quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Banco do Nordeste contratou 21,1% mais no primeiro semestre de 2012

Balanço semestral evidencia melhor distribuição de recursos
A quantidade de operações contratadas pelo Banco do Nordeste cresceu 21,1% no primeiro semestre de 2012, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, foram realizadas 1,8 milhão de operações de longo e curto prazos nos primeiros seis meses desse ano, contra 1,5 milhão no primeiro semestre de 2011. Divulgado nesta terça-feira, 21, com a publicação do Balanço Patrimonial da instituição, o resultado evidencia maior pulverização do crédito e incremento na quantidade de operações com micro e pequenos empreendedores. Como consequência da maior quantidade de empréstimos, o valor médio das operações passou de, aproximadamente, R$ 6 mil para R$ 5 mil. Em volume financeiro, as contratações globais do Banco, incluindo operações de mercado de capitais, somaram R$ 9,8 bilhões, contra R$ 9,5 bilhões do primeiro semestre de 2011. Microcrédito e MPE Maior responsável pela pulverização dos recursos emprestados do Banco do Nordeste, a área de microcrédito contratou R$ 2,4 bilhões no primeiro semestre de 2012, 47,4% a mais, na comparação semestral. O desempenho beneficiou microempreendedores urbanos e rurais, por meio dos respectivos programas Crediamigo e Agroamigo. Para Micro e Pequenas Empresas (MPE) o Banco disponibilizou o montante de R$ 1,7 bilhão, através de suas linhas de crédito de longo e curto prazos. Cerca de 16 mil clientes de MPEs foram atendidos com 45.913 operações em toda a área de atuação do Banco. Demonstrando a solidez da instituição, o Banco do Nordeste continua apresentando incremento nas suas captações, destacando nova emissão de Eurobonds, no valor de US$ 300 milhões, com prazo de sete anos e elevação de R$ 330 milhões na captação de depósitos. Estas captações refletiram no reforço da liquidez da instituição. O Banco do Nordeste apresentou lucro líquido de R$ 246 milhões no primeiro semestre de 2012. Esse resultado já representa aproximadamente 78% do resultado alcançado em todo o ano de 2011. Contratações na Bahia De janeiro a junho de 2012, o Banco contratou 242 mil operações de crédito na Bahia com o volume de R$ 1,97 bilhões, o que significa uma expansão de 16,6% em relação ao mesmo período de 2011 na quantidade de operações. Os financiamentos de longo prazo com recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), no valor total de R$ 971,6 milhões, cresceram 3,5%. Outro crescimento importante foram as operações de microfinanças (Crediamigo) que cresceram 48,3% com aplicação de R$ 242,9 milhões. E cerca de R$ 126,25 milhões foram aplicados na agricultura familiar neste primeiro semestre, resultando num crescimento de 9,5% em relação ao primeiro semestre de 2011. Segundo o superintendente estadual da Bahia, Nilo Meira Filho, parte deste crescimento foi resultado do empenho do Banco do Nordeste e instituições parceiras na contratação do crédito emergencial para estiagem que oferece condições vantajosas para o agricultor e também para os comerciantes localizados nos municípios afetados. Para o superintendente, o setor industrial tem procurado mais o Banco do Nordeste como parceiro, resultando num crescimento de 45% na quantidade de operações na Bahia, “O resultado desta demanda foi a contratação de R$ 823,7 milhões somente no primeiro semestre.”, explica.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Microcrédito potencializa renda de agricultores familiares

Segundo pesquisa apresentada por Gabriel Madeira, professor da Universidade de São Paulo, clientes que aderiram ao programa de microcrédito produtivo orientado do Banco do Nordeste na zona rural (Agroamigo) têm maior índice de bancarização, maior capacidade de desenvolver poupança e têm realizado mais seguros. De acordo com o pesquisador, os clientes do Agroamigo, se comparados aos do Pronaf B, apresentam maior capacidade de poupar. De acordo com os dados demonstrados por Madeira, cerca de 40% dos clientes do Agroamigo têm poupança, enquanto que apenas 20% dos clientes do Pronaf B o fazem. “Isso demonstra a importância da orientação do assessor de crédito durante o processo”, explicou o professor. O número de clientes do Agroamigo com contas bancárias e que fazem seguros também é maior. Os clientes optam, na maioria das vezes, pelo seguro safra (20%) e funeral (12,8%). A taxa de clientes que opta por seguros, assim como o índice de bancarização aumentou bastante nos cinco anos da pesquisa. Em 2006, apenas 25% dos clientes do Agroamigo possuíam conta bancária, índice que aumentou para 41%. Segundo Luiz Sérgio Farias Machado, superintendente de Agricultura Familiar e Microfinança, “esta pesquisa demonstra, qualitativamente, a melhoria de vida dos clientes do programa, pois não analisa apenas a quantidade de dinheiro investido ou captado, mas aos resultados humanos”, disse. Pesquisa Durante cinco anos, de 2006 a 2010, foram analisados fatores sociais e econômicos de clientes integrantes e ingressantes no programa. De acordo com os dados apresentados, o Agroamigo atinge os indivíduos mais pobres, com baixa escolaridade, beneficiários do programa Bolsa Família, tanto com pouco acesso a serviços públicos (escolas públicas, saneamento básico, energia) quanto de instituições financeiras. Segundo Madeira, os clientes do semiárido não aparentam ser mais pobres do que os de fora do semiárido. A pesquisa também demonstrou que os clientes com dois ou mais anos no Programa conseguiram aumentar suas posses e o número de bens produzidos para a venda. Entretanto, grande parte da produção é destinada para o consumo da família. Agroamigo O Agroamigo é um programa de microcrédito realizado pelo Banco do Nordeste em parceria com o Instituto Nordeste Cidadania (Inec) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O programa tem por base a forte atuação e presença local do assessor de microcrédito e sua capacidade de avaliação do cliente, considerando intenções e potencialidades. Hoje, o programa conta com uma base de 760 mil clientes ativos, que exploram parcela de terra na condição de proprietários, posseiros, arrendatários ou parceiros e possuam renda bruta anual de até R$ 6 mil reais, excluídos benefícios sociais e proventos previdenciários decorrentes de atividades rurais. Os clientes recebem empréstimos de até R$ 2,5 mil, bem como cartilhas e orientações de investimento dos assessores de crédito.