terça-feira, 13 de abril de 2010

Banana prata com boa cotação no mercado

Valéria Esteves


Bananicultura nos tempos áureos. Há algum tempo os perímetros irrigados do Jaíba e do Gorutuba demonstram que produzir banana tem sido uma das atividades mais presentes na vida do produtor rural da região.
Alguns especialistas acreditam que se o homem do campo tivesse acesso aos mercados seria mais fácil ter maior renda, já que os negócios seriam feitos por quem plantou. Mas a Abanorte- Associação dos fruticultores do Norte de Minas acredita que a existência de atravessadores ou compradores de banana são a válvula propulsora das vendas na região. Só na região há pelo menos cerca de 30 compradores de banana, sendo a variedade prata anã, a mais plantada, oito mil hectares.






Conforme a abanorte já existiu aqui no Norte de Minas mais de 100 intermediários na comercialização da banana. Atualmente, a região conta com a organização dos intermediários, através da Associação dos Compradores de Frutas do Norte de Minas - FRUCOM, fundada em 2001, e que assumiu nova diretoria em fevereiro/2008.
Os objetivos da Associação dos Compradores são a melhoria da comunicação entre os produtores e compradores, evitar a duplicidade de cargas através de bolsa de frutas evitando pressão sobre os preços da banana, a melhorar das informações disseminadas sobre o mercado, profissionalização do comprador entre outros benefícios para a classe.

OUTRAS VARIEDADES

Há algumas semanas a Epamig- Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais resolveu apresentar para a sociedade como cunho de pesquisa novas variedades de banana, a Tropical, PA 4244 e a Thap-Maeo. No geral a que mais caiu nas graças do público foi a Tropical.
A intenção era ir até os supermercados e fazer avaliação e verificar qual a aceitação do consumidor quanto às novas variedades de banana passíveis de substituir a banana prata no mercado. Na oportunidade várias pessoas foram questionadas sobre a textura, sabor, acidez e outros requisitos encontrados nessas novas variedades que são produzidas sem o uso de agrotóxicos. A maioria dos entrevistados achou que a variedade Tropical foi a que mais se adequaria ao paladar dos consumidores e aceitariam pagar mais por um produto que preserva o meio ambiente e ainda contribui significativamente para a saúde.
A pergunta a que a Empresa de Pesquisa Agropecuária gostaria de saber é: qual das três variedades tem melhor qualidade e se o consumidor está interessado em obter um produto que não prejudica o meio ambiente ou consumir um produto que tem menor valor de mercado?- Essa indagação é do gerente da Epamig, Marco Antônio Viana Leite que informou também que essa mesma avaliação foi feita em Belo Horizonte em estabelecimentos como o Carrefour, Villefort entre outros.
Para Odete Pereira de Oliveira a banana prata ainda a agrada muito, mas tendo em vista, o não uso de substâncias químicas, vale levar para casa novas variedades. E como diria o provérbio gosto todo mundo tem o seu e não foi diferente com Silvana Lopes Silva e Graiciele de Carvalho Maia. Elas experimentaram as três variedades e as opiniões foram diferentes. Silvana preferiu a PA 4244 por acreditar que nela há maior presença de doce, maciez e menor acidez. Já Graiciele preferiu a Tropical pelos mesmos motivos. Mas o que elas têm em comum é que pagariam mais caro por um produto 100% saudável.

PRAÇAS

As praças compradoras da banana prata da região são: Rio de Janeiro, Distrito Federal, Belo Horizonte, e São Paulo; a cotação da caixa está na casa de R$ 28 embalada e R$ 26 preço pago ao produtor. De acordo com explicação da Abanorte o preço da fruta é de R$ 26 mais o adicional da taxa de embalagem no valor de R$ 2,00.
Cerca de 80% do produto regional segue rumo a essas praças comercializadoras. A reclamação dos produtores é quanto ao alto custo de produção e as possíveis doenças que a bananeira pode atrair.
Conforme informações da Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais novas variedades de banana estão sendo pesquisadas e novas serão apresentadas nos próximos meses. Com está acontecendo nesse período nas grandes cidades de Minas. Problemas como a sigatoka negra, mal do panamá entre outros são constantes de pesquisa da Epamig e da Unimontes.

Nenhum comentário: