terça-feira, 13 de abril de 2010
Impacto da bananicultura é tema de palestra: Agro-NM realiza mais um ciclo de palestras envolvendo a cadeia de agronegócios
Valéria Esteves
Agro- NM- Associação dos engenheiros agrônomos do Norte de Minas vai ministrar palestras que envolvem temas pertinentes a cadeia do agronegócio. Esse é o sexto ano em que acontece o ciclo de palestras e a expectativa é que o público participante da expomontes compareça.
As palestras vão se realizar no próximo dia 6 de julho, no auditório da sociedade rural de Montes Claros. Os temas, conforme Fernando Britto, presidente da Agro-NM, a serem defendidos variam desde o impacto do aumento da área explorada com a banana prata nos preços e na renda da bananicultura do Norte de Minas ao tema o bioma da seca.
Vale lembrar, diz Fernando, que todos os temas são de fundamental importância para o desenvolvimento sustentável da região. A previsão é que os debates sejam abertos às 8h30m, no auditório do parque de exposições, pelo agrônomo e coordenador do Departamento de economia da Universidade Federal de Viçosa, Aziz Galvão da Silva Júnior que falará sobre a banananicultura. O bioma da mata seca, é o tema defendido pelo engenheiro florestal, João Paulo Sarmento, presidente da Sociedade mineira dos engenheiros florestais e assessor da diretoria do Instituto Estadual de Florestas, Juvenal Mendes de Oliveira, consultor da Sociedade e do Sindicato Rural de Montes Claros; e o secretário da Faemg-Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais, Marcos Abreu e Silva.
A partir das 14 horas o ciclo de palestras terá continuidade com a realização do painel enfocando o tema Programa Nacional de Biodiesel. A engenheira de alimentos do ministério do Desenvolvimento Agrário, Edna de Cássia Carmélio falará sobre Biodiesel como propósito de Inclusão Social; José Carlos Miragaya, técnico da Petrobrás fará apresentação da planta de biodiesel que será construída em Montes Claros e Luiz Eduardo Dumont, representante da Conab- Companhia Nacional de Abastecimento, ministrará palestra sobre oleaginosas para a produção de biodiesel.
O VI ciclo de palestras será encerrado a partir das 16h30m com a realização do painel - Valorização da Qualidade no Abate de Bovinos. A gerente de marketing do Frigorífico Independência Alimentos Ltda., Carolina Porto Paes Barreto falará sobre a - Gestão de um Frigorífico. Em seguida a zootecnista Letícia Zoppa, coordenadora do Serviço de Atendimento ao Pecuarista do Frigorífico Independência fará apresentação do “Serviço de atendimento ao pecuarista e seus programas
OBJETIVOS
Fernando comenta que o evento tem o objetivo de disponibilizar informações atuais aos produtores rurais, aos técnicos, professores e estudantes universitários especialmente os de ciências agrárias e aos profissionais que atuam na área da produção agropecuária em geral.
- Os temas selecionados serão expostos por especialistas nos assuntos em forma de palestras, compondo três painéis temáticos, sendo que, ao final de cada painel, acontecerão os debates possibilitando maior interação entre os participantes e os expositores, diz.
As inscrições gratuitas poderão ser feitas na Sociedade Rural de Montes Claros, praça Lindolfo Laughton,1373-Alto São João, Montes Claros, telefone 38 3215.1212); ou durante a EXPOMONTES 2006 nos stands da Codevasf/1ªSR e da Emater/MG, no parque de exposições; ou pelo e-mail agro_nm@yahoo.com.br; ou pelo telefone (38) 9976.6777.
Epamig firma parceria enviando mudas de morangueiro para a Angola
valéria Esteves
Mudas de morango agora vão para Angola na África. Por terem qualidade genética apropriada para regiões de clima quente cerca de 100 mil mudas de morangueiros da Epamig - Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais vão seguir viagem. Nessa semana já foram mandadas 30 mil mudas.
Mudas de morango estão sendo comercializadas no centro tecnológico da Epamig
(foto: divulgação)
O governo Angolano quer estruturar a agricultura de seu país e por meio de consultores brasileiros, ou melhor, dizendo, norte-mineiros estão levando algumas culturas para lá, caso do morangueiro. Por ser um país marcado por intensas guerras no passado, o setor agrícola é deficiente daí o surgimento da parceria da empresa de pesquisa agropecuária para garantir a expansão do plantio de morangos.
Para Marco Antônio, chefe da Empresa, a parceria com a Angola bem como com os produtores significa avanço no trabalho realizado pela empresa que lida diretamente com a pesquisa como ator principal do sucesso das culturas plantadas na região. Nos testes realizados pelos pesquisadores, o uso de agrotóxico foi praticamente tirado da produção, mesmo porque a intenção é produzir um morango orgânico.
No centro tecnológico em Nova Porteirinha, conforme o gerente Josimar dos Santos Araújo já estão sendo comercializadas mudas a R$ 0,05 para o agricultor familiar e a R$ 0,10 para o grande produtor. Segundo Marco Antônio, o grande propósito da empresa, é comercializar mudas com os produtores ao um preço de custo, a fim de que eles comecem um plantio da fruta na região como acontece como a uva, a mamona, pinhão manso, umbu, entre outras frutas produzidas dentro da área do centro tecnológico.
- Nossa meta é beneficiar a região com o plantio de novas culturas como o morango, a uva entre outras variedades que têm segundo os nossos pesquisadores, condições climáticas e de solo para a adaptação, diz.
As três variedades Dover, Sweet Charlie e a Oso Grande foram as que mais se adaptaram ao solo e ao clima da região, sendo que no centro tecnológico outras 500 mil mudas já estão quase prontas para o plantio. O ciclo de produção começa em abril, sendo que o período de safra acontece de julho a dezembro.
TESTES
Outras variedades foram testadas como a tundra entre outras. Esse tipo de cultura necessita de sol e pouca umidade e solo silicoso, rico em matéria orgânica. Se multiplica através de moda vegetativa pela divisão de estolhos que nascem ao redor da planta mãe.
Há algum tempo a empresa de pesquisa agropecuária vem pesquisando sobre a viabilidade de se produzir morangos com melhor qualidade e variedades diversas. Na fazenda de Mocambinho entre as variedades plantadas a que mais se adaptou foi a, dover.
Pesquisas mostram que para obtenção de frutas de qualidade, um dos pré-requisitos essenciais é a utilização de mudas de alta qualidade genética e sanitária, em local de baixa potencialidade de inóculo de fungos e bactérias que sejam agressivos ao morangueiro. Na produção de mudas de morangueiro, há necessidade de aquisição de plantas matrizes, oriundas de cultura de tecidos vegetais, das variedades que interessa produzir.
LOCAL
Antes do plantio das matrizes, deve-se escolher o local mais apropriado. O solo deve ser corrigido e adubado, de acordo com a análise, incorporando-se o corretivo e melhorando as condições físicas do solo para um maior enraizamento e multiplicação dos estolhos. O plantio deve ser realizado de setembro a novembro, para que as mudas estejam disponíveis de abril a maio, dependendo da região produtora.
De preferência, deve-se plantar as matrizes em terrenos que não foram cultivados com morangueiro e solanáceas.
O espaçamento mais utilizado para plantio das matrizes é o de 2 m x 1m ou 2m x 2m, sendo usadas de 2500 a 5000 matrizes por hectare, com potencial de produção de 1.000.000 de mudas. Para cada muda plantada, deve-se adicionar cerca de 3 kg de esterco bovino curtido e 100 gramas de superfosfato simples, por coveta.
Adquiridas as matrizes, deve-se plantá-las em dias frescos. Após o término da operação, é recomendado uma irrigação abundante. De acordo com a necessidade, faz-se a manutenção da umidade do solo com irrigações periódicas.
O controle de plantas invasoras é fundamental durante a produção de estolhos e multiplicação das mudas, evitando-se a concorrência por nutrientes e dificuldades quando da retirada posterior das mudas.
Quando as mudas forem arrancadas, deve ser efetuada uma limpeza - toillete, aparando as folhas e reduzindo um pouco o sistema radicular, se for o caso. As mudas devem ser padronizadas quanto ao diâmetro da coroa, uma vez que a operação de plantio será facilitada, melhorará o estande e uniformizará a colheita.
Esses dados conferem o plantio de morangos a campo de acordo com Marco Antônio.
Mudas de morango agora vão para Angola na África. Por terem qualidade genética apropriada para regiões de clima quente cerca de 100 mil mudas de morangueiros da Epamig - Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais vão seguir viagem. Nessa semana já foram mandadas 30 mil mudas.
Mudas de morango estão sendo comercializadas no centro tecnológico da Epamig
(foto: divulgação)
O governo Angolano quer estruturar a agricultura de seu país e por meio de consultores brasileiros, ou melhor, dizendo, norte-mineiros estão levando algumas culturas para lá, caso do morangueiro. Por ser um país marcado por intensas guerras no passado, o setor agrícola é deficiente daí o surgimento da parceria da empresa de pesquisa agropecuária para garantir a expansão do plantio de morangos.
Para Marco Antônio, chefe da Empresa, a parceria com a Angola bem como com os produtores significa avanço no trabalho realizado pela empresa que lida diretamente com a pesquisa como ator principal do sucesso das culturas plantadas na região. Nos testes realizados pelos pesquisadores, o uso de agrotóxico foi praticamente tirado da produção, mesmo porque a intenção é produzir um morango orgânico.
No centro tecnológico em Nova Porteirinha, conforme o gerente Josimar dos Santos Araújo já estão sendo comercializadas mudas a R$ 0,05 para o agricultor familiar e a R$ 0,10 para o grande produtor. Segundo Marco Antônio, o grande propósito da empresa, é comercializar mudas com os produtores ao um preço de custo, a fim de que eles comecem um plantio da fruta na região como acontece como a uva, a mamona, pinhão manso, umbu, entre outras frutas produzidas dentro da área do centro tecnológico.
- Nossa meta é beneficiar a região com o plantio de novas culturas como o morango, a uva entre outras variedades que têm segundo os nossos pesquisadores, condições climáticas e de solo para a adaptação, diz.
As três variedades Dover, Sweet Charlie e a Oso Grande foram as que mais se adaptaram ao solo e ao clima da região, sendo que no centro tecnológico outras 500 mil mudas já estão quase prontas para o plantio. O ciclo de produção começa em abril, sendo que o período de safra acontece de julho a dezembro.
TESTES
Outras variedades foram testadas como a tundra entre outras. Esse tipo de cultura necessita de sol e pouca umidade e solo silicoso, rico em matéria orgânica. Se multiplica através de moda vegetativa pela divisão de estolhos que nascem ao redor da planta mãe.
Há algum tempo a empresa de pesquisa agropecuária vem pesquisando sobre a viabilidade de se produzir morangos com melhor qualidade e variedades diversas. Na fazenda de Mocambinho entre as variedades plantadas a que mais se adaptou foi a, dover.
Pesquisas mostram que para obtenção de frutas de qualidade, um dos pré-requisitos essenciais é a utilização de mudas de alta qualidade genética e sanitária, em local de baixa potencialidade de inóculo de fungos e bactérias que sejam agressivos ao morangueiro. Na produção de mudas de morangueiro, há necessidade de aquisição de plantas matrizes, oriundas de cultura de tecidos vegetais, das variedades que interessa produzir.
LOCAL
Antes do plantio das matrizes, deve-se escolher o local mais apropriado. O solo deve ser corrigido e adubado, de acordo com a análise, incorporando-se o corretivo e melhorando as condições físicas do solo para um maior enraizamento e multiplicação dos estolhos. O plantio deve ser realizado de setembro a novembro, para que as mudas estejam disponíveis de abril a maio, dependendo da região produtora.
De preferência, deve-se plantar as matrizes em terrenos que não foram cultivados com morangueiro e solanáceas.
O espaçamento mais utilizado para plantio das matrizes é o de 2 m x 1m ou 2m x 2m, sendo usadas de 2500 a 5000 matrizes por hectare, com potencial de produção de 1.000.000 de mudas. Para cada muda plantada, deve-se adicionar cerca de 3 kg de esterco bovino curtido e 100 gramas de superfosfato simples, por coveta.
Adquiridas as matrizes, deve-se plantá-las em dias frescos. Após o término da operação, é recomendado uma irrigação abundante. De acordo com a necessidade, faz-se a manutenção da umidade do solo com irrigações periódicas.
O controle de plantas invasoras é fundamental durante a produção de estolhos e multiplicação das mudas, evitando-se a concorrência por nutrientes e dificuldades quando da retirada posterior das mudas.
Quando as mudas forem arrancadas, deve ser efetuada uma limpeza - toillete, aparando as folhas e reduzindo um pouco o sistema radicular, se for o caso. As mudas devem ser padronizadas quanto ao diâmetro da coroa, uma vez que a operação de plantio será facilitada, melhorará o estande e uniformizará a colheita.
Esses dados conferem o plantio de morangos a campo de acordo com Marco Antônio.
Biodiesel: Selo social vai garantir competitividade do mercado
Valéria Esteves
Ciclo de palestras discute produção de cana-de-açúcar e biodiesel. O cenário da formação da cadeia produtiva do biodiesel está aos poucos se definindo, mas como afirmou Alysson Paulinelli, ex-ministro da Agricultura, os produtores não podem esperar o governo estruturar a cadeia, senão o projeto nunca vai acontecer.
- Precisamos ter modelos novos de produção para regulamentar o passeio tanto do álcool quanto do biodiesel. Precisamos ainda ter primeiro um produto de qualidade para que o governo estabeleça regras de um padrão de qualidade e que o produto tenha livre passagem por todo o Brasil – prosseguiu Paulinelli, alertando os produtores sobre a abertura de muitas usinas de cana-de-açúcar no Brasil:
- Daqui a pouco, nós teremos gigolô da cana-de-açúcar, assim como disse Alexandre Vianna, presidente da Sociedade Rural, quando afirma que já tem gigolô de gado. Não temos capital para segurar essas mais de 200 usinas que foram abertas no Brasil, apesar de o BNDS - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, ser generoso e liberar algum capital pra elas. O que precisamos é nos organizar para fazer um seguro de performance para dar segurança a empresas de capital que quer investir no País – aconselhou o ex-ministro.
A usina da Petrobras em Moc será inaugurada no próximo dia 15 de agosto
(foto: Manoel Freitas)
Para Paulinelli, há com certeza probabilidade de a cadeia produtiva do biodiesel dar certo no Norte de Minas e ela está começando justamente como começou a do Etanol em 1975. Agora, para ela dar certo, é preciso de duas coisas: vontade governamental para acertar essas diferenças de custos iniciais, e um grande trabalho de conhecimento em ciência e tecnologia para que se aproveitem os recursos naturais disponíveis. Uma prova disso é que temos várias espécies de oleaginosas a serem estudadas no Brasil, como o dendê e as palmáceas, entre outras que não têm pesquisa.
Quanto aos agricultores familiares, o ex-ministro foi enfático ao dizer que eles precisam se organizar para que seus produtos ou seja extraídos por eles mesmos em extratores menores, ou então que se tenha um extrator regional para dar condição. Agindo isoladamente, eles não vão conseguir chegar a nenhum lugar, salientou o ex-ministro.
Na oportunidade, foi informado que o DNOCS- Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, vai montar cerca de 20 esmagadoras para dar suporte ao produtor rural da região.
EM BUSCA DE SOLUÇÕES
Segundo informações do vice-presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Norte de Minas, Reinaldo Nunes, o ciclo de palestras tem o objetivo de apresentar para o público os problemas vigentes no setor do agronegócio, como é o caso do biodiesel que não está com os arranjos produtivos definidos. Dentro do evento, as quatro empresas que vão montar usinas na região, Petrobras, Petrovasf, Ale e Sada Energética, apresentaram seus projetos especificando os possíveis preços a serem pagos pelo óleo. Por enquanto há muita especulação de preços. Nada realmente definido, conforme a Petrobras, mas o preço deve girar em torno de R$ 0,60 por litro. A Petrovasf, que já compra do produtor o óleo da mamona em Itacarambi, paga uma média de R$ 0,56.
Vale lembrar que as empresas vão precisar dos agricultores familiares por causa do selo social que garante competitividade ao produto no mercado. Conforme o consultor da Sada Energética, Antônio Machado de Carvalho, devido à burocracia nos órgãos do sistema ambiental de Minas Gerais, o estado corre o risco de perder grandes investimentos empresariais voltados para a produção de álcool e de biodiesel. Até o ano 2010, o consultor revelou que estão previstos R$ 3,5 bilhões de investimentos na implantação de novas usinas de álcool e de biodiesel no estado, mas se os entraves nos órgãos do setor ambiental continuarem predominando, Minas Gerais corre o risco de perder empresas para outras regiões do país.
PRODUÇÃO DE CANA
Quanto à produção de cana, a Sada investiu cerca de R$ 100 milhões e terá capacidade para esmagar dois milhões de toneladas de cana por ano. Mas pelo fato da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Feam - Fundação Estadual do Meio Ambiente não terem técnicos suficientes para analisar os projetos de impacto ambiental previstos para empreendimentos em todo o estado, mesmo contando com uma área própria superior a sete mil hectares para o cultivo de cana-de-açúcar, a Sada Energética só tem plantados atualmente 65 hectares.
As instituições financeiras Banco do Nordeste e Banco do Brasil dizem que só vão liberar recursos para os produtores depois que houver definição da matriz energética a vigorar na região. O BNB, de acordo com o superintendente Nilo Meira, está patrocinando pesquisas da empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais justamente para ter em mãos um documento que ateste que é seguro investir em mamona, pinhão-manso ou quaisquer que sejam as oleaginosas eleitas para o plantio na agricultura familiar.
Ciclo de palestras discute produção de cana-de-açúcar e biodiesel. O cenário da formação da cadeia produtiva do biodiesel está aos poucos se definindo, mas como afirmou Alysson Paulinelli, ex-ministro da Agricultura, os produtores não podem esperar o governo estruturar a cadeia, senão o projeto nunca vai acontecer.
- Precisamos ter modelos novos de produção para regulamentar o passeio tanto do álcool quanto do biodiesel. Precisamos ainda ter primeiro um produto de qualidade para que o governo estabeleça regras de um padrão de qualidade e que o produto tenha livre passagem por todo o Brasil – prosseguiu Paulinelli, alertando os produtores sobre a abertura de muitas usinas de cana-de-açúcar no Brasil:
- Daqui a pouco, nós teremos gigolô da cana-de-açúcar, assim como disse Alexandre Vianna, presidente da Sociedade Rural, quando afirma que já tem gigolô de gado. Não temos capital para segurar essas mais de 200 usinas que foram abertas no Brasil, apesar de o BNDS - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, ser generoso e liberar algum capital pra elas. O que precisamos é nos organizar para fazer um seguro de performance para dar segurança a empresas de capital que quer investir no País – aconselhou o ex-ministro.
A usina da Petrobras em Moc será inaugurada no próximo dia 15 de agosto
(foto: Manoel Freitas)
Para Paulinelli, há com certeza probabilidade de a cadeia produtiva do biodiesel dar certo no Norte de Minas e ela está começando justamente como começou a do Etanol em 1975. Agora, para ela dar certo, é preciso de duas coisas: vontade governamental para acertar essas diferenças de custos iniciais, e um grande trabalho de conhecimento em ciência e tecnologia para que se aproveitem os recursos naturais disponíveis. Uma prova disso é que temos várias espécies de oleaginosas a serem estudadas no Brasil, como o dendê e as palmáceas, entre outras que não têm pesquisa.
Quanto aos agricultores familiares, o ex-ministro foi enfático ao dizer que eles precisam se organizar para que seus produtos ou seja extraídos por eles mesmos em extratores menores, ou então que se tenha um extrator regional para dar condição. Agindo isoladamente, eles não vão conseguir chegar a nenhum lugar, salientou o ex-ministro.
Na oportunidade, foi informado que o DNOCS- Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, vai montar cerca de 20 esmagadoras para dar suporte ao produtor rural da região.
EM BUSCA DE SOLUÇÕES
Segundo informações do vice-presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Norte de Minas, Reinaldo Nunes, o ciclo de palestras tem o objetivo de apresentar para o público os problemas vigentes no setor do agronegócio, como é o caso do biodiesel que não está com os arranjos produtivos definidos. Dentro do evento, as quatro empresas que vão montar usinas na região, Petrobras, Petrovasf, Ale e Sada Energética, apresentaram seus projetos especificando os possíveis preços a serem pagos pelo óleo. Por enquanto há muita especulação de preços. Nada realmente definido, conforme a Petrobras, mas o preço deve girar em torno de R$ 0,60 por litro. A Petrovasf, que já compra do produtor o óleo da mamona em Itacarambi, paga uma média de R$ 0,56.
