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Pelos sinais demonstrados por meio de pedidos feitos pela indústria e pelos exportadores, a negociação com o governo Dilma Rousseff terá impasses. A Interface Engenharia Aduaneira também acredita que o governo Dilma Rousseff terá muito trabalho para atender a estes pedidos dos exportadores e da indústria brasileira. A divulgação de déficit na balança comercial do País já na primeira semana de 2011 deixou todos de cabelo em pé, confirmando uma tendência provocada pela desvalorização do dólar. O saldo comercial desta primeira semana mostrou-se deficitário em US$ 486 milhões. O Brasil está importando mais do que exportando e corre risco de desindustrialização.
Na notícia abaixo, divulgada ainda no final de dezembro de 2010 pelo jornal O Estado de S. Paulo, portanto antes da posse de Dilma e de seus ministros, empregadores e sindicalistas cobram a implantação de medidas protecionistas no Brasil, além da criação de incentivos fiscais para as indústrias aqui instaladas.
Vale a pena atentar ao texto que mostra o receio da invasão dos importados, especialmente dos produtos chineses, que são produzidos a custos baixíssimos se comparados aos custos brasileiros.
Em reportagem veiculada pelo jornal Estado de São Paulo, nos últimos dias, o governo Federalparece estudar maneiras para que a economia não sofra com reações da indústria e dos exportadores. A matéria começa já falando em ameaça de invasão por parte de importadores. Confira na íntegra:- Sob ameaça da invasão de importados,capital e trabalho deixaram as diferenças de lado para juntar forças numa cruzada em defesa do produto brasileiro. A aliança entre representantes das indústrias e das centrais sindicais começou a ser articulada nas mesas de negociação salarial, avançou em reuniões setoriais conjuntas e deve ganhar força no início de 2011, com a posse do governo Dilma Rousseff.
Empresários e sindicalistas pretendem convencer o novo governo a adotar medidas de proteção contra as importações e de incentivo fiscal e tributário a setores afetados pelo avanço do processo de substituição da produção local por estrangeiros. Entre eles, estão a cadeia de abastecimento do setor automotivo, bens de capital, eletroeletrônicos, calçados e têxteis.
Queremos falar com a presidente Dilma, a equipe econômica e os parlamentares para mostrar o mal que isso está causando à economia, diz o presidente da Força Sindical e deputado federal, Paulo Pereira da Silva.
A ideia é ter um diagnóstico sobre a situação e identificar os setores afetados, além da apresentação de propostas. Nesse sentido, os presidentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, e da categoria em São Paulo, Mogi das Cruzes e Região, Miguel Torres, vão propor hoje ao presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, eventos para debater a competitividade da indústria nacional.
Estamos pensando em promover, entre janeiro e fevereiro, um debate com esse tema reunindo a visão dos trabalhadores, dos empresários e do governo, conta Nobre. Num momento como este, não dá para cada um ter a sua agenda. É necessário ter uma agenda única, um diagnóstico comum das medidas importantes para reverter o quadro, completa
A atuação conjunta do capital e do trabalho faz sentido. Nas negociações salariais deste ano, os trabalhadores chegaram a conquistar aumentos superiores a 6% além da inflação. Mas o ganho poderia ter sido maior. As empresas alegam que perdem competitividade com o aumento dos salários, afirma Torres.
Os sindicalistas temem que, no caso de uma eventual reviravolta no mercado interno, as empresas, além de importar, passem a demitir. Há preocupação ainda sobre os novos investimentos e a criação de empregos.
Um exemplo é o da Usiminas, que desistiu de construir uma usina no Vale do Aço, em Minas Gerais. A unidade, que estava embargada desde a crise internacional, teria capacidade para produzir 5 milhões de toneladas por ano e exigiria investimentos de US$ 6 bilhões. Se somar a importação direta e indireta de aço este ano, estamos falando de 10 milhões de toneladas, o que representa quase duas Usiminas, afirma o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes.(com informações do Estado de São Paulo)
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