sexta-feira, 30 de julho de 2010

Abertura de novela: Renascer (2)



O texto Renascer: nada de vassoura de bruxa começou seu enredo falando desta novela que marcou época na história das telenovelas. Foi o momento em que o cenário cacaueiro vivia seu momento de crise e era importante chamar atenção para isso. Vibramos com cada capítulo. E eu que sou mineira pude aprender como os baianos cultivam cacau e como a vassoura de bruxa assolou centenas de fazendas há mais de 20 anos. É muita história e que bom que uma telenovela retratou isso tão bem e fez com que milhões de brasileiros conhecessem um pouco do outro que fica logo ali, vizinho de Estado. Oh mundinho pequeno danado baianada.
Que este cenário da produção de cacau retorne a seus tempos áureos e nos faça potência neste seguimento novamente. Os portos aduaneiros e o mundo nos aguardam.

Renascer: nada de vassoura de bruxa

fotos são da chocolates Amma

Quem não se lembra dos pés de cacau mostrados na novela Renascer da rede Globo, em 1993, cenário de tórridos romances? Em meio aos cacaueiros recordo-me que a trilha sonora, que trazia a música Confins de Ivan Lins e Batacoto, os atores e o enredo me atraiam de tal maneira que meu pai mal me deixava terminar de ver as últimas cenas. Foi naquele tempo, caros meus, que soube pela primeira vez como era um cacau. só pela televisão é claro. Só vim conhecer de perto o fruto já em minha juventude. E confesso, pensei que ele fosse mais doce.
Mas voltando a falar das cenas de amor que norteavam a história, quem poderia imaginar que o patriarca coronel, José Inocêncio aos 50 anos iria roubar a namoradinha de seu próprio filho, João Pedro, e levá-la para as ruas de cacau para compensar a viuvez perdida. Acho que era tanta doçura que o sexo não apimentava o clima, adocicava graças à textura do fruto que dá cor e sabor ao chocolate. Deslizante, tentador e da cor do pecado pra quem entende de pecado, o que não era bem o meu caso naquela época, se tratando de uma menina que tinha apenas 10 anos de idade.
Via aqueles balaios cheios de cacau enquanto, as conversas que circulavam as casas dos senhores fazendeiros de Renascer, lá pelas bandas de Ilhéus, sul da Bahia, era a maldita vassoura de bruxa. A praga que não deixa dormir muita gente até hoje. Jorge Amado, oriundo daquelas redondezas, bem relatou em suas obras o gosto e a vida de pessoas colhendo cacau em Ilhéus e como era ser cacaueiro antes da vassoura de bruxa destruir impérios de baianos que ostentavam riquezas imensas. Pois é, mas nem todos estes ricos sobreviveram. Foram engolidos pela falência.
Há quem diga que essa vassoura de bruxa foi uma espécie de sabotagem de outros mercados que viram que o Brasil estava com força total nas exportações, visto que, só no sul da Bahia havia uma infraestrutura de ponta para exportação de cacau in natura, o que potencializava as comercializações do fruto de origem nacional no mundo. Com tanta pujança houve quem temesse tamanho crescimento. Hoje passados mais de 20 anos, o governo federal tem projetos de investimentos para revitalização da atividade, outrora tão promissora. Durante a crise, os cacauicultores que tomaram empréstimos do BNDES via Banco do Nordeste e Desenbahia, antigo Desenbanco na década de 80, sentindo-se prejudicados mobilizaram as lideranças políticas para responsabilizar a União por terem sido estimulados a plantar cacau numa época em que o Brasil era assolado por um problema fitossanitário, o que causaria a perda de mercado. E enfim, uma crise sem tamanho. E foi o que ocorreu.

Depois de muitos anos, e muitos juros correndo sobre as dívidas destes produtores, surge uma luz no fim do túnel. Eis que novamente essas lideranças que representam a classe se unem com os governos federal e estadual para formatar um projeto de lei que permite a renegociação de dívida contraídas anteriormente pelo BNDES que passarão a ser regidas pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), do qual prevê juros menores para os produtores, e um novo prazo para a quitação das dívidas. Basta saber se há dinheiro em caixa, e se os produtores terão novas condições de obterem novas dívidas. Isso é um novo recomeço para quem ainda tem contas a pagar?
Pois é, dizem por aí que isso faz parte do tal do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) pra tudo, ou quase tudo. O governo federal tratou de inventar o PAC do cacau.
O presidente Lula e o governador da Bahia Jaques Wagner estão afoitos com o Plano de Desenvolvimento e Diversificação Agrícola na região Cacaueira. Em maio de 2008, quando do lançamento do programa, Lula chegou a dizer: “Vim à Bahia, uma terra extraordinária, para lançar o plano que vai salvar a indústria de cacau e incrementar a produção. Devemos lembrar que essa região já foi muito rica, mas empobreceu com o tempo. Nossa meta é devolver aos produtores a fé de que o cacau é um fruto rentável e valioso”, afirmou Lula.

