Valéria Esteves
Os cafeicultores brasileiros comercializaram 83% da safra 2007/2008 até o final de fevereiro, segundo levantamento feito pela consultoria Safras & Mercado. O ritmo de negociação está mais acelerado que no mesmo período do ciclo passado, quando 72% do total tinham sido escoados. A Safras estima que a colheita de café deve ficar em 37,1 milhões de sacas de 60 quilos. Os números estão acima dos volumes projetados pela Conab- Companhia Nacional de Abastecimento, de 33,7 milhões de sacas.
No mês de fevereiro, as negociações ganharam maior ritmo, com a forte movimentação dos produtores para fixar os preços. A recuperação das cotações do grão na Bolsa de Nova Iorque estimulou essas operações. A menor oferta, por conta da bianualidade da safra, também colaborou para o maior escoamento da produção de café. Entre janeiro e fevereiro, o volume de exportações também foi aquecido, o que justifica o maior escoamento da produção.
A ABIC- Associação Brasileira da Indústria do Café aponta que o consumo interno aumenta desde a década de 90, passando de 8.2 milhões para 16.9 milhões de sacas do grão. Otimista, a ABIC espera que esse número evolua ainda mais durante esse ano e atinja o patamar de 17.4 milhões de sacas.
Enraizado na cultura brasileira, o café é uma referência da agricultura nacional, e tem alcançado reconhecimento internacional também, fato que fica comprovado quando o Brasil se apresenta como o maior produtor mundial, atingindo 30% do mercado.
Para especialistas o café é uma bebida que proporciona momentos de interação entre as pessoas e, muitas vezes, é a única hora do dia em que se pode deixar os afazeres de lado e ter uma boa conversa com os amigos.
No entanto, no que diz respeito à qualidade do produto final, os fatores influenciadores são muitos, como: tipo do solo, quantidade de chuva durante o ano, altura em que se encontra a plantação e o tipo de produção. Um fato interessante é que os produtores orgânicos sempre estão presentes entre os finalistas dos concursos que dão prêmios para os grãos que proporcionam os melhores sabores.
CONHECENDO O GRÃO
Uma curiosidade sobre o mundo dos sabores está ligada à mudança dos costumes de consumo entre diferentes regiões. Muitas vezes, um café tipo exportação, com prêmios internacionais de qualidade, não agrada a determinado público. Uma das variedades dos grãos é conhecida como Arábica e tem características como: corpo, aroma, acidez e sabor residual. Em relação a isso, alguns cafés proporcionam o chamado after taste, aquele sabor que permanece na boca depois de se saborear alguma bebida, o qual pode ser intenso, suave ou adocicado, por exemplo.
O gostinho do café presente nas xícaras do mundo todo começa a ser criado ainda na lavoura, por isso a recomendação da ABIC é que os agricultores se preocupem com os produtos que vão utilizar na hora de cuidar da água sua plantação.
Um produto que surge como um aliado, tanto para aqueles que praticam a agricultura convencional como para os que praticam a agricultura orgânica, é o dióxido de cloro. Nesse sentido, conforme Antônio Luis Bernini, consultor da ABIC, o Tecsa-Clor, produto comercializado pela Serquímico, destaca-se como o único que apresenta o composto estabilizado a 5%.
- Apresenta uma alta eficácia fungicida e bactericida e é reconhecido por órgãos que atestam sua característica orgânica, tanto no Brasil como no exterior. Além disso, o custo/benefício, quando analisado o processo global da produção, é positivo, conclui.
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