segunda-feira, 29 de abril de 2013

Xbox 720 pode custar entre R$ 600 a R$ 1.000, segundo analista da Microsoft

O Xbox 720 deve ser lançado em novembro deste ano e deve vir com duas versões com faixas de preço distintas. Quem afirma é Paul Thurrot, analista da Microsoft, que explica que o console terá versões custando US$ 299 e US$ 499 (cerca de R$ 600 e R$ 1.000, respectivamente, em conversão direta), sendo que a primeira virá com uma assinatura periódica obrigatória. Thurrot vazou recentemente o evento de anúncio oficial do console, que acontecerá no próximo dia 21 de maio. A assinatura da versão de US$ 299 seriam dois anos obrigatórios de Xbox Live Gold, que custa em torno de US$ 10 por mês (aproximadamente R$ 20). Esta assinatura, na verdade, torna o console ligeiramente mais caro que a versão de US$ 499, mas o custo de compra inicial para o jogador é mais acessível. O analista afirma que o Xbox 720 chegará às lojas dos Estados Unidos no início de novembro. O novo console terá como mídia o mesmo Blu-Ray do PS3 e PS4, seu sistema operacional será o Windows 8 e exigirá, sim, conexão permanente à internet. O evento do dia 21 de maio será o primeiro de vários outros eventos e anúncios com detalhes sobre o videogame, incluindo a apresentação da Microsoft na E3 deste ano, em junho. Antes do lançamento do seu sucessor, o Xbox 360 receberá uma nova versão, menor e mais barata, que atualmente possui o codinome ‘Stingray’. Fonte:G1

BANCO DO NORDESTE AMPLIA HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO PARA ATENDER AGRICULTORES ATINGIDOS PELA SECA

Atendimento especial ocorrerá em toda a rede de Agências
O Banco do Nordeste ampliará seu horário de atendimento ao público em duas horas diárias, com o objetivo de contratar propostas de crédito no âmbito do Programa FNE Estiagem e receber termos de adesão para renegociações de dívidas. A força-tarefa prevê a abertura de todas as agências do Banco duas horas antes do atendimento bancário convencional. A iniciativa terá início na próxima segunda-feira, 29, e se estenderá até o dia 10 de maio. Segundo a Diretoria do Banco, o intuito é agilizar o atendimento aos produtores rurais afetados pela seca, que poderão contratar financiamentos ou renegociar suas dívidas em condições especiais, de acordo com o enquadramento da operação de crédito. FNE – Estiagem Voltado para produtores rurais que tiveram perdas com a seca, o FNE – Estiagem tem juros de 1% a.a, com prazo de pagamento de 10 anos, com até três anos de carência. Os recursos são do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e serão empregados na recuperação de atividades nos municípios que tiveram situação de emergência ou calamidade pública decretada. O Banco do Nordeste já desembolsou R$ 2,3 bilhões por meio do FNE Estiagem, desde julho do ano passado, com mais de 320 mil operações de crédito. Na Bahia, o montante alcança R$ 465 milhões, com um total de 67 mil contratos firmados. Renegociação de dívidas rurais Por meio das resoluções 4.211 e 4.212, agricultores familiares poderão renegociar o saldo devedor em dez parcelas anuais, com o primeiro vencimento em 2016. Cada parcela paga até o vencimento terá bônus de adimplência de 80%, mesmo percentual de desconto aplicado em caso de liquidação da dívida. Os produtores rurais não classificados como agricultores familiares também poderão parcelar suas dívidas em dez vezes, com o primeiro vencimento programado para 2015. Outra possibilidade é a renegociação por meio das Leis 12.249 e Lei 12.716. As condições especiais de todas as resoluções e leis que favorecem os agricultores atingidos pela estiagem estão no arquivo anexo. Na Bahia já foram renegociadas, lastreadas nos dispositivos acima, cerca de 89 mil operações no valor de R$ 697 milhões.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Empresas baianas conquistam mercado internacional durante feira no Panamá