As metas do plano, que vai beneficiar 25 mil agricultores da região prevêem investimentos de R$ 2,2 bilhões até 2016 para revitalizar a lavoura cacaueira. O PAC do Cacau visa ainda incentivar a diversidade agrícola no sul do estado, estimulando o cultivo consorciado do cacau com outras culturas, como dendê e seringueira.
Segundo afirmou o governador da Bahia, com o aporte de recursos, apoio tecnológico e crédito, estima-se que será possível implantar 150 mil hectares de cacau com clones (mudas de alto rendimento e resistentes à praga da vassoura-de-bruxa) e adensamento da lavoura (aumento do número de plantas por hectare).
Quero fazer a ressalva de que não quero conhecer o cacau de ouro só em novelas ou em contos de fada de Jorge Amado ou de quem quer que seja se ainda houver. Temos potencial para produzir, e só precisamos de que de haja capital de giro, crédito, e pesquisa que garantam a estabilidade sanitária de nossas lavouras. Exportar chocolates finos que tenham 70% ou mais de cacau não é tarefa difícil de encontrar no Sul da Bahia, e de qualidade, enquanto os chocolates de grandes marcas levam apenas 30%ou menos. Lá em Ilhéus tem produtor que ainda produz o cacau verdadeiro para o mundo minha gente. Basta conferir.
Vasculhando a internet, encontrei uma matéria da revista Exame, em que o fazendeiro Diego Badaró, herdeiro da quinta geração de produtores de cacau, no sul da Bahia, conta que faz parte de um grupo de aproximadamente 100 produtores da região que estão se dedicando a esse tipo de cultivo de cacau fino. Uma parte deles fundou em 2004 uma entidade para representá-los, a Associação dos Profissionais de Cacau Fino e Especial, com sede em Ilhéus. Embora a matéria-prima premium represente apenas 0,2% da produção de cacau nacional, o volume de exportações desse tipo de fruto aumentou de 15 toneladas para 274 toneladas nos últimos quatro anos.
“Estamos bastante confiantes, pois o interesse lá fora é crescente”, diz o produtor João Tavares, que tem uma fazenda na região de Ilhéus e fornece amêndoas à chocolateria italiana Pierre Marcolini.
Na matéria os produtores apostam que a produção de cacau fino tem muito a dar, e que inclusive, apesar dos preconceitos que o fruto da Bahia sofre, pode-se quebrar as barreiras e competir de igual pra igual em qualquer território. Veja o trecho da Exame
Um dos desafios dos envolvidos no negócio é vencer o ceticismo de alguns especialistas em relação à qualidade dos grãos produzidos na Bahia. Há os que dizem que cacau fino, em sentido estrito, seria o produzido com a variedade criollo, presente em apenas 5% da produção mundial e típica de países como Venezuela e Colômbia. O cacau forastero, de sabor mais forte, a variedade predominante no sul da Bahia, é visto por esse grupo de connaîsseurs como de qualidade inferior. “Essa visão está equivocada”, afirma o produtor Guilherme Moura.
É hora de reaparecer. Renascer com tudo de bom que sabem fazer cacauicultores. E boa sorte na produção.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

É muita coisa da natureza!

Olha só esta melancia siamesa. É de arrepiar essa imagem. confiram.

Segundo informações colhidas no G1, o chinês Xiong Wei, de 25 anos, se surpreendeu ao colher "melancias siamesas" em sua propriedade em Wuhan (China). O agricultor disse que essa é a primeira vez que encontra uma melancia em um formato estranho em sua propriedade, segundo o jornal "Daily Telegraph". Segundo especialistas, o crescimento de "melancias siamesas" é bastante raro.

Se a maré deixar, tem peixe


O crivo de bons investimentos pode estar ligado à abertura de novos empreendimentos no ramo de pescado. Mas calma. Trata-se da abertura de novos frigoríficos, não de bovinos e sim de peixes. Em primeira instância quero defender, caros leitores, que a abertura ou o lançamento de uma pedra fundamental de um empreendimento, não quer dizer que ele vá necessariamente se concretizar. Tendo em vista que, é preciso contar com a vontade da maré, e saber especialmente, se ela está pra peixe.