Vale lembrar que as empresas vão precisar dos agricultores familiares por causa do selo social que garante competitividade ao produto no mercado. Conforme o consultor da Sada Energética, Antônio Machado de Carvalho, devido à burocracia nos órgãos do sistema ambiental de Minas Gerais, o estado corre o risco de perder grandes investimentos empresariais voltados para a produção de álcool e de biodiesel. Até o ano 2010, o consultor revelou que estão previstos R$ 3,5 bilhões de investimentos na implantação de novas usinas de álcool e de biodiesel no estado, mas se os entraves nos órgãos do setor ambiental continuarem predominando, Minas Gerais corre o risco de perder empresas para outras regiões do país.
PRODUÇÃO DE CANA
Quanto à produção de cana, a Sada investiu cerca de R$ 100 milhões e terá capacidade para esmagar dois milhões de toneladas de cana por ano. Mas pelo fato da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Feam - Fundação Estadual do Meio Ambiente não terem técnicos suficientes para analisar os projetos de impacto ambiental previstos para empreendimentos em todo o estado, mesmo contando com uma área própria superior a sete mil hectares para o cultivo de cana-de-açúcar, a Sada Energética só tem plantados atualmente 65 hectares.
As instituições financeiras Banco do Nordeste e Banco do Brasil dizem que só vão liberar recursos para os produtores depois que houver definição da matriz energética a vigorar na região. O BNB, de acordo com o superintendente Nilo Meira, está patrocinando pesquisas da empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais justamente para ter em mãos um documento que ateste que é seguro investir em mamona, pinhão-manso ou quaisquer que sejam as oleaginosas eleitas para o plantio na agricultura familiar.
Biodiesel: agricultores devem se unir para serem beneficiados pelo selo social
Valéria Esteves
Algumas empresas estão apostando em lançar no mercado produtos que atendam a agricultura familiar. Na Semana do Produtor que acontece até o dia 25, sexta-feira, empresários resolveram trazer um produto que pode ser adquirido por associações ou cooperativas.
Para o empresário Antônio Carlos Reinholz da Scott Tech Brasil, empresa de Vinhedo, São Paulo, a semana do produtor é também oportunidade de produtor, classe acadêmica e demais agentes da cadeia produtiva do agronegócio conhecerem o que tem de novo no mercado que favoreça desde o pequeno ao grande produtor.
Em um dos stands, que por sinal tem atraído a atenção de quem visita a Semana, a máquina de extração de óleo tem dado o que falar. A máquina é capaz de extrair o óleo e ainda aproveitar a torta para ração animal.
- Nesse caso o produtor vai agregar valor ao produto com baixo investimento e, ainda, ele não venderá a matéria-prima para vender produto tecnológico sem precisar capacitar mão-de-obra. A máquina é muito fácil de manusear, daí a facilidade, explica Antônio Reinholz.
Esmagadoras de oleaginosas atraem público
na 18ª Semana do Produtor
Na verdade, a máquina que é uma prensa de extração de óleo vegetal pode agregar valor e gerar renda às famílias agricultoras. Como a posição do governo federal é favorecer a agricultura familiar com a produção de biodiesel, as cooperativas vão precisar montar ou estarem vinculados de alguma maneira a uma esmagadora das oleaginosas. Há projetos que visam a construção de mini-esmagadoras no Norte de Minas, o que pode facilitar a vida de muitos produtores.
A máquina que extrai óleo custa cerca de R$ 22 mil, sendo que processa até 60 quilos por hora. A empresa ainda dispõe de outros maquinários que atendem a necessidade de quem precisa processar até 2,500 quilos por hora, o custo é um pouco maior, R$ 300 mil.
COOPERATIVAS
Segundo informações do governo, a formação de cooperativas é fundamental para que os agricultores se mobilizem e formem associações e cooperativas. As esmagadoras vão funcionar justamente para aproveitar a torta das oleaginosas e isso pode significar ganho já que o óleo será comercializado com a Petrobras.
Na edição de ontem, nossa reportagem falou de como acontecerá a inclusão social dentro da cadeia produtiva do biodiesel. Na entrevista com a coordenadora de biocombustíveis do ministério do Desenvolvimento Agrário, Edna de Cássia Carmelo e com o gerente de implantação do projeto de biodiesel em Montes Claros, Júlio Cezar Monteiro Lopes ficou perceptível que a hora é de não perder o calendário agrícola da região. Edna ainda falou de toda a cadeia produtiva se mobilizar para preparar as áreas para o plantio e agilizar o processo como aconteceu na Bahia e no Ceará.
Júlio Cezar ainda conta que a Petrobras acredita que a exemplo do que já acontece com a Petrovasf e os agricultores em Itacarambi no processo de compra e venda da mamona, deve acontecer com a estatal na região. Há três anos a Petrovasf trabalha processando o óleo da mamona em Itacarambi e tem dado certo. Lá a empresa paga cerca de R$ 0,56 pelo quilo do grão sendo que a previsão da estatal é que se pague pelo menos R$0,60 pelo quilo do grão da mamona para processar biodiesel na usina.
Nessa safra de 2006/07 a Petrobras assumiu a posição de comprar os grãos dos estados do Ceará e da Bahia, mas a proposta da estatal é comprar apenas óleo em 2008; conforme informou o gerente.
Com essa possibilidade, os produtores realmente devem se ater a fortalecer suas bases para serem beneficiados com o selo social do biodiesel.
Algumas empresas estão apostando em lançar no mercado produtos que atendam a agricultura familiar. Na Semana do Produtor que acontece até o dia 25, sexta-feira, empresários resolveram trazer um produto que pode ser adquirido por associações ou cooperativas.
Para o empresário Antônio Carlos Reinholz da Scott Tech Brasil, empresa de Vinhedo, São Paulo, a semana do produtor é também oportunidade de produtor, classe acadêmica e demais agentes da cadeia produtiva do agronegócio conhecerem o que tem de novo no mercado que favoreça desde o pequeno ao grande produtor.
Em um dos stands, que por sinal tem atraído a atenção de quem visita a Semana, a máquina de extração de óleo tem dado o que falar. A máquina é capaz de extrair o óleo e ainda aproveitar a torta para ração animal.
- Nesse caso o produtor vai agregar valor ao produto com baixo investimento e, ainda, ele não venderá a matéria-prima para vender produto tecnológico sem precisar capacitar mão-de-obra. A máquina é muito fácil de manusear, daí a facilidade, explica Antônio Reinholz.
Esmagadoras de oleaginosas atraem público
na 18ª Semana do Produtor
Na verdade, a máquina que é uma prensa de extração de óleo vegetal pode agregar valor e gerar renda às famílias agricultoras. Como a posição do governo federal é favorecer a agricultura familiar com a produção de biodiesel, as cooperativas vão precisar montar ou estarem vinculados de alguma maneira a uma esmagadora das oleaginosas. Há projetos que visam a construção de mini-esmagadoras no Norte de Minas, o que pode facilitar a vida de muitos produtores.
A máquina que extrai óleo custa cerca de R$ 22 mil, sendo que processa até 60 quilos por hora. A empresa ainda dispõe de outros maquinários que atendem a necessidade de quem precisa processar até 2,500 quilos por hora, o custo é um pouco maior, R$ 300 mil.
COOPERATIVAS
Segundo informações do governo, a formação de cooperativas é fundamental para que os agricultores se mobilizem e formem associações e cooperativas. As esmagadoras vão funcionar justamente para aproveitar a torta das oleaginosas e isso pode significar ganho já que o óleo será comercializado com a Petrobras.
Na edição de ontem, nossa reportagem falou de como acontecerá a inclusão social dentro da cadeia produtiva do biodiesel. Na entrevista com a coordenadora de biocombustíveis do ministério do Desenvolvimento Agrário, Edna de Cássia Carmelo e com o gerente de implantação do projeto de biodiesel em Montes Claros, Júlio Cezar Monteiro Lopes ficou perceptível que a hora é de não perder o calendário agrícola da região. Edna ainda falou de toda a cadeia produtiva se mobilizar para preparar as áreas para o plantio e agilizar o processo como aconteceu na Bahia e no Ceará.
Júlio Cezar ainda conta que a Petrobras acredita que a exemplo do que já acontece com a Petrovasf e os agricultores em Itacarambi no processo de compra e venda da mamona, deve acontecer com a estatal na região. Há três anos a Petrovasf trabalha processando o óleo da mamona em Itacarambi e tem dado certo. Lá a empresa paga cerca de R$ 0,56 pelo quilo do grão sendo que a previsão da estatal é que se pague pelo menos R$0,60 pelo quilo do grão da mamona para processar biodiesel na usina.
Nessa safra de 2006/07 a Petrobras assumiu a posição de comprar os grãos dos estados do Ceará e da Bahia, mas a proposta da estatal é comprar apenas óleo em 2008; conforme informou o gerente.
Com essa possibilidade, os produtores realmente devem se ater a fortalecer suas bases para serem beneficiados com o selo social do biodiesel.
Produção de café: maior volume de produção estimula cotação
Valéria Esteves
Os cafeicultores brasileiros comercializaram 83% da safra 2007/2008 até o final de fevereiro, segundo levantamento feito pela consultoria Safras & Mercado. O ritmo de negociação está mais acelerado que no mesmo período do ciclo passado, quando 72% do total tinham sido escoados. A Safras estima que a colheita de café deve ficar em 37,1 milhões de sacas de 60 quilos. Os números estão acima dos volumes projetados pela Conab- Companhia Nacional de Abastecimento, de 33,7 milhões de sacas.
No mês de fevereiro, as negociações ganharam maior ritmo, com a forte movimentação dos produtores para fixar os preços. A recuperação das cotações do grão na Bolsa de Nova Iorque estimulou essas operações. A menor oferta, por conta da bianualidade da safra, também colaborou para o maior escoamento da produção de café. Entre janeiro e fevereiro, o volume de exportações também foi aquecido, o que justifica o maior escoamento da produção.
A ABIC- Associação Brasileira da Indústria do Café aponta que o consumo interno aumenta desde a década de 90, passando de 8.2 milhões para 16.9 milhões de sacas do grão. Otimista, a ABIC espera que esse número evolua ainda mais durante esse ano e atinja o patamar de 17.4 milhões de sacas.
Enraizado na cultura brasileira, o café é uma referência da agricultura nacional, e tem alcançado reconhecimento internacional também, fato que fica comprovado quando o Brasil se apresenta como o maior produtor mundial, atingindo 30% do mercado.
Para especialistas o café é uma bebida que proporciona momentos de interação entre as pessoas e, muitas vezes, é a única hora do dia em que se pode deixar os afazeres de lado e ter uma boa conversa com os amigos.
No entanto, no que diz respeito à qualidade do produto final, os fatores influenciadores são muitos, como: tipo do solo, quantidade de chuva durante o ano, altura em que se encontra a plantação e o tipo de produção. Um fato interessante é que os produtores orgânicos sempre estão presentes entre os finalistas dos concursos que dão prêmios para os grãos que proporcionam os melhores sabores.
CONHECENDO O GRÃO
Uma curiosidade sobre o mundo dos sabores está ligada à mudança dos costumes de consumo entre diferentes regiões. Muitas vezes, um café tipo exportação, com prêmios internacionais de qualidade, não agrada a determinado público. Uma das variedades dos grãos é conhecida como Arábica e tem características como: corpo, aroma, acidez e sabor residual. Em relação a isso, alguns cafés proporcionam o chamado after taste, aquele sabor que permanece na boca depois de se saborear alguma bebida, o qual pode ser intenso, suave ou adocicado, por exemplo.
O gostinho do café presente nas xícaras do mundo todo começa a ser criado ainda na lavoura, por isso a recomendação da ABIC é que os agricultores se preocupem com os produtos que vão utilizar na hora de cuidar da água sua plantação.
Um produto que surge como um aliado, tanto para aqueles que praticam a agricultura convencional como para os que praticam a agricultura orgânica, é o dióxido de cloro. Nesse sentido, conforme Antônio Luis Bernini, consultor da ABIC, o Tecsa-Clor, produto comercializado pela Serquímico, destaca-se como o único que apresenta o composto estabilizado a 5%.
- Apresenta uma alta eficácia fungicida e bactericida e é reconhecido por órgãos que atestam sua característica orgânica, tanto no Brasil como no exterior. Além disso, o custo/benefício, quando analisado o processo global da produção, é positivo, conclui.
Os cafeicultores brasileiros comercializaram 83% da safra 2007/2008 até o final de fevereiro, segundo levantamento feito pela consultoria Safras & Mercado. O ritmo de negociação está mais acelerado que no mesmo período do ciclo passado, quando 72% do total tinham sido escoados. A Safras estima que a colheita de café deve ficar em 37,1 milhões de sacas de 60 quilos. Os números estão acima dos volumes projetados pela Conab- Companhia Nacional de Abastecimento, de 33,7 milhões de sacas.
No mês de fevereiro, as negociações ganharam maior ritmo, com a forte movimentação dos produtores para fixar os preços. A recuperação das cotações do grão na Bolsa de Nova Iorque estimulou essas operações. A menor oferta, por conta da bianualidade da safra, também colaborou para o maior escoamento da produção de café. Entre janeiro e fevereiro, o volume de exportações também foi aquecido, o que justifica o maior escoamento da produção.
A ABIC- Associação Brasileira da Indústria do Café aponta que o consumo interno aumenta desde a década de 90, passando de 8.2 milhões para 16.9 milhões de sacas do grão. Otimista, a ABIC espera que esse número evolua ainda mais durante esse ano e atinja o patamar de 17.4 milhões de sacas.
Enraizado na cultura brasileira, o café é uma referência da agricultura nacional, e tem alcançado reconhecimento internacional também, fato que fica comprovado quando o Brasil se apresenta como o maior produtor mundial, atingindo 30% do mercado.
Para especialistas o café é uma bebida que proporciona momentos de interação entre as pessoas e, muitas vezes, é a única hora do dia em que se pode deixar os afazeres de lado e ter uma boa conversa com os amigos.
No entanto, no que diz respeito à qualidade do produto final, os fatores influenciadores são muitos, como: tipo do solo, quantidade de chuva durante o ano, altura em que se encontra a plantação e o tipo de produção. Um fato interessante é que os produtores orgânicos sempre estão presentes entre os finalistas dos concursos que dão prêmios para os grãos que proporcionam os melhores sabores.
CONHECENDO O GRÃO
Uma curiosidade sobre o mundo dos sabores está ligada à mudança dos costumes de consumo entre diferentes regiões. Muitas vezes, um café tipo exportação, com prêmios internacionais de qualidade, não agrada a determinado público. Uma das variedades dos grãos é conhecida como Arábica e tem características como: corpo, aroma, acidez e sabor residual. Em relação a isso, alguns cafés proporcionam o chamado after taste, aquele sabor que permanece na boca depois de se saborear alguma bebida, o qual pode ser intenso, suave ou adocicado, por exemplo.
O gostinho do café presente nas xícaras do mundo todo começa a ser criado ainda na lavoura, por isso a recomendação da ABIC é que os agricultores se preocupem com os produtos que vão utilizar na hora de cuidar da água sua plantação.
Um produto que surge como um aliado, tanto para aqueles que praticam a agricultura convencional como para os que praticam a agricultura orgânica, é o dióxido de cloro. Nesse sentido, conforme Antônio Luis Bernini, consultor da ABIC, o Tecsa-Clor, produto comercializado pela Serquímico, destaca-se como o único que apresenta o composto estabilizado a 5%.
- Apresenta uma alta eficácia fungicida e bactericida e é reconhecido por órgãos que atestam sua característica orgânica, tanto no Brasil como no exterior. Além disso, o custo/benefício, quando analisado o processo global da produção, é positivo, conclui.
Banana prata com boa cotação no mercado
Valéria Esteves
Bananicultura nos tempos áureos. Há algum tempo os perímetros irrigados do Jaíba e do Gorutuba demonstram que produzir banana tem sido uma das atividades mais presentes na vida do produtor rural da região.
Alguns especialistas acreditam que se o homem do campo tivesse acesso aos mercados seria mais fácil ter maior renda, já que os negócios seriam feitos por quem plantou. Mas a Abanorte- Associação dos fruticultores do Norte de Minas acredita que a existência de atravessadores ou compradores de banana são a válvula propulsora das vendas na região. Só na região há pelo menos cerca de 30 compradores de banana, sendo a variedade prata anã, a mais plantada, oito mil hectares.
Conforme a abanorte já existiu aqui no Norte de Minas mais de 100 intermediários na comercialização da banana. Atualmente, a região conta com a organização dos intermediários, através da Associação dos Compradores de Frutas do Norte de Minas - FRUCOM, fundada em 2001, e que assumiu nova diretoria em fevereiro/2008.
Os objetivos da Associação dos Compradores são a melhoria da comunicação entre os produtores e compradores, evitar a duplicidade de cargas através de bolsa de frutas evitando pressão sobre os preços da banana, a melhorar das informações disseminadas sobre o mercado, profissionalização do comprador entre outros benefícios para a classe.
OUTRAS VARIEDADES
Há algumas semanas a Epamig- Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais resolveu apresentar para a sociedade como cunho de pesquisa novas variedades de banana, a Tropical, PA 4244 e a Thap-Maeo. No geral a que mais caiu nas graças do público foi a Tropical.
A intenção era ir até os supermercados e fazer avaliação e verificar qual a aceitação do consumidor quanto às novas variedades de banana passíveis de substituir a banana prata no mercado. Na oportunidade várias pessoas foram questionadas sobre a textura, sabor, acidez e outros requisitos encontrados nessas novas variedades que são produzidas sem o uso de agrotóxicos. A maioria dos entrevistados achou que a variedade Tropical foi a que mais se adequaria ao paladar dos consumidores e aceitariam pagar mais por um produto que preserva o meio ambiente e ainda contribui significativamente para a saúde.
A pergunta a que a Empresa de Pesquisa Agropecuária gostaria de saber é: qual das três variedades tem melhor qualidade e se o consumidor está interessado em obter um produto que não prejudica o meio ambiente ou consumir um produto que tem menor valor de mercado?- Essa indagação é do gerente da Epamig, Marco Antônio Viana Leite que informou também que essa mesma avaliação foi feita em Belo Horizonte em estabelecimentos como o Carrefour, Villefort entre outros.
Para Odete Pereira de Oliveira a banana prata ainda a agrada muito, mas tendo em vista, o não uso de substâncias químicas, vale levar para casa novas variedades. E como diria o provérbio gosto todo mundo tem o seu e não foi diferente com Silvana Lopes Silva e Graiciele de Carvalho Maia. Elas experimentaram as três variedades e as opiniões foram diferentes. Silvana preferiu a PA 4244 por acreditar que nela há maior presença de doce, maciez e menor acidez. Já Graiciele preferiu a Tropical pelos mesmos motivos. Mas o que elas têm em comum é que pagariam mais caro por um produto 100% saudável.
PRAÇAS
As praças compradoras da banana prata da região são: Rio de Janeiro, Distrito Federal, Belo Horizonte, e São Paulo; a cotação da caixa está na casa de R$ 28 embalada e R$ 26 preço pago ao produtor. De acordo com explicação da Abanorte o preço da fruta é de R$ 26 mais o adicional da taxa de embalagem no valor de R$ 2,00.
Cerca de 80% do produto regional segue rumo a essas praças comercializadoras. A reclamação dos produtores é quanto ao alto custo de produção e as possíveis doenças que a bananeira pode atrair.
Conforme informações da Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais novas variedades de banana estão sendo pesquisadas e novas serão apresentadas nos próximos meses. Com está acontecendo nesse período nas grandes cidades de Minas. Problemas como a sigatoka negra, mal do panamá entre outros são constantes de pesquisa da Epamig e da Unimontes.
Bananicultura nos tempos áureos. Há algum tempo os perímetros irrigados do Jaíba e do Gorutuba demonstram que produzir banana tem sido uma das atividades mais presentes na vida do produtor rural da região.
Alguns especialistas acreditam que se o homem do campo tivesse acesso aos mercados seria mais fácil ter maior renda, já que os negócios seriam feitos por quem plantou. Mas a Abanorte- Associação dos fruticultores do Norte de Minas acredita que a existência de atravessadores ou compradores de banana são a válvula propulsora das vendas na região. Só na região há pelo menos cerca de 30 compradores de banana, sendo a variedade prata anã, a mais plantada, oito mil hectares.
