quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O biobutanol gera potência 30% maior que a do etanol e é mais sustentável

Se você pensa que já viu de tudo na área de biocombustíveis, esqueça. A nova agora foi a descoberta feita por cientistas da universidade escocesa de Napier, em Edimburgo, que desenvolveram um novo biocombustível para automóveis que deve gerar 30% mais potência do que o etanol. O biobutanol é produzido à base da refinação dos resíduos procedentes da fabricação de uísque. Matin Tangney, um dos coordenadores da pesquisa, apresenta o biobutanol

No Brasil a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária(Embrapa)e as Universidades tem igualmente avançado nas pesquisas sobre biodiesel, e têm feito descobertas incríveis com oleaginosas dos biomas que cortam as regiões deste país. Como no Cerrado por exemplo onde se encontra o Pequi, e em casos coco babaçu, dendê, entre outros mais citados girassol, pinhão manso, mamona, gergelim etc.
Outra vantagem que os cientistas apontam em relação ao novo combustível é que, ao contrário do que ocorre com o etanol, os motores dos automóveis não precisam ser alterados para utilizar o biobutanol em lugar de derivados de petróleo. O biobutanol também pode ser utilizado para fabricar outros bioquímicos ecológicos, entre eles a acetona.
O novo combustível foi criado a partir dos dois principais subprodutos gerados na fabricação do uísque: o “pot ale”, líquido remanescente nos alambiques de cobre após a destilação; e os restos dos grãos utilizados, como a cevada.
"Algumas empresas energéticas estão cultivando plantações para gerar biocombustíveis, mas nós averiguamos os materiais de resíduo do uísque para desenvolvê-los", disse o diretor do centro de pesquisas sobre biocombustíveis da Universidade Napier, Matin Tangney. "É uma opção ainda mais compatível com a defesa do meio ambiente, e que aproveita uma das maiores indústrias escocesas”.
A indústria do uísque maltado produz anualmente 1,6 milhões de litros de “pot ale” e 187 mil toneladas de restos de cevada. Todo esse material poderia ser transformado em combustível, para ser utilizado puro ou em combinação com petróleo ou diesel, dizem os cientistas.

Fonte:Globo Rural Online com informações da Agência EFE