Pesquisas revelam que, nos últimos três anos, a escolha pela carne de peixe cresceu 15%. De acordo com o professor Manuel Vazquez Vidal Junior, no curso Criação de Tilápias, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, “o Brasil ainda apresenta pequena produção de pescado, porém, é um país com grande potencial, em função das condições climáticas favoráveis e da abundância de recursos hídricos. O mercado consumidor está em expansão e isso permite que novos produtores possam ingressar na atividade sem interferir no preço da carne”. O brasileiro consome em média sete quilos de peixe por ano. O recomendado é 12 quilos por ano. O problema a ser enfrentado é o alto preço do produto.

Para o engenheiro de pesca Jackson Sousa Rosa a piscicultura está em franca pujança há algum tempo. E em 2007 aproximadamente, data de quando eu, Valéria Esteves, reportei pautas sobre o assunto no jornal O norte de Minas, Arranjos Produtivos Locais da Piscicultura já mudavam o cenário da região norte do estado de Minas Gerais. Com orientação e treinamento recebidos da Companhia de Desenvolvimento dos vales do São Francisco e Parnaíba - Codevasf, produtores aprenderam como ter outra atividade e incrementar sua renda com arranjos produtivos, no qual capacitaram muitas famílias e produtores ribeirinhos da região.

Parece que peixe agrada deuses e quase a todos os troianos, não é mesmo. O “quase” fica para a exceção daqueles que não gostam de peixe. Vamos combinar. Há quem não goste. Mas voltando ao assunto.

Plano Safra das águas

O governo federal lançou o plano "Safra das Águas". A proposta é estimular a produção do pescado brasileiro. O ministro da Pesca, Altemir Gregolim já havia dado detalhes do projeto em visita ao Estado de Mato Grosso do Sul, no último mês de junho. O volume de recursos disponível para financiamento é de R$ 1,5 bilhão. Foram criadas três linhas especificas para a região Centro Oeste.

O ministro Gregolim afirmou em MS que o plano de desenvolvimento da piscicultura daquele estado receberia um investimento da ordem de R$ 24 milhões a ser aplicados no setor. A criação de peixe da região Sul do Estado corresponde a 70% da produção de Mato Grosso do Sul. Já existe um frigorífico em Itaporã e o do município de Dourados deve ficar pronto até o fim do ano.

Um dos destaques das novas linhas de financiamento é o Projeto Revitaliza que pretende melhorar 10 mil embarcações para pesca de pequeno porte. O limite por beneficiário, nesse caso, é de R$ 130 mil, com juros de 2% ao ano e prazo de pagamento de até 10 anos, contando com 3 anos de carência.

A piscicultura está sendo pauta de vários seminários pelo Brasil e assunto de encontros dos zootecnistas do Norte de Minas, realizado na última semana em Montes Claros. A professora Priscila Vieira Rosa Logato, da UFLA falou sobre produção de tilápia, manejo e engorda em tanques rede.

Enfatizou que a busca pela qualidade na alimentação tem impulsionado a atividade. As classes A, B e C estão optando por peixe ao invés de carne vermelha ou até mesmo contrabalanceando a dieta alimentar para estar sempre em dia com a saúde do corpo e da mente. Para que uma criação tenha sucesso, os tanques devem ter a uma temperatura acima de 25 graus, o que naturalmente ocorre no Norte de Minas. Na estação de piscicultura de Janaúba, os tanques, e com certeza os engenheiros de pesca, é que promovem a vida que povoa os rios, lagos e barragens da região.

Nos últimos anos, a piscicultura em águas continentais brasileiras vem crescendo a uma taxa superior a 10% ao ano, sendo conveniente ressaltar o grande potencial de produção, favorecido pelas condições de qualidade da água e clima no Projeto Jaíba.

Na Bahia, por sua vez, pela primeira vez os pescadores terão à disposição equipamentos para a prática da pesca oceânica em grande escala ao longo do litoral baiano. Um acordo de cooperação técnica entre a Bahia Pesca – empresa vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) – e a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, vinculada à Presidência da República, (Seap), vai capacitar os pescadores das cooperativas de pesca de Camaçari, no Litoral Norte de Salvador, e Itacaré, no Sul do Estado, para operar embarcações oceânicas com capacidade acima de 35 toneladas de pescados.

O acordo faz parte do Pro - Frota (Programa Nacional de Financiamento da Ampliação e Modernização da Frota Pesqueira Nacional) programa que financia a aquisição de barcos pesqueiros para a pesca oceânica, para cooperativas de pescadores em todo o País. O Pro - frota tem por objetivo Incentivar a formação de uma frota genuinamente brasileira; incrementar a produção nacional de pescado; recuperar recursos que estão em situação de sobre pesca ou colapso, promover a exploração da Zona Econômica Exclusiva e de águas internacionais e proporcionar a eficiência e sustentabilidade da frota pesqueira costeira, continental e oceânica.