Conforme a abanorte já existiu aqui no Norte de Minas mais de 100 intermediários na comercialização da banana. Atualmente, a região conta com a organização dos intermediários, através da Associação dos Compradores de Frutas do Norte de Minas - FRUCOM, fundada em 2001, e que assumiu nova diretoria em fevereiro/2008.
Os objetivos da Associação dos Compradores são a melhoria da comunicação entre os produtores e compradores, evitar a duplicidade de cargas através de bolsa de frutas evitando pressão sobre os preços da banana, a melhorar das informações disseminadas sobre o mercado, profissionalização do comprador entre outros benefícios para a classe.
OUTRAS VARIEDADES
Há algumas semanas a Epamig- Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais resolveu apresentar para a sociedade como cunho de pesquisa novas variedades de banana, a Tropical, PA 4244 e a Thap-Maeo. No geral a que mais caiu nas graças do público foi a Tropical.
A intenção era ir até os supermercados e fazer avaliação e verificar qual a aceitação do consumidor quanto às novas variedades de banana passíveis de substituir a banana prata no mercado. Na oportunidade várias pessoas foram questionadas sobre a textura, sabor, acidez e outros requisitos encontrados nessas novas variedades que são produzidas sem o uso de agrotóxicos. A maioria dos entrevistados achou que a variedade Tropical foi a que mais se adequaria ao paladar dos consumidores e aceitariam pagar mais por um produto que preserva o meio ambiente e ainda contribui significativamente para a saúde.
A pergunta a que a Empresa de Pesquisa Agropecuária gostaria de saber é: qual das três variedades tem melhor qualidade e se o consumidor está interessado em obter um produto que não prejudica o meio ambiente ou consumir um produto que tem menor valor de mercado?- Essa indagação é do gerente da Epamig, Marco Antônio Viana Leite que informou também que essa mesma avaliação foi feita em Belo Horizonte em estabelecimentos como o Carrefour, Villefort entre outros.
Para Odete Pereira de Oliveira a banana prata ainda a agrada muito, mas tendo em vista, o não uso de substâncias químicas, vale levar para casa novas variedades. E como diria o provérbio gosto todo mundo tem o seu e não foi diferente com Silvana Lopes Silva e Graiciele de Carvalho Maia. Elas experimentaram as três variedades e as opiniões foram diferentes. Silvana preferiu a PA 4244 por acreditar que nela há maior presença de doce, maciez e menor acidez. Já Graiciele preferiu a Tropical pelos mesmos motivos. Mas o que elas têm em comum é que pagariam mais caro por um produto 100% saudável.
PRAÇAS
As praças compradoras da banana prata da região são: Rio de Janeiro, Distrito Federal, Belo Horizonte, e São Paulo; a cotação da caixa está na casa de R$ 28 embalada e R$ 26 preço pago ao produtor. De acordo com explicação da Abanorte o preço da fruta é de R$ 26 mais o adicional da taxa de embalagem no valor de R$ 2,00.
Cerca de 80% do produto regional segue rumo a essas praças comercializadoras. A reclamação dos produtores é quanto ao alto custo de produção e as possíveis doenças que a bananeira pode atrair.
Conforme informações da Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais novas variedades de banana estão sendo pesquisadas e novas serão apresentadas nos próximos meses. Com está acontecendo nesse período nas grandes cidades de Minas. Problemas como a sigatoka negra, mal do panamá entre outros são constantes de pesquisa da Epamig e da Unimontes.
Chega de monocultura: Projeto Jaíba pode alavancar com produção de café
Valéria Esteves
Café de alta qualidade será a nova pedida do Projeto Jaíba. Desde fevereiro cerca de 14 hectares foram plantadas numa parceria entre Ibar - Agroindustrial e pequenos produtores no sentido de buscar um café de qualidade e que possa entrar no mercado tanto interno quanto externo. Hoje a saca de 60,5 kg de café comoditie tem custado cerca de R$ 240 a R$ 260; sendo que há quem consiga comercializar um lote contendo de 30 a 40 sacas por até R$ 4 mil.
Cerca de 450 hectares vão ser plantadas nos próximos anos e a expectativa é tirar até 80 sacas por hectare
O sócio-gerente da Ibar, Eduardo César Rebelo informou que o café tem um melhor crescimento no Norte de Minas, especialmente no Jaíba, por ser irrigado e porque o clima favorece. Ele que também cultiva o grão no Sul de Minas diz que é possível notar que enquanto a produção cresce em 2,5 anos no Sul de Minas, no Norte de Minas produz em 18 meses, o que significa lucros e aumento na produtividade em menos tempo. Isso porque, defende Eduardo, a planta cresce durante todo o ano no Jaíba.
O plantio feito em fevereiro deste ano terá sua primeira cata em abril de 2007 e a primeira safra se dará em abril de 2008. A expectativa é que se tire de 75 a 80 sacas de café por hectare, tendo como base as três últimas colheitas da fazenda São Tomé, em Pirapora, que tirou essa média de sacas.
O café no Jaíba significa alternativa de renda ao pequeno produtor e emprego o ano inteiro para mulheres, homens e idosos, conforme a Ibar. Atualmente nove sócios entraram no negócio se dispondo a cuidar do cafezal diariamente, deixando-o bem capinado entre outros cuidados necessários ao bom andamento da produção. Outros pequenos produtores já se mostraram atraídos pelo plantio de café e a associação, antes com nove sócios, deve chegar aos 40 ao que tudo indica.
Há ainda um produtor que plantou uma média de 370 mil mudas e acredita que com os bons resultados da cotação do café no mercado e a produtividade acelerado no Jaíba, o comércio seja favorável.
Na década de 80, conta Eduardo, os cafeicultores chegaram a vender a saca do café ao preço de 100 salários mínimos, caso atípico, mesmo porque o que se busca hoje no mercado é estabilidade.
O café nacional é consumido no Japão, Finlândia, Dinamarca entre outros e tem qualidade e sabor aprovados no mercado externo. Especialistas acreditam que nos próximos anos é possível que o Brasil, maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor no ranking, atrás apenas dos Estados Unidos, deva ganhar mais espaço e se estabelecer no mercado com força total.
INVESTIMENTO
No viveiro da Ibar, no município de Jaíba, há pelo menos 650 mil mudas, sendo que dessas, 550 devem ser plantadas pela empresa nos próximos meses e a sobra será comercializada. Isso depois que a empresa substituir as plantas que por acaso morrerem. Geralmente, segundo Eduardo, a mortalidade é 3% a 6%.
Ele que é sócio no Sul de Minas, junto com mais 22 fazendas que formam a Santo Antônio State Cofee, em Santo Antônio do Amparo, diz que vai plantar no próximo ano, cerca de 1,200 milhão mudas no Jaíba e mais essa mesma quantidade em 2008. O objetivo é plantar 450 hectares de café nos próximos anos e usar o método de irrigação por gotejo, a fim de diminuir os custos com a água e energia. O empresário conhecedor do mercado externo comercializa o café gourmet e acredita que os preços do grão devem se estabelecer. Pelas contas, cada hectare deve render uma média de quase R$ 20 mil se somados a saca ao valor de R$ 260 e contabilizar 75 sacas por hectare.
Em Minas Gerais a média por colheita é de 17 sacas por hectare e em Pirapora, os resultados até agora apresentados, são o dobro dessa média.
- O máximo que os cafeicultores mineiros têm conseguido chegar é a 35 sacas por hectare em alguns lugares. Nós poderíamos colocar mais adubo na plantação e tirar mais que 80 sacas por hectare, mas a planta tem um limite genético de produção. Não é interessante alcançar os 100% em uma colheita e tirar umas 35 sacas na próxima, quando podemos manter uma média 75 a 80 sacas, o que também será sabido a partir da primeira cata de café - explicou.
Para concluir, o empresário lembrou que os pequenos produtores ou pelo menos seis ou sete estão com médias boas de produção. Há algumas plantações com frutos nos pés.
Com o aumento da população brasileira as perspectivas de mercado só aumentam, já que o Brasil consume muito café. Como a população dos Estados Unidos não tem para onde crescer, conforme indicadores de mercado, a expectativa é de que o mercado interno necessite de pelo menos um milhão de sacas do grão para atender a demanda.
O Brasil tem crescido de 3% a 5% ao ano no mercado interno com o comércio do café, alcançando a marca de 2% nas exportações.
Café de alta qualidade será a nova pedida do Projeto Jaíba. Desde fevereiro cerca de 14 hectares foram plantadas numa parceria entre Ibar - Agroindustrial e pequenos produtores no sentido de buscar um café de qualidade e que possa entrar no mercado tanto interno quanto externo. Hoje a saca de 60,5 kg de café comoditie tem custado cerca de R$ 240 a R$ 260; sendo que há quem consiga comercializar um lote contendo de 30 a 40 sacas por até R$ 4 mil.
Cerca de 450 hectares vão ser plantadas nos próximos anos e a expectativa é tirar até 80 sacas por hectare
O sócio-gerente da Ibar, Eduardo César Rebelo informou que o café tem um melhor crescimento no Norte de Minas, especialmente no Jaíba, por ser irrigado e porque o clima favorece. Ele que também cultiva o grão no Sul de Minas diz que é possível notar que enquanto a produção cresce em 2,5 anos no Sul de Minas, no Norte de Minas produz em 18 meses, o que significa lucros e aumento na produtividade em menos tempo. Isso porque, defende Eduardo, a planta cresce durante todo o ano no Jaíba.
O plantio feito em fevereiro deste ano terá sua primeira cata em abril de 2007 e a primeira safra se dará em abril de 2008. A expectativa é que se tire de 75 a 80 sacas de café por hectare, tendo como base as três últimas colheitas da fazenda São Tomé, em Pirapora, que tirou essa média de sacas.
O café no Jaíba significa alternativa de renda ao pequeno produtor e emprego o ano inteiro para mulheres, homens e idosos, conforme a Ibar. Atualmente nove sócios entraram no negócio se dispondo a cuidar do cafezal diariamente, deixando-o bem capinado entre outros cuidados necessários ao bom andamento da produção. Outros pequenos produtores já se mostraram atraídos pelo plantio de café e a associação, antes com nove sócios, deve chegar aos 40 ao que tudo indica.
Há ainda um produtor que plantou uma média de 370 mil mudas e acredita que com os bons resultados da cotação do café no mercado e a produtividade acelerado no Jaíba, o comércio seja favorável.
Na década de 80, conta Eduardo, os cafeicultores chegaram a vender a saca do café ao preço de 100 salários mínimos, caso atípico, mesmo porque o que se busca hoje no mercado é estabilidade.
O café nacional é consumido no Japão, Finlândia, Dinamarca entre outros e tem qualidade e sabor aprovados no mercado externo. Especialistas acreditam que nos próximos anos é possível que o Brasil, maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor no ranking, atrás apenas dos Estados Unidos, deva ganhar mais espaço e se estabelecer no mercado com força total.
INVESTIMENTO
No viveiro da Ibar, no município de Jaíba, há pelo menos 650 mil mudas, sendo que dessas, 550 devem ser plantadas pela empresa nos próximos meses e a sobra será comercializada. Isso depois que a empresa substituir as plantas que por acaso morrerem. Geralmente, segundo Eduardo, a mortalidade é 3% a 6%.
Ele que é sócio no Sul de Minas, junto com mais 22 fazendas que formam a Santo Antônio State Cofee, em Santo Antônio do Amparo, diz que vai plantar no próximo ano, cerca de 1,200 milhão mudas no Jaíba e mais essa mesma quantidade em 2008. O objetivo é plantar 450 hectares de café nos próximos anos e usar o método de irrigação por gotejo, a fim de diminuir os custos com a água e energia. O empresário conhecedor do mercado externo comercializa o café gourmet e acredita que os preços do grão devem se estabelecer. Pelas contas, cada hectare deve render uma média de quase R$ 20 mil se somados a saca ao valor de R$ 260 e contabilizar 75 sacas por hectare.
Em Minas Gerais a média por colheita é de 17 sacas por hectare e em Pirapora, os resultados até agora apresentados, são o dobro dessa média.
- O máximo que os cafeicultores mineiros têm conseguido chegar é a 35 sacas por hectare em alguns lugares. Nós poderíamos colocar mais adubo na plantação e tirar mais que 80 sacas por hectare, mas a planta tem um limite genético de produção. Não é interessante alcançar os 100% em uma colheita e tirar umas 35 sacas na próxima, quando podemos manter uma média 75 a 80 sacas, o que também será sabido a partir da primeira cata de café - explicou.
Para concluir, o empresário lembrou que os pequenos produtores ou pelo menos seis ou sete estão com médias boas de produção. Há algumas plantações com frutos nos pés.
Com o aumento da população brasileira as perspectivas de mercado só aumentam, já que o Brasil consume muito café. Como a população dos Estados Unidos não tem para onde crescer, conforme indicadores de mercado, a expectativa é de que o mercado interno necessite de pelo menos um milhão de sacas do grão para atender a demanda.
O Brasil tem crescido de 3% a 5% ao ano no mercado interno com o comércio do café, alcançando a marca de 2% nas exportações.
Cafeicultura em alta: preços da saca devem subir em 2007
Valéria Esteves
Pelo que tudo indica os preços do café vão continuar em alta em 2007. Com essa notícia os produtores do Projeto Jaíba podem comemorar, assim como os de Buritizeiro, que esperam uma safra robusta em meados de abril.
Norte de Minas ganha espaço no mercado com produção de café
Segundo as expectativas de analistas de mercado as cotações devem ficar acima dos preços atuais - R$ 270 a saca do café arábica tipo 6 - podendo bater os R$ 300 a saca até o final do ano e ficar a patamares superiores a este em 2007.
Para a Ibá Agroindustrial esses indicadores vão facilitar a comercialização do café produzido no Jaíba que terá a primeira cata no mês de abril do próximo ano. Jorge Queiroz, analista de mercado de café da Conab - Companhia nacional de abastecimento acredita que o preço deve ir a um patamar superior ao de hoje; mesmo porque desde agosto, o preço da saca de café subiu 26,4% por conta do clima desfavorável à florada e à perspectiva de queda da safra 2007/08, devido à bianualidade da cultura - em que a produção se alterna entre uma safra e outra.
Conforme informou à Gazeta Mercantil o economista da Safras e mercado, Gil Barabach, a cafeicultura está saindo de uma crise cujo auge foi em 2002, quando a saca chegou a US$ 34, ocasião em que houve excedente de produção. Conforme estima o especialista, o preço deve atingir a marca de US$ 136 logo no início de 2007, alcançando o pico registrado em março de 2005, que foi o maior dos últimos sete anos.
- O setor demonstra sinais claros de que o produtor terá uma boa rentabilidade. O mercado de café tem fôlego para continuar subindo até o fim do ano e continuar em alta até a entrada da nova safra no ano que vem - pondera.
Ele disse que este cenário deverá ser reforçado pelo tamanho da safra 2007/08, cujo primeiro levantamento se inicia nesta semana pelos técnicos da Conab.
PRODUÇÃO
O plantio feito em fevereiro no Jaíba terá sua primeira cata em abril de 2007, e a primeira safra se dará em abril de 2008. A expectativa é que se tire de 75 a 80 sacas de café por hectare, tendo como base as três últimas colheitas da fazenda São Tomé, em Pirapora, que tirou essa média de sacas.
O café no Jaíba significa alternativa de renda ao pequeno produtor, e emprego o ano inteiro para mulheres, homens e idosos, conforme a Ibá. Atualmente nove sócios entraram no negócio se dispondo a cuidar do cafezal diariamente, deixando-o bem carpido, entre outros cuidados necessários ao bom andamento da produção.
Outros pequenos produtores já se mostraram atraídos pelo plantio de café e a associação, antes com nove sócios, deve chegar aos 40 ao que tudo indica.
Há ainda um médio produtor que plantou uma média de 370 mil mudas e acredita que, com os bons resultados da cotação do café no mercado e a produtividade acelerado no Jaíba, a expectativa é que o comércio seja favorável.
Na década de 80, conta Eduardo Rebelo, sócio-gerente da Ibá os cafeicultores chegaram a vender a saca do café ao preço de 100 salários mínimos, caso atípico, mesmo porque o que se busca hoje em dia no mercado é estabilidade.
O café nacional é consumido no Japão, Finlândia, Dinamarca, entre outros e tem qualidade e sabor aprovados no mercado externo. Especialistas acreditam que nos próximos anos é possível que o Brasil, maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor no ranking, atrás apenas dos Estados Unidos, deve ganhar mais espaço e se estabelecer no mercado com força total.
O empresário conhecedor do mercado externo comercializa o café gourmet e acredita que os preços do grão devem se estabelecer. Pelas contas, cada hectare deve render uma média de quase R$ 20 mil, se somadas a saca ao valor de R$ 260, e contabilizar 75 sacas por hectare.
Em Minas Gerais a média por colheita é de 17 sacas por hectare, e em Pirapora os resultados até agora apresentados são o dobro dessa média.
A Gazeta Mercantil ainda informou que o cenário de preços é melhor do que o verificado na última safra pequena (2005/06), que foi de 32 milhões de sacas. Isso porque os estoques estão bem menores. Os estoques do Funcafé - Fundo de defesa da economia cafeeira, hoje somam 1,9 milhão de sacas, segundo o analista da Conab. Há quatro anos, somavam 8,14 milhões de sacas. Os estoques mundiais, ao redor de 15 e 17 milhões de sacas, são insuficientes para a demanda.
- Atendem apenas ao consumo para pouco mais de um mês. O razoável seria pelo menos três meses – conclui.
Pelo que tudo indica os preços do café vão continuar em alta em 2007. Com essa notícia os produtores do Projeto Jaíba podem comemorar, assim como os de Buritizeiro, que esperam uma safra robusta em meados de abril.
Norte de Minas ganha espaço no mercado com produção de café
Segundo as expectativas de analistas de mercado as cotações devem ficar acima dos preços atuais - R$ 270 a saca do café arábica tipo 6 - podendo bater os R$ 300 a saca até o final do ano e ficar a patamares superiores a este em 2007.
Para a Ibá Agroindustrial esses indicadores vão facilitar a comercialização do café produzido no Jaíba que terá a primeira cata no mês de abril do próximo ano. Jorge Queiroz, analista de mercado de café da Conab - Companhia nacional de abastecimento acredita que o preço deve ir a um patamar superior ao de hoje; mesmo porque desde agosto, o preço da saca de café subiu 26,4% por conta do clima desfavorável à florada e à perspectiva de queda da safra 2007/08, devido à bianualidade da cultura - em que a produção se alterna entre uma safra e outra.
Conforme informou à Gazeta Mercantil o economista da Safras e mercado, Gil Barabach, a cafeicultura está saindo de uma crise cujo auge foi em 2002, quando a saca chegou a US$ 34, ocasião em que houve excedente de produção. Conforme estima o especialista, o preço deve atingir a marca de US$ 136 logo no início de 2007, alcançando o pico registrado em março de 2005, que foi o maior dos últimos sete anos.
- O setor demonstra sinais claros de que o produtor terá uma boa rentabilidade. O mercado de café tem fôlego para continuar subindo até o fim do ano e continuar em alta até a entrada da nova safra no ano que vem - pondera.
Ele disse que este cenário deverá ser reforçado pelo tamanho da safra 2007/08, cujo primeiro levantamento se inicia nesta semana pelos técnicos da Conab.
PRODUÇÃO
O plantio feito em fevereiro no Jaíba terá sua primeira cata em abril de 2007, e a primeira safra se dará em abril de 2008. A expectativa é que se tire de 75 a 80 sacas de café por hectare, tendo como base as três últimas colheitas da fazenda São Tomé, em Pirapora, que tirou essa média de sacas.
O café no Jaíba significa alternativa de renda ao pequeno produtor, e emprego o ano inteiro para mulheres, homens e idosos, conforme a Ibá. Atualmente nove sócios entraram no negócio se dispondo a cuidar do cafezal diariamente, deixando-o bem carpido, entre outros cuidados necessários ao bom andamento da produção.
Outros pequenos produtores já se mostraram atraídos pelo plantio de café e a associação, antes com nove sócios, deve chegar aos 40 ao que tudo indica.
Há ainda um médio produtor que plantou uma média de 370 mil mudas e acredita que, com os bons resultados da cotação do café no mercado e a produtividade acelerado no Jaíba, a expectativa é que o comércio seja favorável.
