de massa salarial do que as que não foram financiadas por ele. “A forte presença do BNB no financiamento à economia nordestina é bem ilustrada por sua participação relativa no mercado de crédito regional. Segundo o Banco Central, em 2011, respondeu por 65% do valor do financiamento dos investimentos industriais e 74% do valor do financiamento rural e agroindustrial, ou, ainda, 69% do financiamento total, excluído o financiamento imobiliário”, informou. Fonte: Ascom BNB

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Salvaguarda é a saída para indústria recuperar o fôlego

A indústria brasileira de vestuário está definitivamente em maus lençóis. Os altos custos de produção e a forte competitividade de produtos chineses estão comprometendo o desempenho do setor. Dados do IBGE apontam que até maio, o setor teve queda de 10,6% na produção, em comparação ao mesmo período de 2011. No semestre, a produção caiu 13,1%. Diante desse cenário nebuloso, no final de agosto, o setor entrou como pedido de salvaguarda junto ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O documento solicita o bloqueio da entrada de 60 produtos de vestuário, que representam 82% de produtos de confecção importados. "Ainda não temos previsão de quando o assunto será avaliado pelo governo", explica Agnaldo Diniz Filho, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Vestuário (Abit). Segundo dados da entidade, as importações de vestuários chineses cresceram 42% entre o ano passado e o primeiro semestre do ano. "Cada vez que um produto importado é adquirido, o impacto é sentido em todos os setores da cadeia, até nos produtores de algodão", explica Diniz. "Isso tem reflexos na geração de emprego e renda", diz. Apesar do momento complicado, Diniz explica que o câmbio favorável ao real e a desoneração da folha de pagamento deram um respiro ao setor, mas o suficiente. Para ele, a indústria brasileira precisa de melhores condições para voltar a crescer. "O custo de energia no Brasil ainda é quatro vezes mais caro do que na China", diz. FONTE: BRASIL ECONÔMICO

Ministro Mantega anuncia linha para bens de capital usados

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a criação de uma nova linha de financiamento para bens de capital usados. "Quando o cidadão quer comprar um caminhão novo, ele tem que vender um usado e necessita de uma linha para o comprador do usado", exemplificou. O ministro ressaltou, porém, que a medida não é válida apenas para caminhões usados, mas também para máquinas e ferramentas, tratores, carretas, aeronaves comerciais e cavalos mecânicos. A taxa que incidirá sobre esse crédito é a TJLP (5,5%) mais 1% e mais o risco da empresa que tomar o crédito. Mantega declarou também que outra linha, que está no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), é para o refinanciamento de bens de capital, que vale para empresas de máquinas, equipamentos, ônibus e caminhões. "Se houver inadimplência, o interessado obtém um novo crédito para pagar o antigo. Ele vai quitar esse financiamento e tem um refinanciamento. É como se fosse um aumento do prazo de pagamento", explicou. Apesar de estar no PSI, as taxas ainda não foram estipuladas. O BNDES dará os parâmetros, de acordo com seus programas operacionais, informou o ministro. FONTE: AGÊNCIA ESTADO