Também deverá ser assinado um convênio com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para a construção dos quatro barcos – dois para a Cooperativa de Pescadores de Camaçari e dois para a Cooperativa de Itacaré. A expectativa é que as embarcações sejam entregues dentro de um prazo de um ano e meio. Os barcos irão atender a aproximadamente 180 pescadores associados nas duas cooperativas.

O terminal Pesqueiro de Salvador deverá ter o Estudo de Viabilidade Econômica concluído ainda neste semestre, e em seguida o mesmo estudo será feito em Ilhéus. Logo após esses trabalhos serão apresentados os respectivos projetos executivos, com perspectivas que até o final do ano as obras comecem. As estimativas de custos são de aproximadamente R$ 15 milhões para as obras em Salvador, já inclusas no PAC (Programa de Aceleração do crescimento) e de aproximadamente R$ 6,5 milhões para o terminal de Ilhéus.

No Litoral Norte do Estado da Bahia, onde está inserido o município de Camaçari e outros cinco municípios, atualmente existem 87 embarcações motorizadas, com uma produção estimada anual de pescado de 592 toneladas. Já no Litoral Sul e Região do Baixo Sul, onde está o município de Itacaré, são 11 municípios, 672 barcos e uma produção anual estimada de 14.113 toneladas de pescados.

Para um dos representantes da Cooperativa de Pescadores de Itacaré, Agnaldo Green, trata-se de uma mudança de estrutura que em muito vai influenciar as atividades de pesca na Bahia. “O desafio é agora e estamos preparados para enfrentá-lo”, disse, referindo-se à capacitação dos pescadores para o uso de novas tecnologias.

Mesma avaliação teve o representante da Cooperativa de Pesca de Camaçari, Pedro de Assis, que destacou a luta dos pescadores para conseguirem se inserir nos projetos de modernização do setor pesqueiro feito pelo Governo Federal. “Em quatro anos nunca vimos tamanha boa vontade com, o setor pesqueiro. E isso vai influenciar as futuras gerações de pescadores”, disse.

Olha o que a natureza faz


Ficamos nos perguntando o porque e como a natureza aparece com suas peripécias quando surge com essas novidades como esse tubérculo, ou, batata em formato de coração. Deve ser para nos mostrar que o nosso(coração) precisa ser adocicado diante das atrocidades que fazemos com o meio ambiente. Será?
Segundo informações do G1, este tubérculo foi colhido pelo agricultor Andreas Klein, em sua propriedade que fica na cidade de Wiesbaden,na Alemanha. (Foto: Fredrik von Erichsen/AFP).

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pesquisa do ETENE projeta aumento de 6,9% para o PIB do Nordeste em 2010

Trabalho indica bom desempenho da economia nordestina, com destaque para os estados do Ceará e Maranhão