A estimativa é gerar mais de U$ 1,6 milhão em negócios durante a Expocomer, exposição internacional que acontece até 20 de abril “Pelos contatos feitos aqui no Panamá, empresas e entidades relataram uma grande demanda pelo nosso produto, que é a tecnologia capaz de automatizar armazéns, e querem fazer parceria”, revela o empresário Adolfino Alves, da Próton Sistemas, empresa de Feira de Santana. Como um dos 30 integrantes da missão baiana presente na Exposição Comercial Internacional do Panamá (Expocomer), considerada uma das mais importantes feiras de negócios internacionais do mundo, realizada entre os dias 17 e 20 de abril, Adolfino já se prepara para um próximo retorno ao país, interessado em estreitar a relação através de uma estratégia inicial de formar mão de obra no seu setor de atuação. Já nos dois primeiro dias de feira, as empresas baianas representantes dos setores de alimentos, construção civil e vestuário, estimam um volume de negócios próximo a U$ 1,6 milhão. “Os empresários foram preparados para negociar com compradores de diversas partes do mundo, aproveitando o Panamá enquanto uma plataforma logística para a distribuição de produtos”, concluiu a gestora do Programa de Negócios Internacionais do Sebrae Bahia, Cristiane Mota. Segundo ela, os números são estimados, já que uma negociação internacional requer um tempo maior para concluir os trâmites legais dos dois países. A participação de micro e pequenas empresas do estado está sendo viabilizada através de uma parceria entre o Sebrae Bahia e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). Aquelas que enviaram apenas seus produtos serão representadas por trades credenciadas à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). Além do showroom, estão agendadas palestras e Net Work Day, evento interno que possibilita a integração entre os empresários participantes da feira. 31ª Expocomer Com uma posição geográfica estratégica e o quarto mais eficiente centro logístico do mundo para o escoamento de produtos, o Panamá sedia a Expocomer, com a participação de 36 países. Na última edição, 534 empresas expositoras estiveram no encontro, 22 mil visitantes profissionais e alcançou cerca de US$ 122 milhões em negócios.

Seca: Agricultores terão dívidas prorrogadas por 10 anos

Conselho Monetário Nacional (CMN) oficializou, em resoluções divulgadas ontem (18), a prorrogação por dez anos das dívidas de agricultores afetados pela seca. A decisão vale para as parcelas vencendo em 2012, 2013 e 2014. O pagamento do valor refinanciado começa em 2015 para produtores em geral e em 2016 para agricultores familiares. O custo para o Tesouro será R$ 2,1 bilhões. A flexibilização anunciada é um desdobramento da MP da Seca, relatada pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA). Segundo Pinheiro, o Congresso Nacional está prestes a analisar uma nova medida, a MP 610, destinada também para socorrer produtores rurais atingidos pela seca. “O objetivo é ampliar as renegociações e ofertar crédito para os produtores e agricultores, além de milho subsidiado para ração dos rebanhos de animais. Nossa luta é, inclusive, para que seja dado o perdão das dívidas dos pequenos agricultores que perderam a produção e estão sem condições de fazer um novo plantio”, adiantou Pinheiro. Na decisão anunciada pelo CMN, além do direito de renegociarem as parcelas referentes aos três anos, os agricultores familiares terão um desconto de 80% caso quitem em dia as prestações do refinanciamento. De acordo com João Rabelo, o alocamento do início da quitação para os anos de 2015 e 2016 visa a dar tempo aos produtores rurais para recomporem as perdas com a estiagem que prejudicou-os em 2012 e 2013. O CMN publicou ainda uma terceira resolução autorizando agricultores da Região Nordeste a renegociar dívidas contratadas até 2006, utilizando recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) e do Fundo Constitucional do Norte (FNO). A taxa de juros do refinanciamento será 4,12% ao ano, mas pode cair para 3,5% graças a um bônus de adimplência de 15%. Além disso, foi retirada a obrigatoriedade de entrada para os financiamentos. A resolução concedeu ainda outro bônus de adimplência de 15% sobre a parcela, além do concedido sobre os juros.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Governo propõe salário mínimo de R$ 719,48 a partir de 2014

Governo propõe salário mínimo de R$ 719,48 a partir de 2014 Novo valor consta de proposta da LDO divulgada nesta segunda (15). Aumento do salário mínimo será em janeiro do ano que vem.
O salário mínimo vai subir dos atuais R$ 678 para R$ 719,48 a partir de 2014, segundo a proposta para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) divulgada nesta segunda-feira (15) pelo Ministério do Planejamento. A proposta ainda vai passar pelo Congresso e, se for aprovada, o novo valor do mínimo passa a valer a partir de janeiro do ano que vem. Esse valor proposto para o salário mínimo em 2014, entretanto, pode ser alterado no futuro, com base nos parâmetros estabelecidos para sua correção (crescimento do PIB do ano de 2012 e da inflação, medida pelo INPC, deste ano). Além de 2014, a proposta também informa a previsão do salário mínimo para 2015 (R$ 778,17) e para 2016, quando deve atingir R$ 849,78. Na proposta da LDO, o governo também informou a previsão de que o IPCA, índice que mede a inflação oficial, terá variação de 4,5% em 2014. Para este ano, a previsão é de 5,2%. PIB e inflação O governo também apresentou a sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 3,5% para este ano e 4,5% em 2014. Na LDO do ano passado, o governo estimava um crescimento maior para a economia no ano que vem: 6%. O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse sobre a inflação que o governo tem tido "atenção constante" com a possibilidade de alta da inflação, como ocorreu no início deste ano. Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usada como base para as metas do governo, apresentou variação de 0,47% em março – taxa inferior à registrada no mês anterior, de 0,60%. No acumulado dos últimos 12 meses até março, porém, a taxa de inflação é de 6,59%, acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 6,5% - dois pontos acima do centro da meta, que é de 4,5%. “[O controle da inflação] é um processo que exige atenção constante. O governo continua trabalhando para que ela possa convergir para a meta [de 4,5% em 2013]”, disse Augustin. Sobre a variação do PIB, ele afirmou que o governo está otimista e espera para o ano que vem um “processo de crescimento importante” da economia. “Eu entendo que a economia brasileira vem retomando o crescimento. A velocidade talvez seja um pouco abaixo do que gostaríamos, mas ela vem retomando o crescimento”, disse o secretário do Tesouro Nacional. Superávit Na proposta de LDO, o governo informa que sua meta de superávit primário em 2014 será de R$ 167,4 bilhões, o que equivale a 3,1% do PIB estimado para o ano que vem. O superávit primário é a economia feita pelo governo federal, estados e municípios para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda. Do total de R$ 167,4 bilhões, R$ 116,1 bilhões correspondem à parcela da União. Os outros R$ 51,2 bilhões, cabem a estados e municípios. Augustin informou, entretanto, que já a partir de 2013 a União não terá mais a obrigação legal de compensar o resultado de estados e municípios, caso a meta de superávit não seja cumprida por eles. Isso significa, portanto, que o governo se compromete a cumprir apenas a sua parte (R$ 116,1 bilhões, no caso da LDO de 2014) e que buracos deixados na conta de estados e municípios “podem” ser abatidos da meta total. Segundo Augustin, para que a desobrigação passe a valer já, o governo vai enviar um projeto ao Congresso para alterar a Lei Orçamentária de 2013. "Não estamos dizendo que a meta [não cumprida por estados e municípios] vai ser abatida [da meta total de superávit]. Estamos dizendo que a LDO permite que isso ocorra. Se vai ser feito ou não, isso vai ser definido ao longo de 2014", disse o secretário do Tesouro Nacional. Em 2012, estados e municípios tiveram um superávit de R$ 23,7 bilhões, equivalente a 55% de sua meta, que era de R$ 42,8 bilhões. Essa diferença de R$ 19,1 bilhões teve que ser compensada pela União. A proposta de LDO também fixa em R$ 67 bilhões o valor de abatimento da meta de superávit possível com os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com desonerações de tributos em 2014. Para este ano, o limite é de R$ 65 bilhões. Juros e câmbio O documento apresentado pelo Ministério do Planejamento nesta segunda também aponta estimativa de que a taxa básica de juros da economia (Selic) esteja em 7,5% em dezembro de 2014, mesmo patamar atual. Ainda de acordo com a proposta, a previsão é que a taxa permaneça a mesma ao final de 2015 e 2016. O governo divulgou ainda que espera uma taxa de câmbio média de R$ 2 por dólar ao final de 2013, e de R$ 2,04 no fim de 2014. Segundo a proposta da LDO, a desvalorização do real deve continuar nos anos seguintes, atingindo R$ 2,07 por dólar em 2015 e R$ 2,09 em 2016.