Na década de 80, conta Eduardo Rebelo, sócio-gerente da Ibá os cafeicultores chegaram a vender a saca do café ao preço de 100 salários mínimos, caso atípico, mesmo porque o que se busca hoje em dia no mercado é estabilidade.
O café nacional é consumido no Japão, Finlândia, Dinamarca, entre outros e tem qualidade e sabor aprovados no mercado externo. Especialistas acreditam que nos próximos anos é possível que o Brasil, maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor no ranking, atrás apenas dos Estados Unidos, deve ganhar mais espaço e se estabelecer no mercado com força total.
O empresário conhecedor do mercado externo comercializa o café gourmet e acredita que os preços do grão devem se estabelecer. Pelas contas, cada hectare deve render uma média de quase R$ 20 mil, se somadas a saca ao valor de R$ 260, e contabilizar 75 sacas por hectare.
Em Minas Gerais a média por colheita é de 17 sacas por hectare, e em Pirapora os resultados até agora apresentados são o dobro dessa média.
A Gazeta Mercantil ainda informou que o cenário de preços é melhor do que o verificado na última safra pequena (2005/06), que foi de 32 milhões de sacas. Isso porque os estoques estão bem menores. Os estoques do Funcafé - Fundo de defesa da economia cafeeira, hoje somam 1,9 milhão de sacas, segundo o analista da Conab. Há quatro anos, somavam 8,14 milhões de sacas. Os estoques mundiais, ao redor de 15 e 17 milhões de sacas, são insuficientes para a demanda.
- Atendem apenas ao consumo para pouco mais de um mês. O razoável seria pelo menos três meses – conclui.
Déficit na oferta de café pode provocar redução nos estoques
No mês de abril os cafeicultores do Jaíba estarão em plena cata. Só depois dela, que na verdade será a primeira dessa produção, é que poderá se estimar, com certeza, quantas sacas o cafezal plantado em parceria com pequenos produtores e a Ibá dará no final das contas. A perspectiva é que sejam colhidos até 80 sacas por hectare
Valéria Esteves
O ano já começa cheio de dúvidas para o setor cafeeiro, mas os produtores de café ainda confiam numa melhora. Segundo informou a Dow Jones, a produção global de café deve ficar entre 109 e 112 milhões de sacas na safra 2007/08, de acordo com relatório mensal divulgado sexta-feira pela OIC - Organização Internacional do café. A organização manteve estável a projeção divulgada no último relatório.
Entretanto, para a safra 2006/07, a OIC reduziu a estimativa em relação ao relatório do mês de janeiro, passando de 122,27 milhões para 121,575 milhões de sacas. De acordo com a organização, as lavouras devem sofrer com problemas climáticos por conta do desenvolvimento do El Niño.
- Esperamos queda na produção porque algumas regiões devem ser seriamente afetadas - afirma a entidade. A OIC aponta redução da produção brasileira de arábica, por conta da bianualidade da safra de café.
O consumo global foi estimado em 118 milhões de sacas em 2007/08, aumento de 1,7% sobre o ciclo anterior. A estimativa da OIC sugere um déficit na oferta global de café, que poderá provocar redução dos estoques. De acordo com a OIC, a safra 2006/07 (outubro-setembro) iniciou com 19 milhões sacas nos estoques, volume inferior a 27,51 milhões de sacas sobre a safra anterior. Considerando o grande volume exportado pelo Brasil, o país iniciará a safra (2007/08) com níveis historicamente baixos de estoque, aponta o relatório.
A perspectiva dos produtores mineiros é boa quanto às exportações e até mesmo com as importações, como previu o produtor Eduardo César Rebelo, sócio-gerente da Ibá-agroindustrial.
Desde fevereiro de 2005, cerca de 14 hectares foram plantados numa parceria entre a Ibá e pequenos produtores do Projeto Jaíba, no sentido de buscar um café de qualidade e que possa entrar no mercado tanto interno quanto externo. Hoje a saca de 60,5 kg de café comoditie tem custado cerca de R$ 240 a R$ 260; sendo que há quem consiga comercializar um lote contendo de 30 a 40 sacas por até R$ 4 mil.
O sócio-gerente da Ibá informou que o café tem um melhor crescimento no Norte de Minas, especialmente no Jaíba por ser irrigado e porque o clima favorece. Ele que também cultiva o grão no Sul de Minas, diz que é possível notar que enquanto a produção cresce em 2,5 anos no Sul de Minas, no Norte de Minas produz em 18 meses. O que significa ganho de lucros e aumento na produtividade em menos tempo. Isso porque, defende Eduardo, a planta cresce durante todo o ano no Jaíba.
COLHEITA
O plantio feito em fevereiro terá sua primeira cata em abril de 2007 e a primeira safra se dará em abril de 2008. A expectativa é que se tire de 75 a 80 sacas de café por hectare, tendo como base as três últimas colheitas da fazenda São Tomé em Pirapora, que tirou essa média de sacas.
O café no Jaíba significa alternativa de renda ao pequeno produtor e emprego o ano inteiro para mulheres, homens e idosos, conforme a Ibá.
Atualmente nove sócios entraram no negócio se dispondo a cuidar do cafezal diariamente, deixando-o bem capinado entre outros cuidados necessários ao bom andamento da produção. Outros pequenos produtores já se mostraram atraídos pelo plantio de café e a associação, antes com nove sócios, deve chegar aos 40 ao que tudo indica.
Há ainda um médio produtor que plantou uma média de 370 mil mudas e acredita que, com os bons resultados da cotação do café no mercado e a produtividade acelerado no Jaíba, a expectativa é que o comércio seja favorável.
Na década de 80, conta Eduardo, os cafeicultores chegaram a vender a saca do café ao preço de 100 salários mínimos, caso atípico, mesmo porque o que se busca hoje em dia no mercado é estabilidade.
PRODUTO NACIONAL
O café nacional é consumido no Japão, Finlândia, Dinamarca entre outros, e tem qualidade e sabor aprovados no mercado externo. Especialistas acreditam que nos próximos anos é possível que o Brasil, maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor no ranking, atrás apenas dos Estados Unidos, deve ganhar mais espaço e se estabelecer no mercado com força total.
Para concluir, o empresário lembrou que os pequenos produtores, ou pelo menos seis ou sete, estão com médias boas de produção. Há algumas plantações com frutos nos pés.
Com o aumento da população brasileira as perspectivas de mercado só aumentam, já que o Brasil consume muito café. Como a população dos Estados Unidos não tem para onde crescer, conforme indicadores de mercado, a expectativa é que o mercado interno necessite de pelo menos um milhão de sacas do grão para atender a demanda.
O Brasil tem crescido de 3% a 5% ao ano no mercado interno com o comércio do café, sendo que alcança a marca de 2% nas exportações.
Valéria Esteves
O ano já começa cheio de dúvidas para o setor cafeeiro, mas os produtores de café ainda confiam numa melhora. Segundo informou a Dow Jones, a produção global de café deve ficar entre 109 e 112 milhões de sacas na safra 2007/08, de acordo com relatório mensal divulgado sexta-feira pela OIC - Organização Internacional do café. A organização manteve estável a projeção divulgada no último relatório.
Entretanto, para a safra 2006/07, a OIC reduziu a estimativa em relação ao relatório do mês de janeiro, passando de 122,27 milhões para 121,575 milhões de sacas. De acordo com a organização, as lavouras devem sofrer com problemas climáticos por conta do desenvolvimento do El Niño.
- Esperamos queda na produção porque algumas regiões devem ser seriamente afetadas - afirma a entidade. A OIC aponta redução da produção brasileira de arábica, por conta da bianualidade da safra de café.
O consumo global foi estimado em 118 milhões de sacas em 2007/08, aumento de 1,7% sobre o ciclo anterior. A estimativa da OIC sugere um déficit na oferta global de café, que poderá provocar redução dos estoques. De acordo com a OIC, a safra 2006/07 (outubro-setembro) iniciou com 19 milhões sacas nos estoques, volume inferior a 27,51 milhões de sacas sobre a safra anterior. Considerando o grande volume exportado pelo Brasil, o país iniciará a safra (2007/08) com níveis historicamente baixos de estoque, aponta o relatório.
A perspectiva dos produtores mineiros é boa quanto às exportações e até mesmo com as importações, como previu o produtor Eduardo César Rebelo, sócio-gerente da Ibá-agroindustrial.
Desde fevereiro de 2005, cerca de 14 hectares foram plantados numa parceria entre a Ibá e pequenos produtores do Projeto Jaíba, no sentido de buscar um café de qualidade e que possa entrar no mercado tanto interno quanto externo. Hoje a saca de 60,5 kg de café comoditie tem custado cerca de R$ 240 a R$ 260; sendo que há quem consiga comercializar um lote contendo de 30 a 40 sacas por até R$ 4 mil.
O sócio-gerente da Ibá informou que o café tem um melhor crescimento no Norte de Minas, especialmente no Jaíba por ser irrigado e porque o clima favorece. Ele que também cultiva o grão no Sul de Minas, diz que é possível notar que enquanto a produção cresce em 2,5 anos no Sul de Minas, no Norte de Minas produz em 18 meses. O que significa ganho de lucros e aumento na produtividade em menos tempo. Isso porque, defende Eduardo, a planta cresce durante todo o ano no Jaíba.
COLHEITA
O plantio feito em fevereiro terá sua primeira cata em abril de 2007 e a primeira safra se dará em abril de 2008. A expectativa é que se tire de 75 a 80 sacas de café por hectare, tendo como base as três últimas colheitas da fazenda São Tomé em Pirapora, que tirou essa média de sacas.
O café no Jaíba significa alternativa de renda ao pequeno produtor e emprego o ano inteiro para mulheres, homens e idosos, conforme a Ibá.
Atualmente nove sócios entraram no negócio se dispondo a cuidar do cafezal diariamente, deixando-o bem capinado entre outros cuidados necessários ao bom andamento da produção. Outros pequenos produtores já se mostraram atraídos pelo plantio de café e a associação, antes com nove sócios, deve chegar aos 40 ao que tudo indica.
Há ainda um médio produtor que plantou uma média de 370 mil mudas e acredita que, com os bons resultados da cotação do café no mercado e a produtividade acelerado no Jaíba, a expectativa é que o comércio seja favorável.
Na década de 80, conta Eduardo, os cafeicultores chegaram a vender a saca do café ao preço de 100 salários mínimos, caso atípico, mesmo porque o que se busca hoje em dia no mercado é estabilidade.
PRODUTO NACIONAL
O café nacional é consumido no Japão, Finlândia, Dinamarca entre outros, e tem qualidade e sabor aprovados no mercado externo. Especialistas acreditam que nos próximos anos é possível que o Brasil, maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor no ranking, atrás apenas dos Estados Unidos, deve ganhar mais espaço e se estabelecer no mercado com força total.
Para concluir, o empresário lembrou que os pequenos produtores, ou pelo menos seis ou sete, estão com médias boas de produção. Há algumas plantações com frutos nos pés.
Com o aumento da população brasileira as perspectivas de mercado só aumentam, já que o Brasil consume muito café. Como a população dos Estados Unidos não tem para onde crescer, conforme indicadores de mercado, a expectativa é que o mercado interno necessite de pelo menos um milhão de sacas do grão para atender a demanda.
O Brasil tem crescido de 3% a 5% ao ano no mercado interno com o comércio do café, sendo que alcança a marca de 2% nas exportações.
Picos de estabilidade e instabilidade marcam o setor cafeeiro
Especialistas dizem que a previsão é que até o próximo ano o café consiga se estabelecer com cotações melhores. Os levantamentos que mostram o tamanho da safra já começaram e o preço pode subir significativamente. Apesar de ter registrado baixas de produção durante o ano passado, a safra subiu uma média de 26,4%. Espera-se que o mercado reaja em 2008, porque os produtores sonham com dias melhores
Valéria Esteves
Pelo que tudo indica, os preços do café vão continuar em alta em 2007, apesar de o mercado ter apresentado dias de instabilidade no setor. Com essa notícia, os produtores do Projeto Jaíba podem comemorar, assim como os de Buritizeiro, que esperam uma safra reforçada em meados de abril.
Segundo as expectativas de analistas de mercado, as cotações devem ficar acima dos preços atuais: R$ 270 a saca do café arábica tipo 6, podendo bater os R$ 300 até o final do ano e ficar a patamares superiores a este em 2007.
Para a Ibá - Agroindustrial esses indicadores vão facilitar a comercialização do café produzido no Jaíba que terá a primeira cata dentro de dois meses. Jorge Queiroz, analista de mercado de café da Conab - Companhia nacional de abastecimento, acredita que o preço deve ir a um patamar superior ao de hoje; mesmo porque, desde agosto, o preço da saca de café subiu 26,4% por conta do clima desfavorável à florada e à perspectiva de queda da safra 2007/08, devido à bianualidade da cultura - em que a produção se alterna entre uma safra e outra.
Conforme informou a Gazeta Mercantil, o economista da Safras e Mercado, Gil Barabach a cafeicultura está saindo de uma crise, cujo auge foi em 2002, quando a saca chegou a US$ 34, ocasião em que houve excedente de produção. Conforme estima o especialista, o preço deve atingir a marca de US$ 136 logo no primeiro período desse ano, alcançado o pico registrado em março de 2005, que foi o maior dos últimos sete anos.
- O setor demonstra sinais claros de que o produtor terá uma boa rentabilidade. O mercado de café tem fôlego para continuar subindo até o fim do ano e continuar em alta até a entrada da nova safra no ano que vem - pondera.
Ele disse que este cenário deverá ser reforçado pelo tamanho da safra 2007/08, cujo primeiro levantamento se iniciou há alguns meses pelos técnicos da Conab.
EM CASA
O plantio feito em fevereiro de 2006 no Projeto Jaíba terá sua primeira cata no próximo mês de abril e a primeira safra se dará em abril de 2008. A expectativa é de que se tire de 75 a 80 sacas de café por hectare, tendo como base as três últimas colheitas da fazenda São Tomé, em Pirapora, que tirou essa média de sacas.
O café no Jaíba significa alternativa de renda ao pequeno produtor e emprego o ano inteiro para mulheres, homens e idosos, conforme a Ibá. Atualmente, mais de 20 sócios então no negócio se dispondo a cuidar do cafezal diariamente, deixando-o bem capinado, entre outros cuidados necessários ao bom andamento da produção.
Outros pequenos produtores já se mostraram atraídos pelo plantio de café e a associação, antes com nove sócios, deve chegar aos 40 ao que tudo indica.
Há ainda um médio produtor que plantou uma média de 370 mil mudas e acredita que, com os bons resultados da cotação do café no mercado e a produtividade acelerada, o comércio seja favorável.
Na década de 80, conta Eduardo Rebelo, sócio-gerente da Ibá, os cafeicultores chegaram a vender a saca do café ao preço de 100 salários mínimos, caso atípico, mesmo porque o que se busca hoje no mercado é estabilidade.
Especialistas acreditam que, nos próximos anos é possível que o Brasil, maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor no ranking, atrás apenas dos Estados Unidos, deva ganhar mais espaço e se estabelecer no mercado com força total.
O empresário conhecedor do mercado externo comercializa o café gourmer e acredita que os preços do grão devem se estabelecer. Pelas contas, cada hectare deve render uma média de quase R$ 20 mil se somada a saca ao valor de R$ 260 e contabilizar 75 sacas por hectare.
Em Minas Gerais, a média por colheita é de 17 sacas por hectare, e em Pirapora, os resultados até agora apresentados são o dobro dessa média.
Valéria Esteves
Pelo que tudo indica, os preços do café vão continuar em alta em 2007, apesar de o mercado ter apresentado dias de instabilidade no setor. Com essa notícia, os produtores do Projeto Jaíba podem comemorar, assim como os de Buritizeiro, que esperam uma safra reforçada em meados de abril.
Segundo as expectativas de analistas de mercado, as cotações devem ficar acima dos preços atuais: R$ 270 a saca do café arábica tipo 6, podendo bater os R$ 300 até o final do ano e ficar a patamares superiores a este em 2007.
Para a Ibá - Agroindustrial esses indicadores vão facilitar a comercialização do café produzido no Jaíba que terá a primeira cata dentro de dois meses. Jorge Queiroz, analista de mercado de café da Conab - Companhia nacional de abastecimento, acredita que o preço deve ir a um patamar superior ao de hoje; mesmo porque, desde agosto, o preço da saca de café subiu 26,4% por conta do clima desfavorável à florada e à perspectiva de queda da safra 2007/08, devido à bianualidade da cultura - em que a produção se alterna entre uma safra e outra.
Conforme informou a Gazeta Mercantil, o economista da Safras e Mercado, Gil Barabach a cafeicultura está saindo de uma crise, cujo auge foi em 2002, quando a saca chegou a US$ 34, ocasião em que houve excedente de produção. Conforme estima o especialista, o preço deve atingir a marca de US$ 136 logo no primeiro período desse ano, alcançado o pico registrado em março de 2005, que foi o maior dos últimos sete anos.
- O setor demonstra sinais claros de que o produtor terá uma boa rentabilidade. O mercado de café tem fôlego para continuar subindo até o fim do ano e continuar em alta até a entrada da nova safra no ano que vem - pondera.
Ele disse que este cenário deverá ser reforçado pelo tamanho da safra 2007/08, cujo primeiro levantamento se iniciou há alguns meses pelos técnicos da Conab.
EM CASA
O plantio feito em fevereiro de 2006 no Projeto Jaíba terá sua primeira cata no próximo mês de abril e a primeira safra se dará em abril de 2008. A expectativa é de que se tire de 75 a 80 sacas de café por hectare, tendo como base as três últimas colheitas da fazenda São Tomé, em Pirapora, que tirou essa média de sacas.
O café no Jaíba significa alternativa de renda ao pequeno produtor e emprego o ano inteiro para mulheres, homens e idosos, conforme a Ibá. Atualmente, mais de 20 sócios então no negócio se dispondo a cuidar do cafezal diariamente, deixando-o bem capinado, entre outros cuidados necessários ao bom andamento da produção.
Outros pequenos produtores já se mostraram atraídos pelo plantio de café e a associação, antes com nove sócios, deve chegar aos 40 ao que tudo indica.
Há ainda um médio produtor que plantou uma média de 370 mil mudas e acredita que, com os bons resultados da cotação do café no mercado e a produtividade acelerada, o comércio seja favorável.
Na década de 80, conta Eduardo Rebelo, sócio-gerente da Ibá, os cafeicultores chegaram a vender a saca do café ao preço de 100 salários mínimos, caso atípico, mesmo porque o que se busca hoje no mercado é estabilidade.
Especialistas acreditam que, nos próximos anos é possível que o Brasil, maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor no ranking, atrás apenas dos Estados Unidos, deva ganhar mais espaço e se estabelecer no mercado com força total.
O empresário conhecedor do mercado externo comercializa o café gourmer e acredita que os preços do grão devem se estabelecer. Pelas contas, cada hectare deve render uma média de quase R$ 20 mil se somada a saca ao valor de R$ 260 e contabilizar 75 sacas por hectare.
Em Minas Gerais, a média por colheita é de 17 sacas por hectare, e em Pirapora, os resultados até agora apresentados são o dobro dessa média.
Desvalorização do dólar atinge setor cafeeiro
Valéria Esteves
Na última quarta-feira, 28 de fevereiro, representantes do setor do agronegócio mineiro, em especial da cafeicultura, se reuniram em Belo Horizonte, na sede da Faemg - Federação da Agricultura e Pecuária do estado de Minas Gerais para, segundo informações do diário do Comércio, discutir os problemas e formular ações no sentido de melhorar o atual quadro da política macroeconômica brasileira.
- Estamos dando o primeiro passo para uma mobilização que pretende sensibilizar o governo federal para várias questões, como a desvalorização do dólar frente ao real que está prejudicando não só o agronegócio, mas toda a cadeia produtiva nacional - destacou o presidente da Comissão nacional do café da CNA - Confederação Nacional da Agricultura, Breno Mesquita.
Em uma de suas edições, O Norte publicou reportagem que informava que a produção global de café deve ficar entre 109 a 112 milhões de sacas na safra 2007/08, de acordo com relatório mensal divulgado ontem pela OIC - Organização internacional do café. A organização manteve estável a projeção divulgada no último relatório, de acordo com a Dow Jones.
Entretanto, para a safra 2006/07, a OIC reduziu a estimativa em relação ao relatório do mês passado, passando de 122,27 milhões de sacas para 121,575 milhões de sacas. De acordo com a organização, as lavouras devem sofrer com problemas climáticos por conta do desenvolvimento do El Niño.