O Banco do Nordeste, por meio do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), elaborou pesquisa sobre conjuntura econômica, que projeta aumento de 6,8% para o PIB do Brasil e de 6,9% para o do Nordeste, em 2010. O resultado do trabalho está à disposição dos interessados no site do BNB (www.bnb.gov.br), no caminho Etene-Publicações Editadas.
A pesquisa mensal baseia-se no panorama observado no primeiro quadrimestre, cujos indicadores apontam para um bom desempenho da economia nordestina, com destaque para os estados do Ceará e Maranhão. No período, o nível do crescimento regional superou a média nacional, exceto no caso da produção industrial e de grãos. Entre janeiro e abril, por exemplo, as exportações regionais atingiram US$ 5,3 bilhões, com incremento de 57% sobre o mesmo período de 2009, o dobro da média nacional. Já as importações alcançaram US$ 5,2 bilhões, avanço de 41,8%.
Agricultura e indústria - A safra regional pode chegar a 12,6 milhões de toneladas, 7,6% a mais que a anterior, contra 8,7% previstos na safra nacional. A produção menor de alguns estados (PI, AL, PB, RN e PE), prejudicada pela escassez de chuvas, foi compensada pelo bom desempenho dos principais produtores de grãos da região: Bahia (+9,9%), Maranhão (+14%) e Ceará (+20%).
A expansão da indústria nordestina em abril, de 20,5% sobre igual mês de 2009, foi a maior desde maio de 1996. No acumulado do ano, o avanço foi de 13,7%, um pouco abaixo do agregado nacional (18%), sobressaindo-se os setores de metalurgia básica (29,1%), calçados e artigos de couro (23,5%) e refino de petróleo e álcool (21,6%).
Crédito e comércio - O volume de vendas do comércio varejista ampliado do Nordeste, no primeiro trimestre, cresceu dois pontos percentuais acima do país como um todo (17,5% contra 15,5%), reflexo das melhorias nos níveis de emprego, massa salarial, volume de crédito e na desoneração fiscal sobre vários produtos. Em termos espaciais, os melhores desempenhos ocorreram no Ceará (23%), Piauí (19,3%), Paraíba (18,6%) e Bahia (17,3%).
Quanto ao crédito, o volume de operações atingiu R$ 151,1 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 33,2% no trimestre, quase o dobro da expansão nacional (16,8%).
Já a arrecadação de tributos federais subiu 25,7% no quadrimestre, para R$ 12 bilhões. Em âmbito nacional aumentou 19,4% tomando como parâmetro o mesmo período de 2009. Por sua vez, a arrecadação do ICMS alcançou R$ 9,4 bilhões, 18,7% a mais sobre o primeiro trimestre de 2009 (17,2% em âmbito nacional).
Trabalho - Entre janeiro e abril, o mercado de trabalho formal se recuperou na região registrando saldo positivo de 30 mil novas oportunidades (admissões menos desligamentos). Vale lembrar no mesmo período, em 2009, haviam sido eliminados 105,8 mil postos de trabalho, em função da crise global. No mesmo intervalo, houve queda nas taxas de desocupação nas regiões metropolitanas de Salvador (1,2 ponto percentual) e Recife (1,5 p.p).

Avicultura é sensação de empreendedorismo na 28º EXPOBARREIRAS




Quem visitou a feira pode ainda apreciar a beleza do artesanato regional

Durante os dias 4 a 11 de julho, o oeste baiano foi novamente o centro das atenções coma realização da 28º EXPOBARREIRAS. Cerca de 200 expositores divulgaram seus produtos e serviços como, por exemplo, instituições financeiras, indústrias, concessionárias e revendedoras de máquinas e implementos agrícolas. Considerada a maior feira agropecuária do interior da Bahia, a EXPOBARREIRAS também contou com a realização de leilões de animais e exposição de produtos oriundos da agricultura familiar, movimentando negócios na ordem de R$ R$ 80 milhões. Desde sua 27º edição a Prefeitura de Barreiras tem dado atenção especial aos agricultores familiares de toda região, disponibilizando espaço para comercialização de seus produtos que, por sinal, bastante diversificada, variando desde a criação de pequenos animais a produção de hortaliças, legumes e o artesanato.
Artesãos do município de Barra, por exemplo, localizado às margens do Rio São Francisco, e considerado referência na produção de artesanato na Bahia, conquistando mercados no Brasil e fora do país devido a qualidade de seus trabalhos, puderam expor seus trabalhos primorosos feitos da cerâmica, couro e palha de buriti. Mil produtores da agricultura familiar puderam expor seus produtos nesta edição da exposição.

A avicultura, entretanto, foi o grande destaque da feira. Um acordo de parceria foi firmado entre o Banco do Nordeste e a Avícola Barreiras, conhecida por seu nome fantasia, Frango de Ouro, para o desenvolvimento da avicultura na zona rural do município. O acordo prevê o financiamento dos produtores por parte do BNB e o fornecimento de insumos, matéria prima e assistência técnica por parte da avícola, além da compra dos animais será garantida pela mesma. Para a expansão da avicultura estão previstas a construção de três módulos de produção aviária, totalmente automatizados, com capacidade para 25 mil aves, através dos recursos do fundo de aval do município. A prefeitura disponibilizará R$75 mil incorporados ao restante do financiamento do Banco do Nordeste para apoio aos produtores.

“Estamos aqui, juntando a força, a capacidade e as expertises de cada um. Com a assinatura desse acordo, damos o pontapé inicial para alavancar a avicultura do oeste baiano. Para nós do Banco do Nordeste, hoje é dia de uma imensa alegria”, declarou o superintendente estadual do BNB em exercício, João de Castro.

Nivaldo Evangelista Neves, Diretor da avícola, destacou: “este é o dia da realização de um sonho abraçado pelo Banco do Nordeste, Prefeitura de Barreiras e produtores da região, onde poderemos garantir o sucesso do nosso empreendimento através da sustentabilidade econômica dos próprios produtores do município”. Segundo Nivaldo, cem pequenos produtores já estão cadastrados para a produção de frangos de corte.

