Valéria Esteves
A Central-Jai- Central de abastecimento de alimentos do Projeto Jaíba está nessa etapa selecionando apenas limão thaiti. Por ter terminado a safra da cebola e por causa da queda do dólar, a seleção de qualidade da manga teve que ser interceptada, graças a cotação do quilo da fruta que se afixou em R$ 0,45 nesse período.
Sobre a seleção e qualificação dos produtos da fruticultura do Jaíba, o limão é o que tem sido o constante na emissão de containers para a Europa. Toda semana sai um container carregado de limão que geralmente vem das plantações de médios e pequenos produtores.
De acordo com a secretária da associação de produtores do Jaíba, Olímpia Felizarda por enquanto a entidade tem se concentrado em trabalhar apenas com a exportação de limão que tem se mantido ao preço de R$ 1,12 o quilo por ano.
No Jaíba, ela diz que são comercializadas caixas de quatro quilos e meio de limão a R$ 4,20 e na versão bandeja de três quilos ao preço de R$ 3,20.
Para o engenheiro agrônomo da Emater do local, Lucas Andrade Monteiro, a cotação do limão varia de acordo com o semestre. No primeiro semestre do ano como as regiões do sul do Brasil como São Paulo estão em período de safra, a região perde em preços. A cotação no Ceasa de Minas Gerais no primeiro semestre chegou a R$ 5, sendo que esse preço caiu pra dois reais pago ao produtor.
Em compensação a produção do segundo semestre pelo menos no ano passado foi boa para os produtores do Jaíba. O saco de 20 quilos chegou a custar R$ 50 na Ceasa e ao produtor chegou a R$ 20.
Lucas diz também que a Emater auxilia os pequenos produtores prestando assistência técnica, mas há uma boa quantidade de médios produtores que só produzem para exportação, caso dos 13 sócios da associação que junto com mais 22 outras entidades se filiaram a central-jai para que seus produtos fossem selecionados.
- O que está acontecendo é que por causa justamente da cotação do limão, os produtores têm preferido mandar seu produto para o exterior por causa do valor da moeda.
Ele explica que a central funciona como uma casa de embalagem, em que os melhores frutos vão para exportação e os outros para o mercado interno. Mas alguns produtores só reclamam, quando o negócio é fechado com certos atravessadores, segundo ele, do atraso de pagamento.
O agrônomo lembra que é preciso ressaltar que não há concorrência dentro do Jaíba. Pelo contrário, há uma parceria entre os produtores que querem ver seu produto na mesa dos europeus.
- Há concorrentes no mediterrâneo em outros lugares menos dentro do Projeto Jaíba, afirma
A Emater tem visto com bons olhos o empenho dos produtores em atingirem outros mercados, mesmo porque eles que se voltam agora para o mercado internacional precisam mais do que nunca alcançar a melhor qualidade dos limões.
Antes o produtor, conforme dados da Emater, os produtores obtinham uma qualidade que pareava os 20%. Agora esse quadro reverteu graças ao empenho dos mesmos. A qualidade do produto já está na casa dos 80 a 90%, ganho significativo, observa Lucas.
No Jaíba há ainda outros consultores elaborando projetos para viabilizarem condições para exportar outras frutas. A central- jai informou que a manga e a cebola também estão sendo exportadas, mas que essa não é a temporada de ambas.
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