Bahia garante presença na Exposição Nacional do Mangalarga Marchador

O secretário estadual de Agricultura (Seagri), engenheiro agrônomo, Eduardo Salles, confirmou que a Bahia estará presente na Exposição Nacional do Mangalarga Marchador, em Belo Horizonte, de 17 a 28 de julho deste ano, no Parque de Exposições da Gameleira. A afirmação foi feita durante visita do secretário à Expobahia (Semana Baiana do Cavalo), nesta quinta-feira (11), no Parque de Exposições de Salvador, quando se reuniu com os diretores da Associação de Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador da Bahia (ACCMMB), com a presença do presidente da Associação Brasileira de cavalos Mangalarga Marchador (ABCCMM), Magdi Shaat. No ano passado, a Bahia foi destaque na Exposição Nacional, em Belo Horizonte, quando montou pela primeira vez um estande, em localização estratégica, de onde centenas de criadores baianos tiveram visão privilegiada da pista de julgamentos. Elogiado por todas as demais associações brasileiras, a estrutura baiana teve o objetivo de divulgar a potencialidade do Estado nos 11 dias de exposição. Durante a reunião de trabalho realizada nesta quinta-feira, Salles discutiu ainda, a realização do Campeonato Brasileiro de Marcha Batida (CBM) e o Marchador Fest, evento considerado a solenidade de entrega do Oscar aos melhores criadores do ano, a realizar-se durante a Fenagro 2013, pela primeira vez. Sobre o Marchador Fest, evento que já acontece na Exposição Nacional do Mangalarga, o secretário informou que a Seagri deve analisar a viabilidade técnica para trazê-lo para Bahia. Para o presidente da ACCMMB, Hermann Abbehusen, o CBM é um dos maiores eventos da raça, onde cerca de 700 animais de criadores do Brasil inteiro devem disputar o prêmio de campeão brasileiro de marcha. A expectativa, afirma Hermann, é gerar cerca de R$ 3 milhões em negócios e fomentar a atividade durante a Fenagro. Quanto ao Marchador Fest, ele explica que se trata de uma grande festa do Mangalarga Marchador para os melhores criadores e expositores, bem como oportunidade de homenagear criadores antigos. Magdi Shaat, presidente da ABCCMM, falou da possibilidade em trazer a Exposição Nacional de Mangalarga para Bahia, em 2014, defendeu a realização da CBM e do Marchador Fest, visto que, o Estado é destaque no cenário nacional, ocupando o terceiro lugar no ranking de melhores criadores de Mangalarga do Brasil. “A Bahia é o Estado que mais cresce em associados e em desenvolvimento da raça. Essa evolução vem se intensificando e os resultados são as premiações que os baianos têm alcançado na exposição nacional”, afirmou. O secretario disse ao presidente Magdi que seria a realização de um grande sonho para os criadores baianos, a realização da exposição nacional em 2014, na Bahia, solicitação feita pelo governo do estado à ABCCMM. Exemplo de superação Depois de visitar a exposição e acompanhar o julgamento dos cavalos, Salles elogiou a organização da Expobahia, onde a pecuária mostra sua pujança, destacando que é um contraponto ao cenário apresentado pela agropecuária baiana, que atravessa um dos momentos mais difíceis com a seca prolongada. “A Expobahia é um exemplo da superação do pecuarista baiano, que mesmo com a dificuldade e a dimensão desta seca avassaladora, realiza um evento com estas proporções aqui na Bahia. Parabenizo os organizadores do evento por reunir criadores dos estados do Nordeste e do Brasil, mesmo com todas as dificuldades”. Salles percorreu o parque de exposições de Salvador em companhia de Magdi Shaat, presidente da ABCCMM, e da diretoria da ACCMMB, presidente Hermann Burgos Abbehusen, do vice-presidente, Paulo Magalhães Novoa, do tesoureiro, Mateus Braga, e do ex-presidente da ACCMMB, Maurício Odebrecht. Universo dos eqüinos A Expobahia, que a partir deste ano passa a ser chamada de Expobahia - Semana Baiana do Cavalo, é organizada pelo conjunto das associações de criadores de animais do Estado. O evento, iniciado no dia 9, vai até domingo (14). Representada pela Associação dos Criadores do Cavalo Mangalarga Machador da Bahia, a feira está expondo mais de 2,8 mil animais, entre eqüinos, com mil exemplares, bovinos (300), caprinos e ovinos (1,5 mil), além de pequenos animais. O destaque é a Exposição Brasileira de Cavalo Mangalarga, mas a programação incluiu provas desportivas e atividades destinadas a profissionais, amadores ou simples curiosos do mundo dos eqüinos. “A exposição brasileira é uma oportunidade que os criadores de Mangalarga têm de divulgar o seu plantel para todo País. É um evento com premiação de âmbito nacional, no qual serão julgados e avaliados cavalos de diversos estados”, explica o diretor da Associação Baiana de Criadores de Margalarga (ABCM), Antônio José Seabra. Em sua 13ª edição, a Expobahia pretende movimentar, aproximadamente, R$ 20 milhões em negócios, sendo R$ 8 milhões em vendas diretas de animais. Durante a feira, acontecerão seis leilões, envolvendo bois Nelore (única raça bovina presente este ano, por conta da seca que assola o Nordeste), cavalos Quarto de Milha, Mangalarga e Mangalarga Marchador, além de caprinos e ovinos.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Assentamento em Pojuca é exemplo de sucesso do crédito fundiário