- Esperamos queda na produção porque algumas regiões devem ser seriamente afetadas - afirma a entidade. A OIC aponta redução da produção brasileira de arábica, por conta da bianualidade da safra de café.
O consumo global foi estimado em 118 milhões de sacas em 2007/08, aumento de 1,7% sobre o ciclo anterior. A estimativa da OIC sugere um déficit na oferta global de café, que poderá provocar redução dos estoques. De acordo com a OIC, a safra 2006/07 (outubro-setembro) iniciou com 19 milhões sacas nos estoques, volume inferior a 27,51 milhões de sacas sobre a safra anterior. Considerando o grande volume exportado pelo Brasil, o país iniciará a safra (2007/08) com níveis historicamente baixos de estoque, aponta o relatório.
EXPORTAÇÕES
A perspectiva dos produtores mineiros é boa quanto às exportações, e até mesmo com as importações, como previu o produtor Eduardo César Rebelo, sócio-gerente de uma empresa que atua no Projeto Jaíba.
Desde fevereiro de 2005, cerca de 14 hectares foram plantados, numa parceria entre essa empresa e pequenos produtores do Jaíba, no sentido de buscar um café de qualidade e que possa entrar no mercado tanto interno quanto externo. A saca de 60,5 kg de café comoditie tem custado cerca de R$ 240 a R$ 260; sendo que há quem consiga comercializar um lote contendo de 30 a 40 sacas por até R$ 4 mil.
O sócio-gerente informou que o café tem um melhor crescimento no Norte de Minas, especialmente no Jaíba, por ser irrigado e porque o clima favorece. Ele, que também cultiva o grão no Sul de Minas, diz que é possível notar que enquanto a produção cresce em dois anos e meio no Sul de Minas, no Norte de Minas produz em 18 meses. O que significa ganho de lucros e aumento na produtividade em menos tempo.
- Isso porque a planta cresce durante todo o ano no Jaíba - defende Eduardo. (com ag.)
Na última quarta-feira, 28 de fevereiro, representantes do setor do agronegócio mineiro, em especial da cafeicultura, se reuniram em Belo Horizonte, na sede da Faemg - Federação da Agricultura e Pecuária do estado de Minas Gerais para, segundo informações do diário do Comércio, discutir os problemas e formular ações no sentido de melhorar o atual quadro da política macroeconômica brasileira.
- Estamos dando o primeiro passo para uma mobilização que pretende sensibilizar o governo federal para várias questões, como a desvalorização do dólar frente ao real que está prejudicando não só o agronegócio, mas toda a cadeia produtiva nacional - destacou o presidente da Comissão nacional do café da CNA - Confederação Nacional da Agricultura, Breno Mesquita.
Em uma de suas edições, O Norte publicou reportagem que informava que a produção global de café deve ficar entre 109 a 112 milhões de sacas na safra 2007/08, de acordo com relatório mensal divulgado ontem pela OIC - Organização internacional do café. A organização manteve estável a projeção divulgada no último relatório, de acordo com a Dow Jones.
Entretanto, para a safra 2006/07, a OIC reduziu a estimativa em relação ao relatório do mês passado, passando de 122,27 milhões de sacas para 121,575 milhões de sacas. De acordo com a organização, as lavouras devem sofrer com problemas climáticos por conta do desenvolvimento do El Niño.
- Esperamos queda na produção porque algumas regiões devem ser seriamente afetadas - afirma a entidade. A OIC aponta redução da produção brasileira de arábica, por conta da bianualidade da safra de café.
O consumo global foi estimado em 118 milhões de sacas em 2007/08, aumento de 1,7% sobre o ciclo anterior. A estimativa da OIC sugere um déficit na oferta global de café, que poderá provocar redução dos estoques. De acordo com a OIC, a safra 2006/07 (outubro-setembro) iniciou com 19 milhões sacas nos estoques, volume inferior a 27,51 milhões de sacas sobre a safra anterior. Considerando o grande volume exportado pelo Brasil, o país iniciará a safra (2007/08) com níveis historicamente baixos de estoque, aponta o relatório.
EXPORTAÇÕES
A perspectiva dos produtores mineiros é boa quanto às exportações, e até mesmo com as importações, como previu o produtor Eduardo César Rebelo, sócio-gerente de uma empresa que atua no Projeto Jaíba.
Desde fevereiro de 2005, cerca de 14 hectares foram plantados, numa parceria entre essa empresa e pequenos produtores do Jaíba, no sentido de buscar um café de qualidade e que possa entrar no mercado tanto interno quanto externo. A saca de 60,5 kg de café comoditie tem custado cerca de R$ 240 a R$ 260; sendo que há quem consiga comercializar um lote contendo de 30 a 40 sacas por até R$ 4 mil.
O sócio-gerente informou que o café tem um melhor crescimento no Norte de Minas, especialmente no Jaíba, por ser irrigado e porque o clima favorece. Ele, que também cultiva o grão no Sul de Minas, diz que é possível notar que enquanto a produção cresce em dois anos e meio no Sul de Minas, no Norte de Minas produz em 18 meses. O que significa ganho de lucros e aumento na produtividade em menos tempo.
- Isso porque a planta cresce durante todo o ano no Jaíba - defende Eduardo. (com ag.)
Tempo de Colheita de Café no Jaíba
Valéria Esteves
Expectativa em torno de colheita de café no Projeto Jaíba. Grupo Iba Agroindustrial prevê colheita do café plantado em fevereiro de 2006 até abril deste ano. A primeira cata foi em 2007 e os resultados agradaram os produtores que esperam boas cotações para o grão.A expectativa é que se tire de 75 a 80 sacas de café por hectare, tendo como base as três últimas colheitas da fazenda São Tomé, em Pirapora, que tirou essa média de sacas.
O sócio-gerente da Iba, Eduardo César Rebelo informou que o café tem um melhor crescimento no Norte de Minas, especialmente no Jaíba, por ser irrigado e porque o clima favorece. Ele que também cultiva o grão no Sul de Minas diz que é possível notar que enquanto a produção cresce em 2,5 anos no Sul de Minas, no Norte de Minas produz em 18 meses, o que significa lucros e aumento na produtividade em menos tempo. Isso porque, defende Eduardo, a planta cresce durante todo o ano no Jaíba.
O café no Jaíba significa alternativa de renda ao pequeno produtor e emprego o ano inteiro para mulheres, homens e idosos, conforme a Iba. Atualmente nove sócios entraram no negócio se dispondo a cuidar do cafezal diariamente, deixando-o bem capinado entre outros cuidados necessários ao bom andamento da produção. Outros pequenos produtores já se mostraram atraídos pelo plantio de café e a associação, antes com nove sócios, deve chegar aos 40 ao que tudo indica.
Há ainda um produtor que plantou uma média de 370 mil mudas e acredita que com os bons resultados da cotação do café no mercado e a produtividade acelerado no Jaíba, o comércio seja favorável.
A cotação da saca de café no ano passado chegou ficar entre R$ 255 a R$ 260, valor que foi 11% superior ao verificado em igual período do exercício anterior. O percentual de aumento dos preços neste ano, ante 2006, não correspondeu às expectativas do setor, que esperava reajustes positivos associados também à adequação aos índices de crescimento dos custos de produção, de acordo com o técnico da Faemg.
O custo de produção nos cafezais mineiros está em cerca de R$ 300 (média apurada entre números divulgados por órgãos federais e cooperativas do setor no Estado), disse o assessor técnico da Faemg- Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Rodrigo de Almeida Pontes.
No ano passado, a expectativa era que 20% dos grãos fossem colhidos dos cafezais do Estado e os demais 5% em setembro, já que a colheita se adiantou devido ao clima que colaborou de forma positiva e também pela produção ser inferior à da safra 2006/2007, disse.
Devido à bianualidade da cultura, a produção desta safra é 33% menor que a da safra 2006/2007 e as avaliações do setor apontavam que a diminuição da oferta de grãos no mercado poderia se refletir em aumento dos preços para o setor produtivo. O fato ocorreu, mas não com expressiva elevação.
Expectativa em torno de colheita de café no Projeto Jaíba. Grupo Iba Agroindustrial prevê colheita do café plantado em fevereiro de 2006 até abril deste ano. A primeira cata foi em 2007 e os resultados agradaram os produtores que esperam boas cotações para o grão.A expectativa é que se tire de 75 a 80 sacas de café por hectare, tendo como base as três últimas colheitas da fazenda São Tomé, em Pirapora, que tirou essa média de sacas.
O sócio-gerente da Iba, Eduardo César Rebelo informou que o café tem um melhor crescimento no Norte de Minas, especialmente no Jaíba, por ser irrigado e porque o clima favorece. Ele que também cultiva o grão no Sul de Minas diz que é possível notar que enquanto a produção cresce em 2,5 anos no Sul de Minas, no Norte de Minas produz em 18 meses, o que significa lucros e aumento na produtividade em menos tempo. Isso porque, defende Eduardo, a planta cresce durante todo o ano no Jaíba.
O café no Jaíba significa alternativa de renda ao pequeno produtor e emprego o ano inteiro para mulheres, homens e idosos, conforme a Iba. Atualmente nove sócios entraram no negócio se dispondo a cuidar do cafezal diariamente, deixando-o bem capinado entre outros cuidados necessários ao bom andamento da produção. Outros pequenos produtores já se mostraram atraídos pelo plantio de café e a associação, antes com nove sócios, deve chegar aos 40 ao que tudo indica.
Há ainda um produtor que plantou uma média de 370 mil mudas e acredita que com os bons resultados da cotação do café no mercado e a produtividade acelerado no Jaíba, o comércio seja favorável.
A cotação da saca de café no ano passado chegou ficar entre R$ 255 a R$ 260, valor que foi 11% superior ao verificado em igual período do exercício anterior. O percentual de aumento dos preços neste ano, ante 2006, não correspondeu às expectativas do setor, que esperava reajustes positivos associados também à adequação aos índices de crescimento dos custos de produção, de acordo com o técnico da Faemg.
O custo de produção nos cafezais mineiros está em cerca de R$ 300 (média apurada entre números divulgados por órgãos federais e cooperativas do setor no Estado), disse o assessor técnico da Faemg- Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Rodrigo de Almeida Pontes.
No ano passado, a expectativa era que 20% dos grãos fossem colhidos dos cafezais do Estado e os demais 5% em setembro, já que a colheita se adiantou devido ao clima que colaborou de forma positiva e também pela produção ser inferior à da safra 2006/2007, disse.
Devido à bianualidade da cultura, a produção desta safra é 33% menor que a da safra 2006/2007 e as avaliações do setor apontavam que a diminuição da oferta de grãos no mercado poderia se refletir em aumento dos preços para o setor produtivo. O fato ocorreu, mas não com expressiva elevação.
Produção de café: maior volume de produção estimula cotação
Valéria Esteves
Os cafeicultores brasileiros comercializaram 83% da safra 2007/2008 até o final de fevereiro, segundo levantamento feito pela consultoria Safras & Mercado. O ritmo de negociação está mais acelerado que no mesmo período do ciclo passado, quando 72% do total tinham sido escoados. A Safras estima que a colheita de café deve ficar em 37,1 milhões de sacas de 60 quilos. Os números estão acima dos volumes projetados pela Conab- Companhia Nacional de Abastecimento, de 33,7 milhões de sacas.
No mês de fevereiro, as negociações ganharam maior ritmo, com a forte movimentação dos produtores para fixar os preços. A recuperação das cotações do grão na Bolsa de Nova Iorque estimulou essas operações. A menor oferta, por conta da bianualidade da safra, também colaborou para o maior escoamento da produção de café. Entre janeiro e fevereiro, o volume de exportações também foi aquecido, o que justifica o maior escoamento da produção.
A ABIC- Associação Brasileira da Indústria do Café aponta que o consumo interno aumenta desde a década de 90, passando de 8.2 milhões para 16.9 milhões de sacas do grão. Otimista, a ABIC espera que esse número evolua ainda mais durante esse ano e atinja o patamar de 17.4 milhões de sacas.
Enraizado na cultura brasileira, o café é uma referência da agricultura nacional, e tem alcançado reconhecimento internacional também, fato que fica comprovado quando o Brasil se apresenta como o maior produtor mundial, atingindo 30% do mercado.
Para especialistas o café é uma bebida que proporciona momentos de interação entre as pessoas e, muitas vezes, é a única hora do dia em que se pode deixar os afazeres de lado e ter uma boa conversa com os amigos.
No entanto, no que diz respeito à qualidade do produto final, os fatores influenciadores são muitos, como: tipo do solo, quantidade de chuva durante o ano, altura em que se encontra a plantação e o tipo de produção. Um fato interessante é que os produtores orgânicos sempre estão presentes entre os finalistas dos concursos que dão prêmios para os grãos que proporcionam os melhores sabores.
CONHECENDO O GRÃO
Uma curiosidade sobre o mundo dos sabores está ligada à mudança dos costumes de consumo entre diferentes regiões. Muitas vezes, um café tipo exportação, com prêmios internacionais de qualidade, não agrada a determinado público. Uma das variedades dos grãos é conhecida como Arábica e tem características como: corpo, aroma, acidez e sabor residual. Em relação a isso, alguns cafés proporcionam o chamado after taste, aquele sabor que permanece na boca depois de se saborear alguma bebida, o qual pode ser intenso, suave ou adocicado, por exemplo.
O gostinho do café presente nas xícaras do mundo todo começa a ser criado ainda na lavoura, por isso a recomendação da ABIC é que os agricultores se preocupem com os produtos que vão utilizar na hora de cuidar da água sua plantação.
Um produto que surge como um aliado, tanto para aqueles que praticam a agricultura convencional como para os que praticam a agricultura orgânica, é o dióxido de cloro. Nesse sentido, conforme Antônio Luis Bernini, consultor da ABIC, o Tecsa-Clor, produto comercializado pela Serquímico, destaca-se como o único que apresenta o composto estabilizado a 5%.
- Apresenta uma alta eficácia fungicida e bactericida e é reconhecido por órgãos que atestam sua característica orgânica, tanto no Brasil como no exterior. Além disso, o custo/benefício, quando analisado o processo global da produção, é positivo, conclui. (com agência)
Os cafeicultores brasileiros comercializaram 83% da safra 2007/2008 até o final de fevereiro, segundo levantamento feito pela consultoria Safras & Mercado. O ritmo de negociação está mais acelerado que no mesmo período do ciclo passado, quando 72% do total tinham sido escoados. A Safras estima que a colheita de café deve ficar em 37,1 milhões de sacas de 60 quilos. Os números estão acima dos volumes projetados pela Conab- Companhia Nacional de Abastecimento, de 33,7 milhões de sacas.
No mês de fevereiro, as negociações ganharam maior ritmo, com a forte movimentação dos produtores para fixar os preços. A recuperação das cotações do grão na Bolsa de Nova Iorque estimulou essas operações. A menor oferta, por conta da bianualidade da safra, também colaborou para o maior escoamento da produção de café. Entre janeiro e fevereiro, o volume de exportações também foi aquecido, o que justifica o maior escoamento da produção.
A ABIC- Associação Brasileira da Indústria do Café aponta que o consumo interno aumenta desde a década de 90, passando de 8.2 milhões para 16.9 milhões de sacas do grão. Otimista, a ABIC espera que esse número evolua ainda mais durante esse ano e atinja o patamar de 17.4 milhões de sacas.
Enraizado na cultura brasileira, o café é uma referência da agricultura nacional, e tem alcançado reconhecimento internacional também, fato que fica comprovado quando o Brasil se apresenta como o maior produtor mundial, atingindo 30% do mercado.
Para especialistas o café é uma bebida que proporciona momentos de interação entre as pessoas e, muitas vezes, é a única hora do dia em que se pode deixar os afazeres de lado e ter uma boa conversa com os amigos.
No entanto, no que diz respeito à qualidade do produto final, os fatores influenciadores são muitos, como: tipo do solo, quantidade de chuva durante o ano, altura em que se encontra a plantação e o tipo de produção. Um fato interessante é que os produtores orgânicos sempre estão presentes entre os finalistas dos concursos que dão prêmios para os grãos que proporcionam os melhores sabores.
CONHECENDO O GRÃO
Uma curiosidade sobre o mundo dos sabores está ligada à mudança dos costumes de consumo entre diferentes regiões. Muitas vezes, um café tipo exportação, com prêmios internacionais de qualidade, não agrada a determinado público. Uma das variedades dos grãos é conhecida como Arábica e tem características como: corpo, aroma, acidez e sabor residual. Em relação a isso, alguns cafés proporcionam o chamado after taste, aquele sabor que permanece na boca depois de se saborear alguma bebida, o qual pode ser intenso, suave ou adocicado, por exemplo.
O gostinho do café presente nas xícaras do mundo todo começa a ser criado ainda na lavoura, por isso a recomendação da ABIC é que os agricultores se preocupem com os produtos que vão utilizar na hora de cuidar da água sua plantação.
Um produto que surge como um aliado, tanto para aqueles que praticam a agricultura convencional como para os que praticam a agricultura orgânica, é o dióxido de cloro. Nesse sentido, conforme Antônio Luis Bernini, consultor da ABIC, o Tecsa-Clor, produto comercializado pela Serquímico, destaca-se como o único que apresenta o composto estabilizado a 5%.
- Apresenta uma alta eficácia fungicida e bactericida e é reconhecido por órgãos que atestam sua característica orgânica, tanto no Brasil como no exterior. Além disso, o custo/benefício, quando analisado o processo global da produção, é positivo, conclui. (com agência)
Limão do Projeto Jaíba rumo ao mercado europeu
Valéria Esteves
A Central-Jai- Central de abastecimento de alimentos do Projeto Jaíba está nessa etapa selecionando apenas limão thaiti. Por ter terminado a safra da cebola e por causa da queda do dólar, a seleção de qualidade da manga teve que ser interceptada, graças a cotação do quilo da fruta que se afixou em R$ 0,45 nesse período.
Sobre a seleção e qualificação dos produtos da fruticultura do Jaíba, o limão é o que tem sido o constante na emissão de containers para a Europa. Toda semana sai um container carregado de limão que geralmente vem das plantações de médios e pequenos produtores.
De acordo com a secretária da associação de produtores do Jaíba, Olímpia Felizarda por enquanto a entidade tem se concentrado em trabalhar apenas com a exportação de limão que tem se mantido ao preço de R$ 1,12 o quilo por ano.
No Jaíba, ela diz que são comercializadas caixas de quatro quilos e meio de limão a R$ 4,20 e na versão bandeja de três quilos ao preço de R$ 3,20.
Para o engenheiro agrônomo da Emater do local, Lucas Andrade Monteiro, a cotação do limão varia de acordo com o semestre. No primeiro semestre do ano como as regiões do sul do Brasil como São Paulo estão em período de safra, a região perde em preços. A cotação no Ceasa de Minas Gerais no primeiro semestre chegou a R$ 5, sendo que esse preço caiu pra dois reais pago ao produtor.
Em compensação a produção do segundo semestre pelo menos no ano passado foi boa para os produtores do Jaíba. O saco de 20 quilos chegou a custar R$ 50 na Ceasa e ao produtor chegou a R$ 20.
Lucas diz também que a Emater auxilia os pequenos produtores prestando assistência técnica, mas há uma boa quantidade de médios produtores que só produzem para exportação, caso dos 13 sócios da associação que junto com mais 22 outras entidades se filiaram a central-jai para que seus produtos fossem selecionados.
- O que está acontecendo é que por causa justamente da cotação do limão, os produtores têm preferido mandar seu produto para o exterior por causa do valor da moeda.
Ele explica que a central funciona como uma casa de embalagem, em que os melhores frutos vão para exportação e os outros para o mercado interno. Mas alguns produtores só reclamam, quando o negócio é fechado com certos atravessadores, segundo ele, do atraso de pagamento.
O agrônomo lembra que é preciso ressaltar que não há concorrência dentro do Jaíba. Pelo contrário, há uma parceria entre os produtores que querem ver seu produto na mesa dos europeus.
- Há concorrentes no mediterrâneo em outros lugares menos dentro do Projeto Jaíba, afirma
A Emater tem visto com bons olhos o empenho dos produtores em atingirem outros mercados, mesmo porque eles que se voltam agora para o mercado internacional precisam mais do que nunca alcançar a melhor qualidade dos limões.
Antes o produtor, conforme dados da Emater, os produtores obtinham uma qualidade que pareava os 20%. Agora esse quadro reverteu graças ao empenho dos mesmos. A qualidade do produto já está na casa dos 80 a 90%, ganho significativo, observa Lucas.