Na oportunidade também foi instalado a governança da avicultura empresarial, fruto do Programa Nordeste Territorial do BNB, que conta com a parceria da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Universidade Estadual da Bahia (UNEB), Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Secretária de Desenvolvimento Econômico e Agronegócios de Barreiras e SEBRAE. A governança realizará reuniões bimestrais para discutir as dificuldades e apresentar soluções para o setor, com agenda de compromissos formalizada em todos os encontros.

O evento também contou com palestras sobre linhas de crédito, reflorestamento, associativismo e cooperativismo e destaque para as discussões sobre o planejamento para integração econômica da região do Vale do São Francisco com o Cerrado com foco na agricultura familiar e pecuária.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

“Negócios são negócios”

As voltas que o mundo dá


Usina experimental de Etanol autosustentável

Hoje vou falar de nossas parcerias. Destas que o nosso governo tem feito anos a fio com a saudosa hóspede da Copa do mundo de 2010, a África.
Não é de hoje que as parcerias entre Brasil & África acontecem. Sem querer lembrar, e já lembrando outrora quando os navios negreiros vinham apinhados de africanos para fazer de nossa terra o que ela é na atualidade, (mesmo sendo uma herança de uma parceria forçada) trazemos conosco aquele leve banzo de um justo caminhar de linguagem, e neste caso, politicamente abrasado, foi um dos pretextos para nos unir a quem quer inserir a língua portuguesa aos poucos ao seu convívio.
De viagem em viagem alguns punhados de ética e solidariedade se perdem ou se reconquistam rapidamente. Olha só o caso de Guiné Equatorial. Melhor pronunciar direito, já que aqui a parceria é num primeiro momento de apoio e unificação das Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), caros leitores. Não foi isso que declarou o governo brasileiro?
República Guiné Equatorial. Mais um país a que o Brasil quer expandir seu “mundo” de negócios, mesmo diante de uma nação cansada de autoritarismo, mas que almeja quem sabe, um novo alvorecer com a chegada de novos empreendimentos, formas novas de gerar riquezas a quem nunca teve alguma, senão a própria existência. Quem sabe! Isso não vale é claro para o mandatário mor de Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, que é suspeito de enriquecer a custa de dinheiro do povo, mantendo-se no cargo de presidente daquele país há 31 anos. Barbaridade, mas isso é verdadeiro.

Tem passaporte livre. Pelo que tenho lido nas críticas na internet e nas outras mídias, notei que muitos especialistas apostam que o apoio do Brasil ao pleito da Guiné Equatorial de entrar como membro pleno para a CPLP tem a ver com o petróleo.
De acordo com Nsue Ondo, citado pela agência noticiosa angolana Angop, a entrada da Guiné Equatorial conduzirá ao ensino do português naquele país da África Ocidental, sensivelmente com o mesmo tamanho que a Guiné-Bissau, mas com uma exportação de petróleo por habitante semelhante à do Kuwait.
Enquanto isso, o ministro das Relações Internacionais Celso Amorim, foi curto e grosso. Como quem quer dar logo o recado e concluir; não interessa se o governo deste país escraviza as pessoas, queremos é fazer negócios. Olha só a fala real do ministro em resposta às críticas em relação a esta aproximação “negócios são negócios”.
Dizem que no amor e na guerra é válido o uso de todas as armas. E na política então, sem comentários. Piadas a parte, não posso deixar de elogiar algumas parcerias do Brasil com a África a que tenho o orgulho de noticiar, como bem fiz ainda em 2006, quando repórter no jornal O Norte de Minas onde publiquei a matéria “Epamig firma parceria enviando mudas de morangueiro para a Angola” http://www.onorte.net/noticias.php?id=3190.
Na época vários consultores estavam eufóricos no Norte de Minas porque haviam assinado junto ao governo de Angola um contrato que estabelecia que eles trabalhassem na recuperação da agricultura daquele país, castigado por tanto tempo pela guerra.
No caso desta matéria em especial, a Empresa de pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) havia desenvolvido mudas geneticamente apropriadas de morangueiros que se adaptariam com facilidade ao clima quente de Angola. Cerca de 30 mil mudas seguiram viagem.
Sem contar que em uma área empresarial no Projeto Jaíba, maior projeto de irrigação da América Latina, empresários estavam, ainda em 2007 a 2008, construindo uma usina auto suficiente que produzia biodiesel a partir do bagaço do pinhão manso, mamona e cana de açúcar, salvo engano. A novidade é que estavam construindo de maneira que aproveitasse as oleaginosas que se produzia ao redor da usina, num sentido de promover energia renovável para um país como Angola, que tem sede de mudança. Chega de guerra. Abaixo o autoritarismo. Ah! A usina que estavam construindo é compacta, como bem explicaram os empresários. Fácil de transportar pelo que entendi. É ou não uma parceria bacana.

