Valéria Esteves
Expectativa em torno de colheita de café no Projeto Jaíba. Grupo Iba Agroindustrial prevê colheita do café plantado em fevereiro de 2006 até abril deste ano. A primeira cata foi em 2007 e os resultados agradaram os produtores que esperam boas cotações para o grão.A expectativa é que se tire de 75 a 80 sacas de café por hectare, tendo como base as três últimas colheitas da fazenda São Tomé, em Pirapora, que tirou essa média de sacas.
O sócio-gerente da Iba, Eduardo César Rebelo informou que o café tem um melhor crescimento no Norte de Minas, especialmente no Jaíba, por ser irrigado e porque o clima favorece. Ele que também cultiva o grão no Sul de Minas diz que é possível notar que enquanto a produção cresce em 2,5 anos no Sul de Minas, no Norte de Minas produz em 18 meses, o que significa lucros e aumento na produtividade em menos tempo. Isso porque, defende Eduardo, a planta cresce durante todo o ano no Jaíba.
O café no Jaíba significa alternativa de renda ao pequeno produtor e emprego o ano inteiro para mulheres, homens e idosos, conforme a Iba. Atualmente nove sócios entraram no negócio se dispondo a cuidar do cafezal diariamente, deixando-o bem capinado entre outros cuidados necessários ao bom andamento da produção. Outros pequenos produtores já se mostraram atraídos pelo plantio de café e a associação, antes com nove sócios, deve chegar aos 40 ao que tudo indica.
Há ainda um produtor que plantou uma média de 370 mil mudas e acredita que com os bons resultados da cotação do café no mercado e a produtividade acelerado no Jaíba, o comércio seja favorável.
A cotação da saca de café no ano passado chegou ficar entre R$ 255 a R$ 260, valor que foi 11% superior ao verificado em igual período do exercício anterior. O percentual de aumento dos preços neste ano, ante 2006, não correspondeu às expectativas do setor, que esperava reajustes positivos associados também à adequação aos índices de crescimento dos custos de produção, de acordo com o técnico da Faemg.
O custo de produção nos cafezais mineiros está em cerca de R$ 300 (média apurada entre números divulgados por órgãos federais e cooperativas do setor no Estado), disse o assessor técnico da Faemg- Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Rodrigo de Almeida Pontes.
No ano passado, a expectativa era que 20% dos grãos fossem colhidos dos cafezais do Estado e os demais 5% em setembro, já que a colheita se adiantou devido ao clima que colaborou de forma positiva e também pela produção ser inferior à da safra 2006/2007, disse.
Devido à bianualidade da cultura, a produção desta safra é 33% menor que a da safra 2006/2007 e as avaliações do setor apontavam que a diminuição da oferta de grãos no mercado poderia se refletir em aumento dos preços para o setor produtivo. O fato ocorreu, mas não com expressiva elevação.
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