No Jaíba há ainda outros consultores elaborando projetos para viabilizarem condições para exportar outras frutas. A central- jai informou que a manga e a cebola também estão sendo exportadas, mas que essa não é a temporada de ambas.
A Central-Jai- Central de abastecimento de alimentos do Projeto Jaíba está nessa etapa selecionando apenas limão thaiti. Por ter terminado a safra da cebola e por causa da queda do dólar, a seleção de qualidade da manga teve que ser interceptada, graças a cotação do quilo da fruta que se afixou em R$ 0,45 nesse período.
Sobre a seleção e qualificação dos produtos da fruticultura do Jaíba, o limão é o que tem sido o constante na emissão de containers para a Europa. Toda semana sai um container carregado de limão que geralmente vem das plantações de médios e pequenos produtores.
De acordo com a secretária da associação de produtores do Jaíba, Olímpia Felizarda por enquanto a entidade tem se concentrado em trabalhar apenas com a exportação de limão que tem se mantido ao preço de R$ 1,12 o quilo por ano.
No Jaíba, ela diz que são comercializadas caixas de quatro quilos e meio de limão a R$ 4,20 e na versão bandeja de três quilos ao preço de R$ 3,20.
Para o engenheiro agrônomo da Emater do local, Lucas Andrade Monteiro, a cotação do limão varia de acordo com o semestre. No primeiro semestre do ano como as regiões do sul do Brasil como São Paulo estão em período de safra, a região perde em preços. A cotação no Ceasa de Minas Gerais no primeiro semestre chegou a R$ 5, sendo que esse preço caiu pra dois reais pago ao produtor.
Em compensação a produção do segundo semestre pelo menos no ano passado foi boa para os produtores do Jaíba. O saco de 20 quilos chegou a custar R$ 50 na Ceasa e ao produtor chegou a R$ 20.
Lucas diz também que a Emater auxilia os pequenos produtores prestando assistência técnica, mas há uma boa quantidade de médios produtores que só produzem para exportação, caso dos 13 sócios da associação que junto com mais 22 outras entidades se filiaram a central-jai para que seus produtos fossem selecionados.
- O que está acontecendo é que por causa justamente da cotação do limão, os produtores têm preferido mandar seu produto para o exterior por causa do valor da moeda.
Ele explica que a central funciona como uma casa de embalagem, em que os melhores frutos vão para exportação e os outros para o mercado interno. Mas alguns produtores só reclamam, quando o negócio é fechado com certos atravessadores, segundo ele, do atraso de pagamento.
O agrônomo lembra que é preciso ressaltar que não há concorrência dentro do Jaíba. Pelo contrário, há uma parceria entre os produtores que querem ver seu produto na mesa dos europeus.
- Há concorrentes no mediterrâneo em outros lugares menos dentro do Projeto Jaíba, afirma
A Emater tem visto com bons olhos o empenho dos produtores em atingirem outros mercados, mesmo porque eles que se voltam agora para o mercado internacional precisam mais do que nunca alcançar a melhor qualidade dos limões.
Antes o produtor, conforme dados da Emater, os produtores obtinham uma qualidade que pareava os 20%. Agora esse quadro reverteu graças ao empenho dos mesmos. A qualidade do produto já está na casa dos 80 a 90%, ganho significativo, observa Lucas.
No Jaíba há ainda outros consultores elaborando projetos para viabilizarem condições para exportar outras frutas. A central- jai informou que a manga e a cebola também estão sendo exportadas, mas que essa não é a temporada de ambas.
Mercado em pauta: Projeto Jaíba pode ser pólo de investimento
Valéria Esteves
O Projeto Jaíba, conforme dados da Seapa, secretaria de Agricultura de Minas Gerais, tem cerca de 157 mil hectares de área irrigável, dos quais funcionam 66 mil hectares produz cerca de 2,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano, conseguindo gerar uma média de 181 mil empregos diretos e indiretos.
Há uma forte presença da bananicultura nas propriedades rurais, mas a monocultura não é mais tão constante como antes. Isso aconteceu segundo os próprios produtores devido a queda do preço da banana e os altos custos de produção. Existe ainda uma forte presença de empresas que trabalham com sementes de hortaliças, responsável de alguma maneira de os agricultores sairem da monocultura.
Muitos agricultores optaram por trabalhar em parceira com elas e de agora em diante devem fazer o mesmo com a Pomar Brasil, a Sada Bioenergética e outras empresas que entrarem no local dispostas a trabalhar integrado.
Nessa entrevista, O NORTE quer saber do consultor Claus Traeger, da Consim - Consulting for International Channel Marketing, Alemanha, se há espaço no mercado para as produções efervecentes do perímetro irrigado do Jaíba.
Traeger trabalha há 20 anos no desenvolvimento de mercados internacionais. Tem experiência profissional tanto na America Latina, especialmente no Brasil, como também na Europa, além de ter trabalhado nos Estados Unidos. Suas viagens profissionais também o levaram à Ásia, Japão. Desenvolve projetos para a União Européia e para a GTZ, instituição do governo alemão de apoio ao desenvolvento na Europa do Leste (Bulgária, Macedônia, Servia, Kossovo) e no Oriente Médio (Líbano, Dubai). A sua atuação é tanto no setor produtivo quanto de serviços, destacando-se os setores de tecnologia da informação agrícola, novas tecnologias entre outros. Atua também na criação e fundação de Incubadoras Tecnológicas e Cluster de empresas para atuação internacional.
O foco da sua empresa consim – Consulting for International Channel Marketing – é a internacionalização de empresas, marketing internacional e parcerias comerciais (Channel Marketing), além de apoio a empresas em eventos internacionais, em delegações comerciais, prospecção de mercados etc. A sede da consim é em Colônia, Alemanha.
Na entrevista ele diz que há diversas oportunidades de o Jaíba crescer e se despontar para o mercado. Destaca o quanto de importância tem a organização das diversas cadeias produtivas ali fixadas e da possibilidade de se vislumbrar o mercado externo a partir de mudanças estratégicas.
O NORTE - Há uma produção em pujança no Projeto Jaíba. A fruticultura, por exemplo, tem possibilitado que os produtores encontrem uma forma de se obter lucros. Como o senhor vê esse mercado?
Traeger - Fiquei muito bem impressionado com o potencial do Projeto Jaíba quando pude visitá-lo depois do evento Agrinvest em agosto de 2006 em Montes Claros.
As condições estabelecidas como clima, água abundante, irrigação competente e tamanho da área disponível, atualmente permitem uma produção agrícola enorme, sem contar as novas frentes que estão sendo incorporadas. Além disso, há um apoio efetivo de diversos níveis, assim como de universidades e entidades de pesquisa e desenvolvimento para garantir a tecnologia adequada a ser utilizada. E finalmente, existe uma iniciativa privada dinâmica que consegue aproveitar as condições existentes para a geração de valor, emprego e bem estar.
Uma forma dos produtores e empresas envolvidas equilibrarem sua receita é a exportação da produção para países desenvolvidos, como os países da Europa. Isto também permite compensar a flutuação do mercado interno.
Algumas características do relacionamento com clientes europeus são: estabilidade na relação comercial, confiança no recebimento do pagamento, parceria duradoura, margem menor, porém ganho maior a longo prazo. Por outro lado, as exigências de qualidade, padronização, pontualidade e constância de entrega, logística etc. são elevadas.
O NORTE - Há chances desse Perímetro Irrigado se deslanchar se organizarem as cadeias produtivas ali presentes? (vale lembrar que as cadeias produtivas, aqui em questão, são- fruticultura, produção de oleaginosas para o biodiesel e a produção de cana-de-açúcar para o etanol).
Traeger - É fundamental que se pense na cadeia produtiva completa quando se considera o Projeto Jaíba. Quanto mais extensa for a cadeia produtiva, maior será o valor agregado do produto / serviço fornecido e, consequentemente, maior será o valor pecuniário por ele recebido.
Quando se pensa em exportação, especialmente para mercados maduros, existe uma demanda crescente de produtos com alto valor agregado. E este valor pode ser realizado no Jaíba ou em outro local qualquer. O ideal é que seja no Jaíba, garantido assim um valor maior de mercado para os produtos fornecidos.
Importante é que a organização das diversas etapas da cadeia produtiva seja profissional. Os serviços agregados a produtos oferecidos pelos produtores e empresas do Projeto Jaíba podem ter seu valor cada vez maior. Existem várias formas de organização possíveis para que se atinjam valores maiores: com os próprios produtores (formação de cluster, cooperativa com administração profissional) ou empresas privadas que fazem esta função (aqui também os produtores podem participar, estando envolvidos no controle acionário das empresas). Exemplos no Brasil de profissionalismo são a Holambra e a Cooperativa Agrícola de Cotia, só para citar algumas.
O NORTE - Sobre prospecção de mercado. Há chances de os produtos produzidos no Jaíba, especialmente a fruticultura encontrar lugar no mercado externo?
Traeger - Há uma crescente demanda de frutas em diversos países do mundo. Além dos países desenvolvidos da América do Norte e Europa aumentarem a demanda de ‘frutas tropicais’, diversos países emergentes também têm aumentado o consumo nos últimos anos. Com o desenvolvimento econômico, a renda disponível da população tem subido nestes países e uma grande classe média está se estabelecendo.
Pré-requisito aqui é novamente o profissionalismo exigido em toda a cadeia produtiva, conforme descrito na primeira questão: qualidade, padronização, pontualidade, constância, logística eficiente etc. Vale também ressaltar a importância de se conhecer o mercado, suas peculiaridades, hábitos alimentares, cadeias de distribuição entre outros. Nos mercados maduros, esta análise mercadológica precede a introdução de qualquer produto, com o objetivo de não ‘queimar a imagem’ do fornecedor e permitir uma introdução efetiva.
O Projeto Jaíba, conforme dados da Seapa, secretaria de Agricultura de Minas Gerais, tem cerca de 157 mil hectares de área irrigável, dos quais funcionam 66 mil hectares produz cerca de 2,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano, conseguindo gerar uma média de 181 mil empregos diretos e indiretos.
Há uma forte presença da bananicultura nas propriedades rurais, mas a monocultura não é mais tão constante como antes. Isso aconteceu segundo os próprios produtores devido a queda do preço da banana e os altos custos de produção. Existe ainda uma forte presença de empresas que trabalham com sementes de hortaliças, responsável de alguma maneira de os agricultores sairem da monocultura.
Muitos agricultores optaram por trabalhar em parceira com elas e de agora em diante devem fazer o mesmo com a Pomar Brasil, a Sada Bioenergética e outras empresas que entrarem no local dispostas a trabalhar integrado.
Nessa entrevista, O NORTE quer saber do consultor Claus Traeger, da Consim - Consulting for International Channel Marketing, Alemanha, se há espaço no mercado para as produções efervecentes do perímetro irrigado do Jaíba.
Traeger trabalha há 20 anos no desenvolvimento de mercados internacionais. Tem experiência profissional tanto na America Latina, especialmente no Brasil, como também na Europa, além de ter trabalhado nos Estados Unidos. Suas viagens profissionais também o levaram à Ásia, Japão. Desenvolve projetos para a União Européia e para a GTZ, instituição do governo alemão de apoio ao desenvolvento na Europa do Leste (Bulgária, Macedônia, Servia, Kossovo) e no Oriente Médio (Líbano, Dubai). A sua atuação é tanto no setor produtivo quanto de serviços, destacando-se os setores de tecnologia da informação agrícola, novas tecnologias entre outros. Atua também na criação e fundação de Incubadoras Tecnológicas e Cluster de empresas para atuação internacional.
O foco da sua empresa consim – Consulting for International Channel Marketing – é a internacionalização de empresas, marketing internacional e parcerias comerciais (Channel Marketing), além de apoio a empresas em eventos internacionais, em delegações comerciais, prospecção de mercados etc. A sede da consim é em Colônia, Alemanha.
Na entrevista ele diz que há diversas oportunidades de o Jaíba crescer e se despontar para o mercado. Destaca o quanto de importância tem a organização das diversas cadeias produtivas ali fixadas e da possibilidade de se vislumbrar o mercado externo a partir de mudanças estratégicas.
O NORTE - Há uma produção em pujança no Projeto Jaíba. A fruticultura, por exemplo, tem possibilitado que os produtores encontrem uma forma de se obter lucros. Como o senhor vê esse mercado?
Traeger - Fiquei muito bem impressionado com o potencial do Projeto Jaíba quando pude visitá-lo depois do evento Agrinvest em agosto de 2006 em Montes Claros.
As condições estabelecidas como clima, água abundante, irrigação competente e tamanho da área disponível, atualmente permitem uma produção agrícola enorme, sem contar as novas frentes que estão sendo incorporadas. Além disso, há um apoio efetivo de diversos níveis, assim como de universidades e entidades de pesquisa e desenvolvimento para garantir a tecnologia adequada a ser utilizada. E finalmente, existe uma iniciativa privada dinâmica que consegue aproveitar as condições existentes para a geração de valor, emprego e bem estar.
Uma forma dos produtores e empresas envolvidas equilibrarem sua receita é a exportação da produção para países desenvolvidos, como os países da Europa. Isto também permite compensar a flutuação do mercado interno.
Algumas características do relacionamento com clientes europeus são: estabilidade na relação comercial, confiança no recebimento do pagamento, parceria duradoura, margem menor, porém ganho maior a longo prazo. Por outro lado, as exigências de qualidade, padronização, pontualidade e constância de entrega, logística etc. são elevadas.
O NORTE - Há chances desse Perímetro Irrigado se deslanchar se organizarem as cadeias produtivas ali presentes? (vale lembrar que as cadeias produtivas, aqui em questão, são- fruticultura, produção de oleaginosas para o biodiesel e a produção de cana-de-açúcar para o etanol).
Traeger - É fundamental que se pense na cadeia produtiva completa quando se considera o Projeto Jaíba. Quanto mais extensa for a cadeia produtiva, maior será o valor agregado do produto / serviço fornecido e, consequentemente, maior será o valor pecuniário por ele recebido.
Quando se pensa em exportação, especialmente para mercados maduros, existe uma demanda crescente de produtos com alto valor agregado. E este valor pode ser realizado no Jaíba ou em outro local qualquer. O ideal é que seja no Jaíba, garantido assim um valor maior de mercado para os produtos fornecidos.
Importante é que a organização das diversas etapas da cadeia produtiva seja profissional. Os serviços agregados a produtos oferecidos pelos produtores e empresas do Projeto Jaíba podem ter seu valor cada vez maior. Existem várias formas de organização possíveis para que se atinjam valores maiores: com os próprios produtores (formação de cluster, cooperativa com administração profissional) ou empresas privadas que fazem esta função (aqui também os produtores podem participar, estando envolvidos no controle acionário das empresas). Exemplos no Brasil de profissionalismo são a Holambra e a Cooperativa Agrícola de Cotia, só para citar algumas.
O NORTE - Sobre prospecção de mercado. Há chances de os produtos produzidos no Jaíba, especialmente a fruticultura encontrar lugar no mercado externo?
Traeger - Há uma crescente demanda de frutas em diversos países do mundo. Além dos países desenvolvidos da América do Norte e Europa aumentarem a demanda de ‘frutas tropicais’, diversos países emergentes também têm aumentado o consumo nos últimos anos. Com o desenvolvimento econômico, a renda disponível da população tem subido nestes países e uma grande classe média está se estabelecendo.
Pré-requisito aqui é novamente o profissionalismo exigido em toda a cadeia produtiva, conforme descrito na primeira questão: qualidade, padronização, pontualidade, constância, logística eficiente etc. Vale também ressaltar a importância de se conhecer o mercado, suas peculiaridades, hábitos alimentares, cadeias de distribuição entre outros. Nos mercados maduros, esta análise mercadológica precede a introdução de qualquer produto, com o objetivo de não ‘queimar a imagem’ do fornecedor e permitir uma introdução efetiva.
Produção integrada é o novo indicador de sucesso no Projeto Jaíba: Pomar Brasil vai investir cerca de R$ 50 milhões e processar 70 mil toneladas de frutas por ano
Valéria Esteves
O negócio agora é promover a integração entre produtor e indústria de processamento de frutas. O primeiro contato entre as partes se dará no próximo dia 16 de novembro, no Jaíba Show. A informação é de que serão investidos cerca de R$ 50 milhões no Projeto Jaíba com a instalação da Pomar Brasil, conforme o diretor geral da indústria, Victor Purri.
Será no Jaíba Show a apresentação da proposta da
indústria com os produtores (foto: Epamig)
Victor conta que a Pomar tem o apoio da secretaria estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e que, inclusive, a empresa foi constituída em Minas Gerais há cerca de 8 meses, como parte do projeto do governo do estado para estruturar a cadeia produtiva da fruticultura no Jaíba.
Nesse processo, os pequenos produtores serão beneficiados com a feitura de um contrato de compra da produção de maracujá que deve ser numa área total de 700 hectares divididos em dois a três hectares por produtor familiar.
FRUTAS
As frutas utilizadas pela indústria serão: maracujá, manga, goiaba e abacaxi - sendo que, no período de safra, o excedente da produção de manga, produzido pelos produtores, deve ser comprado pela Pomar Brasil.
A chegada dessa empresa conta também com o apoio da Epamig - Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais, Banco do Nordeste, entre outros.
No próximo dia 16 de novembro, Victor Purri estará apresentando aos produtores, durante realização do Jaíba Show, suas propostas que visam à integração regional por meio do mecanismo da produção de maracujá.
JAÍBA SHOW
O Jaíba Show é um evento decorrente de ações iniciadas no Agrinvest - Seminário de negociações estratégicas que acontece anualmente em Montes Claros E que tem o propósito de dar visibilidade aos projetos que estimulam o desenvolvimento sustentável no Jaíba.
Para Marco Antônio Viana Leite, chefe da Epamig/Norte de Minas, o evento, que conta ainda com a organização do Distrito de Irrigação e dos parceiros BNB, Consórcio de pesquisa do Jaíba, Sebrae, Emater, Codevasf e Fundetec, é mais uma maneira encontrada para que se tenha geração de tecnologia aliada ao fomento de novos investidores na região.
- Pretendemos promover o desenvolvimento de projetos tecnológicos, onde o pequeno produtor esteja inserido na cadeia produtiva da fruticultura. A Empresa de pesquisa agropecuária apóia os movimentos que vão de encontro à alavancagem do Projeto Jaíba, maior projeto irrigado da América Latina.
PROGRESSO
Marco Leite acredita que a chegada da Pomar será um indicador de progresso, tendo em vista que a promessa é integrar o pequeno produtor ao setor agroindustrial a ser implantado no Jaíba.
Victor explica que vai apresentar o projeto de integração da Pomar aos produtores no dia 16 de novembro, mas de antemão antecipa que dois mil hectares serão parte do plantio próprio da empresa para o processamento de frutas industriais.
- Vamos acertar todos os passos com os produtores, inclusive explicar como se dará o contrato de compra antecipada, envolvendo os valores e a quantidade certa do que vamos consumir. Isso, porque serão processadas pelo menos 70 mil toneladas de frutas por ano, o que vai dobrar o que o Jaíba produz hoje - afirma.
Para concluir, o diretor geral da indústria falou que as expectativas quanto ao empreendimento são as melhores possíveis, considerando o potencial originário do Projeto irrigado do Jaíba.
Mais informações sobre o Jaíba Show podem ser obtidas pelo endereço www.projetojaiba.com.br.
JAÍBA SHOW
Segundo informações do Distrito de Irrigação, durante todo o dia de realização do Jaíba Show, serão disponibilizados veículos e técnicos do órgão do Jaíba para acompanhar empresários que desejarem conhecer o perímetro irrigado nas áreas de lavouras, infra-estrutura e implantação de agroindústrias.
O agendamento das visitas será feito no próprio local de realização do Jaíba Show.
____________________________________________
Local: Fazenda Experimental da Epamig - Mocambinho - Jaíba - MG
Informações: (38) 3833-4140 / 3821-2160
Valéria Esteves
O negócio agora é promover a integração entre produtor e indústria de processamento de frutas. O primeiro contato entre as partes se dará no próximo dia 16 de novembro, no Jaíba Show. A informação é de que serão investidos cerca de R$ 50 milhões no Projeto Jaíba com a instalação da Pomar Brasil, conforme o diretor geral da indústria, Victor Purri.
