terça-feira, 20 de abril de 2010

Produção de florestas pode ser o grande negócio dos próximos anos

Produção de florestas pode ser o grande negócio dos próximos anos, dizem especialistas: no Norte de Minas os produtores já podem procurar o BNB para obter financiamentos.


Valéria Esteves

Especialistas do agronegócio dizem que produção de florestas pode ser o negócio dos próximos anos. Tendo em vista o crescimento do setor de decoração e a procura por casas e propriedades rurais que levam postes de eucalipto entre outras árvores, produtores já vislumbram um bom rendimento com a produção de florestas. Esse tema será debatido durante o II Agrinvest, seminário internacional de negociações estratégicas, organizado pela Epamig- Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais e universidade federal de Viçosa.




Com a visão de plantar florestas e ainda aproveitar o espaçamento que fica entre as plantas, o produtor pode ter outras culturas dentro da mesma área. Haverá dentro da programação do II Agrinvest uma rodada de negócios sobre gestão de florestas. A rodada vai contemplar uma visão empresarial e científica da gestão de florestas e de produtos da madeira como fonte de geração de novos negócios.

O professor do departamento de economia rural da Universidade federal de viçosa será o coordenador Aziz Galvão da Silva Júnior, sendo que a rodada terá os participantes, Votorantim celulose e papel, Aracruz celulose, Italmagnésio Nordeste, Sebrae, reflorestadora Alto Jequitinhonha - Refloralje, Banif- Banco internacional do Funchal.

O plantio de florestas é uma alternativa contra o desmatamento, já que o eucalipto é apropriado para a feitura de carvão vegetal.
No Norte de Minas o BNB- Banco do Nordeste tem investido no setor contando com o deslanchar da produção, que na visão de especialistas tem grandes chances de ser uma das atividades de mais rentabilidade nos próximos anos.

Segundo informou a assessoria de imprensa do banco do Nordeste para os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a linha de crédito FNE verde- Fundo constitucional de financiamento do Nordeste - Programa de financiamento à conservação e controle do meio ambiente, financiou R$ 8,7 milhões com reflorestamento. Com o Pronaf- Floresta- Programa nacional de agricultura foram mais R$ 46 mil. No ano passado foram investidos no total R$ 62,2 milhões. A demanda têm sido crescente por conta da grande procura das siderúrgicas por financiamentos de projetos de reflorestamento para abastecer seus fornos com carvão vegetal.

FINANCIAMENTO

Conforme conta o superintendente Nilo Meira, os projetos a serem contemplados pelo BNB são de
manejo florestal e de reflorestamento, incluindo elaboração do projeto, itens agronômicos vinculados à sua implantação, custos de assessoria empresarial e técnica na fase de implantação, aquisição de mudas, adubos e fertilizantes. Dentre as espécies passíveis de financiamento, destacam-se: pinus sp, eucalyptus sp, frutíferas, espécies nativas e outras.

A assessoria conta também que a linha de crédito é destinada a produtores rurais atuando isoladamente ou, preferencialmente, em projetos produtivos integrados e recuperação de áreas degradadas, empresas com projeto de implantação ou expansão de áreas de reflorestamento.

Os juros são de 6% anuais para pequenos produtores, suas cooperativas e associações, 8,75% anuais para pequenos e médios produtores, suas cooperativas e associações. Para grandes produtores, suas cooperativas e associações, 10,75%. Para os outros setores, 8,75% ao ano para microempresa e
10% a.a. para pequena empresa entre outros que podem ser confirmados nas agências do banco.

- O Norte de Minas e o Vale do Jequitinhonha apresentam áreas propícias para o cultivo de florestas plantadas, principalmente o eucalipto. Para o apoio a essa atividade o BNB dispõe de linha de financiamento específica e sem igual no país, com encargos financeiros diferenciados, além de prazo compatível com o ciclo da cultura. Várias operações já foram contratadas e muitas outras estão em andamento e com certeza esse apoio repercutirá no índice de desenvolvimento regional, gerando mais e emprego e renda para os municípios envolvidos na atividade, conclui Nilo.

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