segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Produtores de azeites prevêem escassez de matéria prima na Espanha; situação pode afetar o Brasil

A Federação da Indústria de Azeite da Espanha, país que mais exporta azeite no mundo, já alertou que prevê a escassez de 200 mil toneladas de matéria-prima neste ano. Fora do Brasil, o produto já está entre 20 e 60% mais caro nas prateleiras. O que explica a redução no consumo tradicional de 15,7% do azeite na dieta mediterrânea. Ao blog, Bernardo Pontes, diretor de vendas e marketing para a América Latina do Azeite Borges, destaca que este momento é crucial para testar se o Brasil conseguiu consolidar o consumo de azeites. “Chegou o momento de vermos se realmente o brasileiro incorporou o azeite de oliva em sua mesa. Os primeiros aumentos começam neste mês”. Pontes ressalta que a marca Borges apresentou no ano passado crescimento maior que 45%, em relação ao mesmo período, número que não se repetirá em 2013. “Quanto a 2013, os números ainda são uma incógnita. É tempo de sabermos quanto o consumo do azeite já está consolidado entre os brasileiros, já que a recente seca na região do mediterrâneo deve elevar o preço do produto ao consumidor”. O momento de falta de produtos pode prejudicar o processo de crescimento que as marcas de azeite vinham vivenciando no Brasil. Rita Bassi, relações públicas da Gallo, explica que a marca cresceu 20% no Brasil no ano passado. A marca continua crescendo no Brasil e também em outros mercados emergentes como Rússia, China e Angola. “No ano passado, lançamos nossa primeira campanha global nos mais de 40 mercados onde está presente. O consumo médio de azeite no Brasil ainda é baixo, com cerca de 300ml anuais per capita, enquanto em Portugal, por exemplo, este consumo é de 7 litros”, destaca Rita. Outra marca que vinha desenvolvendo um importante trabalho de crescimento é a Azeites Andorinha que agora prevê cautela. “A gente tem crescido sempre em media 25% dobro do mercado. O ano de 2013 será um pouco mais duvidoso, a matéria prima em falta e o real valorizado estão tornando o custo do azeite muito mais”, explica.

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