terça-feira, 6 de julho de 2010

O grito da Argentina

O tango das importações que só crescem


Mal um grupo de ministros brasileiros deixou o solo Argentino e o Secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno começou a esbravejar. Tratou logo de se reunir com empresários para acertar de uma vez por todas, essa coisa preocupante de nome IMPORTAÇÕES, que só em maio, cresceu 72%, enquanto no mesmo comparativo as exportações subiram apenas 25%. É ou não, a hora de gritar. Basta Thê! Entonces, lá foi o secretário Moreno entrar em ação e dar a ordem. “Só pode importar quem exportar e em proporções iguais”. Se isso for uma ameaça caros leitores quem está ameaçado? Fica aqui a pergunta, diante de uma economia que se encontra de pernas bambas como a da Argentina, mas com um leve poder de barganha. A intenção da ordem é evitar a redução do superávit comercial e a consequente pressão sobre o câmbio.
"Devem exportar o mesmo valor que importam, caso contrário, não poderão importar", disse Moreno em algumas das reuniões que têm realizado com empresários, conforme relato de fontes ligadas à Câmara de Importadores (Cira). Não há uma norma que formalize as restrições às importações locais. Trata-se de um controle administrativo aplicado na aduana para que o produto não entre no país.
A advertência
Conforme informações da DCI, a advertência de Moreno ocorreu apenas um dia depois de participar da reunião entre os ministros brasileiros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, com os ministros argentinos da Economia, Amado Boudou, e da Indústria, Débora Giorgi, na quinta-feira. Foi a primeira vez que o secretário participou de um encontro bilateral.
Moeda local
Os alimentos do Brasil vão poder entrar no país, mas os importadores vão ter de usar o Sistema de Moedas Locais, ou seja, pesos e reais, para o intercâmbio comercial. "Não querem [os funcionários] que o mercado de câmbio esteja inundado de dólares. Para nós, não há problema porque não muda nada realizar as operações em pesos, reais ou dólares", disse uma das fontes.
O setor de autopeças também recebeu a orientação de importar peças do Brasil usando o SML, criado em outubro de 2008 para eliminar o dólar das transações comerciais. Mas o Brasil não é o único a sofrer as barreiras. Tanto que o porta-voz da União Europeia, John Clancy, acusou a Argentina de aplicar medidas protecionistas e pediu que o governo "deixe imediatamente de bloquear" as importações europeias. "Estamos muito preocupados porque a situação atual está tendo um impacto negativo em algumas exportações de produtos comestíveis da União Europeia", disse Clancy às agências internacionais.
Ao que se passa esse tango ainda será dançado por muita gente. E como nem dólar nem euro estão com esta bola toda, entonces guarda-te Hermano. Vemos-nos no próximo capítulo.

sábado, 3 de julho de 2010

Feliz aniversário Montes Claros!

Hoje é seu dia Princesa


Ai como sinto saudades das festas de agosto, daqui a pouco vindouras nas terras de minha inesquecível Montes Claros. Terra de amor meu, que viu ouviu e viveu meu amor, e minha dor. Ai que saudade Montes Claros. Te conheci ainda nos meus áureos 14 aninhos, bem tímida. Menina da roça como diziam meus amigos. Cheguei me aportei e desde então, passei a fazer e me considerar uma montes clarense, já que dos 14 anos pra frente foram vividos e experimentados nos doces ares de Moc.

De tudo me lembro Montes Claros, dos bons passos que dei na vida, especialmente quando sai lá de minha pequena terra em Jaíba para outrora começar uma nova vida. Estudei, e como, trabalhei e conheci um amor que nem mineiro é, que coisa. Só Montes Claros pra me dar tantos presentes.
Em seu aniversário minha cara todo o meu respeito por este povo que nele me incluo, é sertanejo, norte mineiro de berço e de razão.
Que seus campos nunca parem de frutificar, nem as toadas dos catopês nunca parem de alegrar essa gente que faz a vida ser mais gostosa de apreciar.
Vou imitar o poeta que disse um dia e que vingou: Montes Claros, Montes Claros,

Terra de grande beleza
Começou no Arraial de Formigas,
Transformou numa linda princesa.
Quero viver muito para comemorar de onde estiver, em todo dia 03 de julho seu aniversário!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sem devaneios e de olho nas exportações de frutas

