terça-feira, 4 de setembro de 2012

Salvaguarda é a saída para indústria recuperar o fôlego

A indústria brasileira de vestuário está definitivamente em maus lençóis. Os altos custos de produção e a forte competitividade de produtos chineses estão comprometendo o desempenho do setor. Dados do IBGE apontam que até maio, o setor teve queda de 10,6% na produção, em comparação ao mesmo período de 2011. No semestre, a produção caiu 13,1%. Diante desse cenário nebuloso, no final de agosto, o setor entrou como pedido de salvaguarda junto ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O documento solicita o bloqueio da entrada de 60 produtos de vestuário, que representam 82% de produtos de confecção importados. "Ainda não temos previsão de quando o assunto será avaliado pelo governo", explica Agnaldo Diniz Filho, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Vestuário (Abit). Segundo dados da entidade, as importações de vestuários chineses cresceram 42% entre o ano passado e o primeiro semestre do ano. "Cada vez que um produto importado é adquirido, o impacto é sentido em todos os setores da cadeia, até nos produtores de algodão", explica Diniz. "Isso tem reflexos na geração de emprego e renda", diz. Apesar do momento complicado, Diniz explica que o câmbio favorável ao real e a desoneração da folha de pagamento deram um respiro ao setor, mas o suficiente. Para ele, a indústria brasileira precisa de melhores condições para voltar a crescer. "O custo de energia no Brasil ainda é quatro vezes mais caro do que na China", diz. FONTE: BRASIL ECONÔMICO

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