(Pojuca - BA) – De trabalhadores da Fazenda Alvorada a donos da propriedade. Essa é a nova realidade de dezenas de famílias que organizaram a Associação Hortícola Riacho das Moças e, através do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), compraram a fazenda com 4% de juros ao ano, três anos de carência e 17 anos para pagar, com direito ainda a 40% de desconto nas prestações pagas em dia. A associação já antecipou o pagamento de duas parcelas. Além disso, coletivamente, as 15 famílias tiveram acesso a R$ 425 mil, não reembolsáveis, para investimentos em infraestrutura produtiva. Localizado no povoado de Guerreiro, em Pojuca, no Território de Identidade Agreste de Alagoinhas/litoral Norte, a associação de agricultores familiares, com diretoria formada quase que exclusivamente por mulheres (só um homem faz parte), desenvolve a horticultura em sete hectares, área que será estendida para 15 hectares. “Nossa produção é totalmente orgânica”, diz a presidente Maria José Santana, pedindo par ser chamada de Zeu, como é conhecida. Ela explicou que “vamos diversificar a produção, abrindo uma área de fruticultura, com ênfase nas culturas de banana e dos citros. A venda dos produtos é coletiva, mas a produção é individual. Cada família tem sua casa e área de cultivo. “Essa é uma experiência maravilhosa. Pessoas que trabalhavam na fazenda e tinham o desejo de ter a própria terra para cultivar, agora estão felizes realizando o sonho”, comentou o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, ao visitar o assentamento, acompanhado pelo coordenador de Desenvolvimento Agrário da Seagri (CDA), Luís Anselmo Pereira de Souza; pelo coordenador de Desenvolvimento Agrário da CDA, Nilo Ramos: e por Jeandro Ribeiro, diretor de Agregação de Valor da Superintendência de Agricultura Familiar da Seagri (Suaf). Ele disse ainda “esse é um exemplo de sucesso que deve ser seguindo em toda Bahia”. Um dos produtos do assentamento e comercializados nas feiras do município é a pimenta biquinho, cheirosa e gostosa, mas sem ardor, apresentadas em frascos com a marca “Sabor das Moças”. Essa produção artesanal será profissionalizada, conforme disse o secretário, autorizando a Suaf a implantar uma pequena agroindústria e buscar assessoramento do Sebrae para desenvolver a rotulagem e capacitação dos agricultores. Além de apoiar a industrialização da produção, a Seagri vai também viabilizar a certificação de produtos orgânicos, visando a agregação de valor dos produtos que atualmente não recebem mais por isso. Programa facilita aquisição da terra De acordo com Luís Anselmo Pereira, coordenador da CDA, o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), é um importante mecanismo para o avanço da agricultura familiar na Bahia. Trata-se, disse ele, de um programa do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), destinado aos trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra, organizados através de associações comunitárias, ou também a agricultores que decidem comprar um imóvel individualmente. “As famílias que participam do programa passam a ser assistidas pela Unidade Técnica Estadual da CDA e também com a rede de apoio formada por diversos parceiros prestadores de Assistência Técnica e Extensão Rural”, disse. O coordenador de Desenvolvimento Agrário da CDA, Nilo Ramos, disse que atualmente a coordenação está analisando 312 processos, envolvendo 9,5 mil famílias. “O PNCF é uma excelente ferramenta complementar de reforma agrária, através da compra dos imóveis rurais”, afirmou. Além de viabilizar a compra da terra, o financiamento contempla, com recursos não reembolsáveis, a construção da moradia, investimentos em infraestrutura, como energia, compra de trator e regularização ambiental, necessários para a produção familiar. O Programa apóia-se nos princípios da participação, controle social, transparência e descentralização. texto e fotos: Josalto Alves