No embalado das crises, assim caminha a humanidade. Em 2008 nos Estados Unidos e em 2010 na Grécia prejudicando o bloco da União Européia, nosso fiel comprador de produtos in natura, está digamos que, "sufocado", mas, ao que tudo indica as exportações de frutas não se abalaram. Verdade ou mentira. Verdade e conseqüência podem ser verbetes apropriados a serem usados nestes meandros de picos altos em que o Brasil se apresenta sem grandes perdas na hora de bater o martelo e concluir sua remessa de ganhos na hora da soma nas exportações. O ano de 2008 foi o ano bom para as commodities, e péssimo para todos os outros negócios, afirmaram os especialistas. Pois bem, nem mesmo a crise que não tem deixado dormir a maior parte das lideranças do bloco que se diz a economia mais sólida do mundo, não agüentou a desordem da Grécia e começou a pedir socorro. Será que estaríamos aí com uma nova chance de vender mais commodities com em 2008, no auge da crise dos Estados Unidos?

Vale lembrar que de longe, como bem enfatizou o diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, a UE é o maior cliente do Brasil quanto a comprar mais produtos. Em conversa com a reportagem do blog Brincadeira Tem Hora, Sampaio disse ainda, que a crise do bloco europeu em nada alterou as somas das exportações nacionais até o momento; visto que, de janeiro a maio deste ano, as mesmas alcançaram a marca de 9% sem registro de queda.
Os números apresentados pelo Ministério da Agricultura dão conta de que, as exportações de frutas para a União Européia variaram de 2007 a 2009 respectivamente, em aproximadamente R$183 milhões, R$209 milhões em 2008, ano da crise que afetou a economia mundial, e R$165 milhões no ano passado.

De acordo com Sampaio, as exportações brasileiras de frutas movimentam, hoje, cerca de R$ 1 bilhão por ano. “Mas, o país tem potencial para um faturamento muito maior, pois produz frutas de qualidade, principalmente, em áreas irrigadas de regiões de clima tropical como nos perímetros irrigados que tem muito a expandir no Norte de Minas, Ceará, Paraíba e outros,” defende.
Afirma que, atualmente, as frutas exportadas pelo país em maiores volumes são uva, manga, melão e limão. Mas, que existem condições favoráveis para a venda de outras frutas para o mercado externo, como é o caso da banana. Além disso, acrescenta: os empresários que exportam dizem que há novos mercados sinalizando positivamente em receber os frutos produzidos no Brasil, a exemplo de países como a Rússia e outros no Oriente Médio, mas devido a problemas com logística as negociações não fecham.
O Brasil também enfrenta algumas dificuldades em exportar para os EUA por causa das exigências fitossanitárias, muito embora alguns produtos sofram menos pressões com essas barreiras, o comércio está prejudicado; ainda é preciso estudar com os exportadores todas as informações necessárias. Tudo isso, para não faltar moeda de troca na hora de fazer negócio.
Um fato não muito animador foi saber que o Brasil participa muito pouco do mercado internacional de frutas. “O mercado mundial da banana movimenta cerca de US$ 10,5 bilhões por ano e o Brasil alcança somente 0,5% desse mercado. Já a venda da uva movimenta US$ 3,5 bilhões por ano no mundo, com uma participação brasileira de 3,5%”, observa Eduardo Sampaio.



Ele ressalta que, para exportar, os produtores deverão se organizar por intermédio de cooperativas ou consórcios. Assim, terão condições de negociar com os compradores, firmar contratos com outros países. Também deverão cuidar de outros aspectos como a logística parar levar as mercadorias até os portos ou aeroportos e cumprir prazos e garantir a entrega das quantidades previstas nos contratos.
Em contrapartida Sampaio revelou que a exportação de castanha de caju é a maior no ranking nacional e representou um total de R$ 232 milhões arrecadados com sua comercialização no ano passado.


Para finalizar Sampaio disse que se o exportador quiser crescer terá que sair da comodidade de comercializar apenas para o mercado interno, perder o medo e enfrentar o câmbio, apesar de ele está nesses últimos tempos com a cotação em baixa no mercado externo. Prejuízo acredita que o exportador não deva ter tido muito, porque senão teria ampliado seus horizontes e seguiria para a exportação com afinco.
“Tivemos uma redução na oferta de frutas no mercado externo, e, por conseguinte, a oferta de preço do mercado interno ficou mais interessante.
O segundo caso analisado pelo representante do Ministério da Agricultura é que em alguns casos o exportador não tem acesso a determinados mercados interessantes, caso dos EUA, por exemplo, por causa de certas imposições das barreiras fitossanitárias e problemas de logística, e enfim; problemas com a variação do câmbio também, finaliza.