Será no Jaíba Show a apresentação da proposta da
indústria com os produtores (foto: Epamig)
Victor conta que a Pomar tem o apoio da secretaria estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e que, inclusive, a empresa foi constituída em Minas Gerais há cerca de 8 meses, como parte do projeto do governo do estado para estruturar a cadeia produtiva da fruticultura no Jaíba.
Nesse processo, os pequenos produtores serão beneficiados com a feitura de um contrato de compra da produção de maracujá que deve ser numa área total de 700 hectares divididos em dois a três hectares por produtor familiar.
FRUTAS
As frutas utilizadas pela indústria serão: maracujá, manga, goiaba e abacaxi - sendo que, no período de safra, o excedente da produção de manga, produzido pelos produtores, deve ser comprado pela Pomar Brasil.
A chegada dessa empresa conta também com o apoio da Epamig - Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais, Banco do Nordeste, entre outros.
No próximo dia 16 de novembro, Victor Purri estará apresentando aos produtores, durante realização do Jaíba Show, suas propostas que visam à integração regional por meio do mecanismo da produção de maracujá.
JAÍBA SHOW
O Jaíba Show é um evento decorrente de ações iniciadas no Agrinvest - Seminário de negociações estratégicas que acontece anualmente em Montes Claros E que tem o propósito de dar visibilidade aos projetos que estimulam o desenvolvimento sustentável no Jaíba.
Para Marco Antônio Viana Leite, chefe da Epamig/Norte de Minas, o evento, que conta ainda com a organização do Distrito de Irrigação e dos parceiros BNB, Consórcio de pesquisa do Jaíba, Sebrae, Emater, Codevasf e Fundetec, é mais uma maneira encontrada para que se tenha geração de tecnologia aliada ao fomento de novos investidores na região.
- Pretendemos promover o desenvolvimento de projetos tecnológicos, onde o pequeno produtor esteja inserido na cadeia produtiva da fruticultura. A Empresa de pesquisa agropecuária apóia os movimentos que vão de encontro à alavancagem do Projeto Jaíba, maior projeto irrigado da América Latina.
PROGRESSO
Marco Leite acredita que a chegada da Pomar será um indicador de progresso, tendo em vista que a promessa é integrar o pequeno produtor ao setor agroindustrial a ser implantado no Jaíba.
Victor explica que vai apresentar o projeto de integração da Pomar aos produtores no dia 16 de novembro, mas de antemão antecipa que dois mil hectares serão parte do plantio próprio da empresa para o processamento de frutas industriais.
- Vamos acertar todos os passos com os produtores, inclusive explicar como se dará o contrato de compra antecipada, envolvendo os valores e a quantidade certa do que vamos consumir. Isso, porque serão processadas pelo menos 70 mil toneladas de frutas por ano, o que vai dobrar o que o Jaíba produz hoje - afirma.
Para concluir, o diretor geral da indústria falou que as expectativas quanto ao empreendimento são as melhores possíveis, considerando o potencial originário do Projeto irrigado do Jaíba.
Mais informações sobre o Jaíba Show podem ser obtidas pelo endereço www.projetojaiba.com.br.
JAÍBA SHOW
Segundo informações do Distrito de Irrigação, durante todo o dia de realização do Jaíba Show, serão disponibilizados veículos e técnicos do órgão do Jaíba para acompanhar empresários que desejarem conhecer o perímetro irrigado nas áreas de lavouras, infra-estrutura e implantação de agroindústrias.
O agendamento das visitas será feito no próprio local de realização do Jaíba Show.
____________________________________________
Local: Fazenda Experimental da Epamig - Mocambinho - Jaíba - MG
Informações: (38) 3833-4140 / 3821-2160
Limão do Projeto Jaíba rumo ao mercado europeu
Valéria Esteves
A Central-Jai- Central de abastecimento de alimentos do Projeto Jaíba está nessa etapa selecionando apenas limão thaiti. Por ter terminado a safra da cebola e por causa da queda do dólar, a seleção de qualidade da manga teve que ser interceptada, graças a cotação do quilo da fruta que se afixou em R$ 0,45 nesse período.
(foto: Wilson Medeiros)
Sobre a seleção e qualificação dos produtos da fruticultura do Jaíba, o limão é o que tem sido o constante na emissão de containers para a Europa. Toda semana sai um container carregado de limão que geralmente vem das plantações de médios e pequenos produtores.
De acordo com a secretária da associação de produtores do Jaíba, Olímpia Felizarda por enquanto a entidade tem se concentrado em trabalhar apenas com a exportação de limão que tem se mantido ao preço de R$ 1,12 o quilo por ano.
No Jaíba, ela diz que são comercializadas caixas de quatro quilos e meio de limão a R$ 4,20 e na versão bandeja de três quilos ao preço de R$ 3,20.
Para o engenheiro agrônomo da Emater do local, Lucas Andrade Monteiro, a cotação do limão varia de acordo com o semestre. No primeiro semestre do ano como as regiões do sul do Brasil como São Paulo estão em período de safra, a região perde em preços. A cotação no Ceasa de Minas Gerais no primeiro semestre chegou a R$ 5, sendo que esse preço caiu pra dois reais pago ao produtor.
Em compensação a produção do segundo semestre pelo menos no ano passado foi boa para os produtores do Jaíba. O saco de 20 quilos chegou a custar R$ 50 na Ceasa e ao produtor chegou a R$ 20.
Lucas diz também que a Emater auxilia os pequenos produtores prestando assistência técnica, mas há uma boa quantidade de médios produtores que só produzem para exportação, caso dos 13 sócios da associação que junto com mais 22 outras entidades se filiaram a central-jai para que seus produtos fossem selecionados.
- O que está acontecendo é que por causa justamente da cotação do limão, os produtores têm preferido mandar seu produto para o exterior por causa do valor da moeda.
Ele explica que a central funciona como uma casa de embalagem, em que os melhores frutos vão para exportação e os outros para o mercado interno. Mas alguns produtores só reclamam, quando o negócio é fechado com certos atravessadores, segundo ele, do atraso de pagamento.
O agrônomo lembra que é preciso ressaltar que não há concorrência dentro do Jaíba. Pelo contrário, há uma parceria entre os produtores que querem ver seu produto na mesa dos europeus.
- Há concorrentes no mediterrâneo em outros lugares menos dentro do Projeto Jaíba, afirma
A Emater tem visto com bons olhos o empenho dos produtores em atingirem outros mercados, mesmo porque eles que se voltam agora para o mercado internacional precisam mais do que nunca alcançar a melhor qualidade dos limões.
Antes o produtor, conforme dados da Emater, os produtores obtinham uma qualidade que pareava os 20%. Agora esse quadro reverteu graças ao empenho dos mesmos. A qualidade do produto já está na casa dos 80 a 90%, ganho significativo, observa Lucas.
No Jaíba há ainda outros consultores elaborando projetos para viabilizarem condições para exportar outras frutas. A central- jai informou que a manga e a cebola também estão sendo exportadas, mas que essa não é a temporada de ambas.
A Central-Jai- Central de abastecimento de alimentos do Projeto Jaíba está nessa etapa selecionando apenas limão thaiti. Por ter terminado a safra da cebola e por causa da queda do dólar, a seleção de qualidade da manga teve que ser interceptada, graças a cotação do quilo da fruta que se afixou em R$ 0,45 nesse período.
(foto: Wilson Medeiros)
Sobre a seleção e qualificação dos produtos da fruticultura do Jaíba, o limão é o que tem sido o constante na emissão de containers para a Europa. Toda semana sai um container carregado de limão que geralmente vem das plantações de médios e pequenos produtores.
De acordo com a secretária da associação de produtores do Jaíba, Olímpia Felizarda por enquanto a entidade tem se concentrado em trabalhar apenas com a exportação de limão que tem se mantido ao preço de R$ 1,12 o quilo por ano.
No Jaíba, ela diz que são comercializadas caixas de quatro quilos e meio de limão a R$ 4,20 e na versão bandeja de três quilos ao preço de R$ 3,20.
Para o engenheiro agrônomo da Emater do local, Lucas Andrade Monteiro, a cotação do limão varia de acordo com o semestre. No primeiro semestre do ano como as regiões do sul do Brasil como São Paulo estão em período de safra, a região perde em preços. A cotação no Ceasa de Minas Gerais no primeiro semestre chegou a R$ 5, sendo que esse preço caiu pra dois reais pago ao produtor.
Em compensação a produção do segundo semestre pelo menos no ano passado foi boa para os produtores do Jaíba. O saco de 20 quilos chegou a custar R$ 50 na Ceasa e ao produtor chegou a R$ 20.
Lucas diz também que a Emater auxilia os pequenos produtores prestando assistência técnica, mas há uma boa quantidade de médios produtores que só produzem para exportação, caso dos 13 sócios da associação que junto com mais 22 outras entidades se filiaram a central-jai para que seus produtos fossem selecionados.
- O que está acontecendo é que por causa justamente da cotação do limão, os produtores têm preferido mandar seu produto para o exterior por causa do valor da moeda.
Ele explica que a central funciona como uma casa de embalagem, em que os melhores frutos vão para exportação e os outros para o mercado interno. Mas alguns produtores só reclamam, quando o negócio é fechado com certos atravessadores, segundo ele, do atraso de pagamento.
O agrônomo lembra que é preciso ressaltar que não há concorrência dentro do Jaíba. Pelo contrário, há uma parceria entre os produtores que querem ver seu produto na mesa dos europeus.
- Há concorrentes no mediterrâneo em outros lugares menos dentro do Projeto Jaíba, afirma
A Emater tem visto com bons olhos o empenho dos produtores em atingirem outros mercados, mesmo porque eles que se voltam agora para o mercado internacional precisam mais do que nunca alcançar a melhor qualidade dos limões.
Antes o produtor, conforme dados da Emater, os produtores obtinham uma qualidade que pareava os 20%. Agora esse quadro reverteu graças ao empenho dos mesmos. A qualidade do produto já está na casa dos 80 a 90%, ganho significativo, observa Lucas.
No Jaíba há ainda outros consultores elaborando projetos para viabilizarem condições para exportar outras frutas. A central- jai informou que a manga e a cebola também estão sendo exportadas, mas que essa não é a temporada de ambas.
Inovações chegam ao Projeto Jaíba
Valéria Esteves
A Emater realiza no próximo dia 24 o Primeiro seminário de associativismo no Projeto Jaíba. O objetivo é conscientizar as associações de que é preciso estar em dia com o estatuto que regulamenta as entidades.
Desde de 2003 a Emater procura auxiliar os pequenos produtores a se organizarem já que é possível por meio do associativismo conseguir benefícios para os mesmos, tendo uma estrutura sólida que proponha ações conjuntas com os órgãos governamentais e com a iniciativa privada.
Algumas associações de produtores já estão exportando seu produto, caso do limão, que tem chegado toda semana à mesa do consumidor europeu. A Central-Jai - Central de abastecimento e seleção de alimentos recebe produtos como a manga e a cebola que vêm das propriedades de pequenos e médios produtores dispostos a aproveitar a cotação do mercado externo, já que em muitos casos o preço aqui no Brasil é bem inferior.
LIMÃO
De acordo com a secretária da associação de produtores do Jaíba, Olímpia Felizarda, por enquanto a entidade tem se concentrado em trabalhar apenas com a exportação de limão que tem se mantido ao preço de R$ 1,12 o quilo por ano.
No Jaíba, ela diz que são comercializadas caixas de quatro quilos e meio de limão a R$ 4,20 e na versão bandeja de três quilos ao preço de R$ 3,20.
Para o engenheiro agrônomo da Emater do local, Lucas Andrade Monteiro, a cotação do limão varia de acordo com o semestre. No primeiro semestre do ano como as regiões do sul do Brasil estão em período de safra, a região perde em preços. A cotação no Ceasa de Minas Gerais no primeiro semestre chegou a R$ 5, sendo que esse preço caiu pra dois reais pagos ao produtor.
Em compensação a produção do segundo semestre pelo menos no ano passado foi boa para os produtores do Jaíba. O saco de 20 quilos chegou a custar R$ 50 na Ceasa e ao produtor chegou a R$ 20.
EXPORTAÇÃO
Lucas Monteiro diz também que a Emater auxilia os pequenos produtores prestando assistência técnica, mas há uma boa quantidade de médios produtores que só produzem para exportação, caso dos 13 sócios da associação que junto com mais 22 outras entidades se filiaram à Central-Jai para que seus produtos fossem selecionados.
- O que está acontecendo é que por causa justamente da cotação do limão os produtores têm preferido mandar seu produto para o exterior por causa do valor da moeda.
O seminário tem como parceiros a Epamig - Empresa de pesquisa agropecuária, Distrito de irrigação, e a Codevasf - Companhia de desenvolvimento dos vales do São Francisco e Parnaíba.
PROGRAMAÇÃO
Dia 24 de novembro de 2005 – quinta-feira
08:00 – 08:30 - Inscrição
08:30 – 09:00 - Abertura: José Aloízio Nery - Gerente da Emater-MG
Wellington Pacífico Campos Lima – Prefeitura municipal.
09:00 – 10:30 - Palestra: Bases Legais para a constituição e funcionamento das Associações. Responsável: Eugênio Pacceli L. Vasconcelos - Coordenador de Associativismo/ Emater-MG
10:30 – 11:00 - Intervalo
11:00 – 12:30 - Depoimentos: Cooperjaíba, Cozinha Sertaneja, Associação dos produtores de leite.
12:30 – 13:30 - Almoço
13:30 – 15:00 - Palestra : Previdência Social Rural - Responsável: FETAEMG
15:00 – 16:00 - Palestra : Necessidades e vantagens da sindicalização - Responsável: Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jaíba
16:00 - Encerramento
Mais informações podem ser obtidas na Emater do Jaíba no telefone 38334026
A Emater realiza no próximo dia 24 o Primeiro seminário de associativismo no Projeto Jaíba. O objetivo é conscientizar as associações de que é preciso estar em dia com o estatuto que regulamenta as entidades.
Desde de 2003 a Emater procura auxiliar os pequenos produtores a se organizarem já que é possível por meio do associativismo conseguir benefícios para os mesmos, tendo uma estrutura sólida que proponha ações conjuntas com os órgãos governamentais e com a iniciativa privada.
Algumas associações de produtores já estão exportando seu produto, caso do limão, que tem chegado toda semana à mesa do consumidor europeu. A Central-Jai - Central de abastecimento e seleção de alimentos recebe produtos como a manga e a cebola que vêm das propriedades de pequenos e médios produtores dispostos a aproveitar a cotação do mercado externo, já que em muitos casos o preço aqui no Brasil é bem inferior.
LIMÃO
De acordo com a secretária da associação de produtores do Jaíba, Olímpia Felizarda, por enquanto a entidade tem se concentrado em trabalhar apenas com a exportação de limão que tem se mantido ao preço de R$ 1,12 o quilo por ano.
No Jaíba, ela diz que são comercializadas caixas de quatro quilos e meio de limão a R$ 4,20 e na versão bandeja de três quilos ao preço de R$ 3,20.
Para o engenheiro agrônomo da Emater do local, Lucas Andrade Monteiro, a cotação do limão varia de acordo com o semestre. No primeiro semestre do ano como as regiões do sul do Brasil estão em período de safra, a região perde em preços. A cotação no Ceasa de Minas Gerais no primeiro semestre chegou a R$ 5, sendo que esse preço caiu pra dois reais pagos ao produtor.
Em compensação a produção do segundo semestre pelo menos no ano passado foi boa para os produtores do Jaíba. O saco de 20 quilos chegou a custar R$ 50 na Ceasa e ao produtor chegou a R$ 20.
EXPORTAÇÃO
Lucas Monteiro diz também que a Emater auxilia os pequenos produtores prestando assistência técnica, mas há uma boa quantidade de médios produtores que só produzem para exportação, caso dos 13 sócios da associação que junto com mais 22 outras entidades se filiaram à Central-Jai para que seus produtos fossem selecionados.
- O que está acontecendo é que por causa justamente da cotação do limão os produtores têm preferido mandar seu produto para o exterior por causa do valor da moeda.
O seminário tem como parceiros a Epamig - Empresa de pesquisa agropecuária, Distrito de irrigação, e a Codevasf - Companhia de desenvolvimento dos vales do São Francisco e Parnaíba.
PROGRAMAÇÃO
Dia 24 de novembro de 2005 – quinta-feira
08:00 – 08:30 - Inscrição
08:30 – 09:00 - Abertura: José Aloízio Nery - Gerente da Emater-MG
Wellington Pacífico Campos Lima – Prefeitura municipal.
09:00 – 10:30 - Palestra: Bases Legais para a constituição e funcionamento das Associações. Responsável: Eugênio Pacceli L. Vasconcelos - Coordenador de Associativismo/ Emater-MG
10:30 – 11:00 - Intervalo
11:00 – 12:30 - Depoimentos: Cooperjaíba, Cozinha Sertaneja, Associação dos produtores de leite.
12:30 – 13:30 - Almoço
13:30 – 15:00 - Palestra : Previdência Social Rural - Responsável: FETAEMG
15:00 – 16:00 - Palestra : Necessidades e vantagens da sindicalização - Responsável: Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jaíba
16:00 - Encerramento
Mais informações podem ser obtidas na Emater do Jaíba no telefone 38334026
Emater vence a desnutrição no Projeto Jaíba
Valéria Esteves
A partir do momento em que detectou casos de desnutrição alimentar no Projeto Jaíba a Emater está empenhada com sucesso em sanar este problema freqüente em crianças e adultos. Desde que a equipe técnica de bem estar social iniciou trabalhos relacionados à questão da alimentação no Jaíba, a economista doméstica, Amanda Cristina da Silva, e o agrônomo, Raimundo Mendes de Souza Júnior vêm notando uma melhora nas condições nutricionais dos indivíduos que estão abaixo do peso.
Com a intensificação dos cursos de alimentação e nutrição em todas as comunidades do projeto, financiados com recursos do programa Minas sem fome, a Emater tem estimulado o plantio de hortas e pomares nas escolas e creches da região.
Essas ações, conforme o agrônomo e a economista doméstica, têm sido feitas por meio de treinamentos específicos nas escolas, com diretores, professores e cantineiras, a fim de levar para os alunos uma alimentação saudável.
Durante os treinamentos, os envolvidos no processo aprendem sobre higiene, valor nutricional dos alimentos, elaboração de cardápios e o processamento dos mesmos.
Medidas da empresa reduzem o quadro de desnutrição
de crianças e adultos (Foto: Emater)
PASTORAL DA CRIANÇA
A Pastoral da criança também tem, há alguns anos, levantado a bandeira contra a desnutrição no Brasil, assegurando saúde para milhares de crianças e famílias que não têm condições de manter uma alimentação balanceada e à base de nutrientes, como os que são encontrados na famosa multimistura à base de farelo de arroz, umbigo de banana, gérmen de trigo entre outros.
Nas ações de combate à subnutrição do Jaíba, foram elaboradas, através de associações e cooperativas, 25 propostas de fornecimento de sementes de milho, feijão e adubo para o plantio da próxima safra, que devem beneficiar cerca de 758 famílias do Jaíba. Foram selecionadas as famílias com menor renda, e com maior risco de insegurança alimentar.
Outra parceria que tem dado bons frutos é a firmada com a Conab - Companhia nacional de abastecimento. Trata-se do Programa especial da agricultura familiar com doação simultânea que facilita a compra dos produtos dos agricultores que participam de associações e cooperativas. Essa parceira que hoje vem sendo implantada em todos os municípios do Norte de Minas tem beneficiado diretamente escolas, asilos e creches.
CONAB
Para a equipe da Emater, essa realmente está sendo uma ação com resultados.
- Além de melhorar a alimentação dos beneficiários, constitui-se em uma nova opção de comercialização, com melhoria da renda dos agricultores familiares. A prefeitura de Jaíba também é parceira do Programa e assume o compromisso de busca dos produtos nas propriedades rurais e distribuição para as instituições beneficiadas – informa o funcionário da Emater.
Raimundo Júnior comenta ainda que o êxito dos projetos executados pelo programa da Conab no ano de 2004, tiveram tanto sucesso que novos projetos foram elaborados para o segundo semestre deste ano. A intenção, diz é beneficiar cerca de 81 famílias, prevendo-se a compra de produtos, da ordem de R$ 2.500 por unidade familiar, totalizando um montante investido de R$ 202.500.
Na elaboração destas propostas de entrega de produtos para a Conab foi priorizado o escalonamento da produção de frutas, verduras, e principalmente hortaliças folhosas, dentro da proposta da equipe de trabalho de reeducação alimentar e melhoria da alimentação naquelas instituições.