Crediamigo supera R$ 2 bilhões aplicados no Estado da Bahia

Maior programa de microfinaças da América Latina alcança marca histórica com 372,3 mil empreendedores atendidos na Bahia
No mês de fevereiro de 2013 o programa Crediamigo atingiu a marca de R$ 2,077 bilhões aplicados no Estado da Bahia, um marco histórico. Foram 1,6 milhão de operações de empréstimo, beneficiando 372.397 empreendedores desde a implantação do programa na Bahia, em 1998. Por outro lado, a média de inadimplência nos últimos três anos girou em torno de 0,8%. Os resultados foram realizados pelas Gerências Regionais de Salvador e de Vitória da Conquista. “Trata-se de um resultado representativo da importância da Bahia no contexto do programa como um todo, e de uma nova etapa na atuação do Crediamigo no Estado”, definiu o gerente regional de Microfinanças do Banco do Nordeste em Salvador, Joaci Sabino Silva. “Estamos trabalhando fortemente para atingir os próximos R$ 2 bilhões em um menor espaço de tempo, sem perder a qualidade que caracteriza o Crediamigo”, completou. Resultados em 2013 Nos dois primeiros meses do ano, foram realizadas cerca de 56 mil operações, num montante de R$ 90,66 milhões aplicados. Atualmente o programa possui 171,4 mil clientes ativos com operações no valor médio de R$ 1.113,95. “Temos cumprido os objetivos do Governo Federal quando do lançamento do Programa Crescer, o qual teve como principal referência o próprio Crediamigo, na pulverização do crédito e no alcance aos empreendedores, formalizados ou não. Nossa parceria com o Governo do Estado da Bahia e com as prefeituras municipais nos tem permitido atingir estes números significativos e projetar um crescimento sustentável nos próximos anos”, conclui Joaci. Crediamigo O Crediamigo é o Programa de Microcrédito Produtivo Orientado do Banco do Nordeste que facilita o acesso ao crédito a milhares de empreendedores pertencentes aos setores informal ou formal da economia (microempresas, enquadradas como Microempreendedor Individual, Empresário Individual, Autônomo ou Sociedade Empresária). O Crediamigo faz parte do Crescer - Progama Nacional de Microcrédito do Governo Federal - uma das estratégias do Plano Brasil Sem Miséria para estimular a inclusão produtiva da população extremamente pobre. O Programa atua de maneira rápida e sem burocracia na concessão de créditos em grupo solidário ou individual. Grupo solidário consiste na união voluntária e espontânea de pessoas interessadas em obter o crédito, assumindo a responsabilidade conjunta no pagamento das prestações. A metodologia do aval solidário consolidou o Crediamigo como o maior programa de microcrédito do país, possibilitando o acesso ao crédito a empreendedores que não tinham acesso ao sistema financeiro. Associado ao crédito, o Crediamigo oferece aos empreendedores acompanhamento e orientação para melhor aplicação do recurso, a fim de integrá-los de maneira competitiva ao mercado. Além disso, o Programa de Microcrédito do Banco do Nordeste abre conta corrente para seus clientes, sem cobrar taxa de abertura e manutenção de conta, com o objetivo de facilitar o recebimento e movimentação do crédito.