BONS HÁBITOS
Segundo a coordenadora da creche municipal da Frente III, área irrigada do Jaíba, Maria das Graças Santos, depois dos trabalhos educativos realizados pelos técnicos da Emater e a doação de verduras, frutas e hortaliças, melhorou muito a alimentação das crianças que estão se conscientizando da importância nutricional destes alimentos.
Para a economista Amanda Silva a iniciativa vai contribuir para a solidificação de hábitos alimentares saudáveis pelas crianças que funcionam, sobretudo, como interlocutores às suas famílias.
- Acredita-se que as ações desenvolvidas constituem-se num passo importante para a geração de renda, melhoria da qualidade de vida, e, sobretudo, para a promoção da saúde das pessoas que vivem no Projeto Jaíba.
Ela informou que a desnutrição constitui, ainda nos dias atuais, um flagelo permanente para parte significativa da população brasileira. Pesquisas demonstram que há um consumo inadequado de cálcio, ferro, proteínas e vitaminas, por boa parte da população, tanto pelos adultos como pelas crianças, sendo evidente o alto grau de anemia e desnutrição.
- Em contraste com a diversidade de produção de alimentos, esta realidade também é presente no Projeto Jaíba, sendo comum casos de desnutrição em adultos e crianças, devido a inadequação de consumo alimentar, e até mesmo por quadros evidentes de insegurança alimentar, relacionados à quantidade, e principalmente, pela ingestão inadequada de nutrientes. O conjunto dessas ações visa à educação alimentar e garantia da segurança alimentar no Jaíba, com o objetivo de melhoria da qualidade de vida da população - enfatizou Raimundo Júnior.
A partir do momento em que detectou casos de desnutrição alimentar no Projeto Jaíba a Emater está empenhada com sucesso em sanar este problema freqüente em crianças e adultos. Desde que a equipe técnica de bem estar social iniciou trabalhos relacionados à questão da alimentação no Jaíba, a economista doméstica, Amanda Cristina da Silva, e o agrônomo, Raimundo Mendes de Souza Júnior vêm notando uma melhora nas condições nutricionais dos indivíduos que estão abaixo do peso.
Com a intensificação dos cursos de alimentação e nutrição em todas as comunidades do projeto, financiados com recursos do programa Minas sem fome, a Emater tem estimulado o plantio de hortas e pomares nas escolas e creches da região.
Essas ações, conforme o agrônomo e a economista doméstica, têm sido feitas por meio de treinamentos específicos nas escolas, com diretores, professores e cantineiras, a fim de levar para os alunos uma alimentação saudável.
Durante os treinamentos, os envolvidos no processo aprendem sobre higiene, valor nutricional dos alimentos, elaboração de cardápios e o processamento dos mesmos.
Medidas da empresa reduzem o quadro de desnutrição
de crianças e adultos (Foto: Emater)
PASTORAL DA CRIANÇA
A Pastoral da criança também tem, há alguns anos, levantado a bandeira contra a desnutrição no Brasil, assegurando saúde para milhares de crianças e famílias que não têm condições de manter uma alimentação balanceada e à base de nutrientes, como os que são encontrados na famosa multimistura à base de farelo de arroz, umbigo de banana, gérmen de trigo entre outros.
Nas ações de combate à subnutrição do Jaíba, foram elaboradas, através de associações e cooperativas, 25 propostas de fornecimento de sementes de milho, feijão e adubo para o plantio da próxima safra, que devem beneficiar cerca de 758 famílias do Jaíba. Foram selecionadas as famílias com menor renda, e com maior risco de insegurança alimentar.
Outra parceria que tem dado bons frutos é a firmada com a Conab - Companhia nacional de abastecimento. Trata-se do Programa especial da agricultura familiar com doação simultânea que facilita a compra dos produtos dos agricultores que participam de associações e cooperativas. Essa parceira que hoje vem sendo implantada em todos os municípios do Norte de Minas tem beneficiado diretamente escolas, asilos e creches.
CONAB
Para a equipe da Emater, essa realmente está sendo uma ação com resultados.
- Além de melhorar a alimentação dos beneficiários, constitui-se em uma nova opção de comercialização, com melhoria da renda dos agricultores familiares. A prefeitura de Jaíba também é parceira do Programa e assume o compromisso de busca dos produtos nas propriedades rurais e distribuição para as instituições beneficiadas – informa o funcionário da Emater.
Raimundo Júnior comenta ainda que o êxito dos projetos executados pelo programa da Conab no ano de 2004, tiveram tanto sucesso que novos projetos foram elaborados para o segundo semestre deste ano. A intenção, diz é beneficiar cerca de 81 famílias, prevendo-se a compra de produtos, da ordem de R$ 2.500 por unidade familiar, totalizando um montante investido de R$ 202.500.
Na elaboração destas propostas de entrega de produtos para a Conab foi priorizado o escalonamento da produção de frutas, verduras, e principalmente hortaliças folhosas, dentro da proposta da equipe de trabalho de reeducação alimentar e melhoria da alimentação naquelas instituições.
BONS HÁBITOS
Segundo a coordenadora da creche municipal da Frente III, área irrigada do Jaíba, Maria das Graças Santos, depois dos trabalhos educativos realizados pelos técnicos da Emater e a doação de verduras, frutas e hortaliças, melhorou muito a alimentação das crianças que estão se conscientizando da importância nutricional destes alimentos.
Para a economista Amanda Silva a iniciativa vai contribuir para a solidificação de hábitos alimentares saudáveis pelas crianças que funcionam, sobretudo, como interlocutores às suas famílias.
- Acredita-se que as ações desenvolvidas constituem-se num passo importante para a geração de renda, melhoria da qualidade de vida, e, sobretudo, para a promoção da saúde das pessoas que vivem no Projeto Jaíba.
Ela informou que a desnutrição constitui, ainda nos dias atuais, um flagelo permanente para parte significativa da população brasileira. Pesquisas demonstram que há um consumo inadequado de cálcio, ferro, proteínas e vitaminas, por boa parte da população, tanto pelos adultos como pelas crianças, sendo evidente o alto grau de anemia e desnutrição.
- Em contraste com a diversidade de produção de alimentos, esta realidade também é presente no Projeto Jaíba, sendo comum casos de desnutrição em adultos e crianças, devido a inadequação de consumo alimentar, e até mesmo por quadros evidentes de insegurança alimentar, relacionados à quantidade, e principalmente, pela ingestão inadequada de nutrientes. O conjunto dessas ações visa à educação alimentar e garantia da segurança alimentar no Jaíba, com o objetivo de melhoria da qualidade de vida da população - enfatizou Raimundo Júnior.
Mais investimentos para o Projeto Jaíba
Valéria Esteves
Sempre há lugar para se empreender no Projeto Jaíba. Depois que o governo de Minas bem como o governo federal firmou metas para estabelecer o deslanche e o desenvolvimento sustentável da agricultura, incluindo a fruticultura e todos os processos produtivos inseridos os produtores já vislumbram melhorias em suas rendas.
Empresas como a Pomar Brasil, grandes produtores investindo em biodiesel, etanol, sementes de hortaliça já dão um toque todo especial aos negócios e agora o Jaíba ganha mais uma empresa disposta a investir. Conforme informou a assessoria da Codevasf- Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba ontem a empresa Vector Engenharia Ltda assinou o contrato com a Companhia para a implantação da Automação do Perímetro Irrigado do Projeto Jaíba em Minas Gerais. O objetivo é a modernização de toda a infra-estrutura de controle e vigilância do parque de irrigação dentro do Projeto.
Esse empreendimento pretende ser um marco na implantação deste tipo de Projeto. A proposta é ampliar a produtividade, qualidade e segurança das vias de irrigação do Jaíba.
Esta perspectiva de um bom investimento, na vanguarda tecnológica, tem atraído o interesse de vários empresários. O que vem ampliando sensivelmente a área cultivada no Projeto.
Segundo o Engenheiro Mecatrônico da Codevasf, Júlio César Vaz de Mello Carvalho, a proposta de automação do Jaíba é um claro indicativo de que a Empresa tem a visão focada na aceleração do desenvolvimento regional através da modernização.
- Seria impossível manter uma área de 100 mil hectares irrigada somente com processos de operações manuais. Não se alcança competitividade e nem é possível atrair investidores e investimentos assim - afirma.
Neste processo, um sistema de informação por atuadores e sensoreamento remoto irá monitorar e atuar em toda a rede de irrigação, permitindo confiabilidade e aproveitamento máximo dos recursos. Além disso, câmeras de última geração permitirão, remotamente, a supervisão e vigilância de todo o Projeto Jaíba.
TELAS DINÂMICAS
Através de telas em 3D dinâmicas instaladas numa central dentro do Projeto Jaíba, com equipamentos dos mais modernos atualmente, técnicos, com auxilio de um programa dotado de inteligência artificial, controlarão comportas, motobombas, estações de recalque e todo o trânsito dentro do Perímetro Irrigado. Alem disso todas as imagens e uma simulação, em tempo real, da Central de Controle e Operação estarão disponíveis na rede da Codevasf e na web.
POMAR BRASIL
Conforme o diretor Victor Purri, na última semana um diretor do BDMG ligado a área das pequenas operações foi conhecer as instalações e tudo o que já está pronto. Para Victor essa iniciativa pode significar uma retomada do interesse do banco nas operações com os pequenos produtores e talvez da reestruturação dos passivos que os produtores da C2 tem com o banco.
A expectativa da direção é que Pomar Brasil,cotada a ser uma grande agroindústria, deva operar ainda este ano, em meados do mês de outubro.
A informação é de que serão investidos cerca de R$ 50 milhões no Projeto Jaíba com a instalação da Pomar Brasil, conforme o diretor geral da indústria, Victor Purri.
Nesse processo, os pequenos produtores serão beneficiados com a elaboração de um contrato de compra da produção de maracujá que deve ser numa área total de 700 hectares divididos em dois a três hectares por produtor familiar.
As frutas utilizadas pela indústria serão: maracujá, manga, goiaba e abacaxi - sendo que, no período de safra, o excedente da produção de manga, produzido pelos produtores, deve ser comprado pela Pomar Brasil. (Com informações da Codevasf)
Sempre há lugar para se empreender no Projeto Jaíba. Depois que o governo de Minas bem como o governo federal firmou metas para estabelecer o deslanche e o desenvolvimento sustentável da agricultura, incluindo a fruticultura e todos os processos produtivos inseridos os produtores já vislumbram melhorias em suas rendas.
Empresas como a Pomar Brasil, grandes produtores investindo em biodiesel, etanol, sementes de hortaliça já dão um toque todo especial aos negócios e agora o Jaíba ganha mais uma empresa disposta a investir. Conforme informou a assessoria da Codevasf- Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba ontem a empresa Vector Engenharia Ltda assinou o contrato com a Companhia para a implantação da Automação do Perímetro Irrigado do Projeto Jaíba em Minas Gerais. O objetivo é a modernização de toda a infra-estrutura de controle e vigilância do parque de irrigação dentro do Projeto.
Esse empreendimento pretende ser um marco na implantação deste tipo de Projeto. A proposta é ampliar a produtividade, qualidade e segurança das vias de irrigação do Jaíba.
Esta perspectiva de um bom investimento, na vanguarda tecnológica, tem atraído o interesse de vários empresários. O que vem ampliando sensivelmente a área cultivada no Projeto.
Segundo o Engenheiro Mecatrônico da Codevasf, Júlio César Vaz de Mello Carvalho, a proposta de automação do Jaíba é um claro indicativo de que a Empresa tem a visão focada na aceleração do desenvolvimento regional através da modernização.
- Seria impossível manter uma área de 100 mil hectares irrigada somente com processos de operações manuais. Não se alcança competitividade e nem é possível atrair investidores e investimentos assim - afirma.
Neste processo, um sistema de informação por atuadores e sensoreamento remoto irá monitorar e atuar em toda a rede de irrigação, permitindo confiabilidade e aproveitamento máximo dos recursos. Além disso, câmeras de última geração permitirão, remotamente, a supervisão e vigilância de todo o Projeto Jaíba.
TELAS DINÂMICAS
Através de telas em 3D dinâmicas instaladas numa central dentro do Projeto Jaíba, com equipamentos dos mais modernos atualmente, técnicos, com auxilio de um programa dotado de inteligência artificial, controlarão comportas, motobombas, estações de recalque e todo o trânsito dentro do Perímetro Irrigado. Alem disso todas as imagens e uma simulação, em tempo real, da Central de Controle e Operação estarão disponíveis na rede da Codevasf e na web.
POMAR BRASIL
Conforme o diretor Victor Purri, na última semana um diretor do BDMG ligado a área das pequenas operações foi conhecer as instalações e tudo o que já está pronto. Para Victor essa iniciativa pode significar uma retomada do interesse do banco nas operações com os pequenos produtores e talvez da reestruturação dos passivos que os produtores da C2 tem com o banco.
A expectativa da direção é que Pomar Brasil,cotada a ser uma grande agroindústria, deva operar ainda este ano, em meados do mês de outubro.
A informação é de que serão investidos cerca de R$ 50 milhões no Projeto Jaíba com a instalação da Pomar Brasil, conforme o diretor geral da indústria, Victor Purri.
Nesse processo, os pequenos produtores serão beneficiados com a elaboração de um contrato de compra da produção de maracujá que deve ser numa área total de 700 hectares divididos em dois a três hectares por produtor familiar.
As frutas utilizadas pela indústria serão: maracujá, manga, goiaba e abacaxi - sendo que, no período de safra, o excedente da produção de manga, produzido pelos produtores, deve ser comprado pela Pomar Brasil. (Com informações da Codevasf)
COMERCIO DE PESCADOS
Pescadores já vendem seu peixe no mercado municipal de Janaúba
Valéria Esteves
Dessa vez pequenos produtores ou seriam pescadores têm ponto certo no mercado municipal de Janaúba para venderem seu produto. A informação é da Codevasf por meio da estação de piscicultura do Gorutuba. O ponto foi inaugurado na última quinta-feira quando estiveram presentes o gerente de projetos da secretaria de Programas regionais do ministério da Integração Nacional, Romário Farney de Oliveira, prefeitos de Janaúba e Nova Porteirinha, Ivonei Abade Brito e Vilmar Soares.
Com a venda dos peixes da semana santa foi possível
comprar os equipamentos
Durante a semana santa, O Norte esteve com os pescadores em Janaúba que já se mostravam entusiasmados só pelo fato de estarem comercializando sua primeira safra de tilápias tailandesas. A procura foi significativa apesar de ter havido pouco divulgação da venda do pescado que em um só dia rendeu a eles cerca de R$ 526.
Todo o dinheiro foi usado na compra dos equipamentos necessários ao funcionamento do ponto comercial que deve ser ampliado à medida que as vendas aumentarem.
TREINAMENTO
Segundo o gerente da Estação de piscicultura, Jackson César Sousa Rosa, os 14 sócios dos 10 tanques redes na barragem Bico da Pedra, da microregião de Janaúba passaram por um treinamento de duração de seis meses na qual puderam aprender os princípios básicos do manejo com a produção e criação de peixes.
Há a intenção de atender a domicílio, conforme Jackson que explica que uma parceria com a prefeitura poderá disponibilizar os garotos da guarda mirim para fazer as entregas. Para isso, basta que o consumidor ligue para o Disk tilápia que atende 91975348.
- Agora, os pequenos produtores de tilápia de Janaúba e adjacências podem vender sua produção diretamente para o consumidor, sem a interferência de atravessadores, que ficam com a maior parte do lucro, afirmou Anderson Chaves, superintendente da Companhia. Para o prefeito Ivonei Brito, não só Janaúba, mas toda a região do norte de Minas tem um mercado promissor para esse tipo de pescado e, diante disso ele acredita que Janaúba será referência regional nesse tipo de comércio.
BENEFICIAMENTO
Jackson Rosa previa que nesse ano, quando boa parte dos produtores estaria atingindo a segunda etapa de produção já entrasse em vigor o que ele chama de beneficiamento responsável que seria financiado pelo BNB - banco do Nordeste e que ajudaria a aumentar a renda desses pescadores. Mas para que isso se realize haverá assistência técnica disponibilizada pela Emater e apoio aos envolvidos oferecido pelas prefeituras em parceria com a Codevasf.
Esse projeto visa à busca certa do comércio que poderá atingir outros mercados, tendo como base a produção que atenda o consumo interno dos municípios e capaz de romper fronteiras.
- Piscicultura é uma atividade rápido onde o produtor é capaz de saber em seis meses se terá lucro no negócio ou não. Por isso é preciso que o interessado tenha conhecimento de causa, saiba trabalhar com o manejo dos peixes entre outros fatores - explica.
Ele comenta que há comunidades que não conheciam a tilápia tailandesa, exemplo de Pedras de Maria da Cruz que recebeu cerca de 400 quilos do peixe, sendo um quilo para cada família, conclui Jackson.
Segundo informações da assessoria da Codevasf, a implantação dessa unidade de comercialização, faz parte do Programa de APLs - Arranjos produtivos locais da aqüicultura, que tem por objetivo a capacitação de pequenos produtores rurais na produção, beneficiamento e comercialização do pescado.
Valéria Esteves
Dessa vez pequenos produtores ou seriam pescadores têm ponto certo no mercado municipal de Janaúba para venderem seu produto. A informação é da Codevasf por meio da estação de piscicultura do Gorutuba. O ponto foi inaugurado na última quinta-feira quando estiveram presentes o gerente de projetos da secretaria de Programas regionais do ministério da Integração Nacional, Romário Farney de Oliveira, prefeitos de Janaúba e Nova Porteirinha, Ivonei Abade Brito e Vilmar Soares.
Com a venda dos peixes da semana santa foi possível
comprar os equipamentos
Durante a semana santa, O Norte esteve com os pescadores em Janaúba que já se mostravam entusiasmados só pelo fato de estarem comercializando sua primeira safra de tilápias tailandesas. A procura foi significativa apesar de ter havido pouco divulgação da venda do pescado que em um só dia rendeu a eles cerca de R$ 526.
Todo o dinheiro foi usado na compra dos equipamentos necessários ao funcionamento do ponto comercial que deve ser ampliado à medida que as vendas aumentarem.
TREINAMENTO
Segundo o gerente da Estação de piscicultura, Jackson César Sousa Rosa, os 14 sócios dos 10 tanques redes na barragem Bico da Pedra, da microregião de Janaúba passaram por um treinamento de duração de seis meses na qual puderam aprender os princípios básicos do manejo com a produção e criação de peixes.
Há a intenção de atender a domicílio, conforme Jackson que explica que uma parceria com a prefeitura poderá disponibilizar os garotos da guarda mirim para fazer as entregas. Para isso, basta que o consumidor ligue para o Disk tilápia que atende 91975348.
- Agora, os pequenos produtores de tilápia de Janaúba e adjacências podem vender sua produção diretamente para o consumidor, sem a interferência de atravessadores, que ficam com a maior parte do lucro, afirmou Anderson Chaves, superintendente da Companhia. Para o prefeito Ivonei Brito, não só Janaúba, mas toda a região do norte de Minas tem um mercado promissor para esse tipo de pescado e, diante disso ele acredita que Janaúba será referência regional nesse tipo de comércio.
BENEFICIAMENTO
Jackson Rosa previa que nesse ano, quando boa parte dos produtores estaria atingindo a segunda etapa de produção já entrasse em vigor o que ele chama de beneficiamento responsável que seria financiado pelo BNB - banco do Nordeste e que ajudaria a aumentar a renda desses pescadores. Mas para que isso se realize haverá assistência técnica disponibilizada pela Emater e apoio aos envolvidos oferecido pelas prefeituras em parceria com a Codevasf.
Esse projeto visa à busca certa do comércio que poderá atingir outros mercados, tendo como base a produção que atenda o consumo interno dos municípios e capaz de romper fronteiras.
- Piscicultura é uma atividade rápido onde o produtor é capaz de saber em seis meses se terá lucro no negócio ou não. Por isso é preciso que o interessado tenha conhecimento de causa, saiba trabalhar com o manejo dos peixes entre outros fatores - explica.
Ele comenta que há comunidades que não conheciam a tilápia tailandesa, exemplo de Pedras de Maria da Cruz que recebeu cerca de 400 quilos do peixe, sendo um quilo para cada família, conclui Jackson.
Segundo informações da assessoria da Codevasf, a implantação dessa unidade de comercialização, faz parte do Programa de APLs - Arranjos produtivos locais da aqüicultura, que tem por objetivo a capacitação de pequenos produtores rurais na produção, beneficiamento e comercialização do pescado.
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