segunda-feira, 19 de abril de 2010

Troca de tecnologia: Dia de campo leva conhecimento para o produtor rural

Valéria Esteves

O dia de campo da uva em Mocambinho, Projeto Jaíba atraiu produtores e estudantes. Mas foram os sócios da Cooperativa de crédito rural acompanhados pelo Sebrae que estavam afoitos para saber como funcionam as pesquisas com relação às bananeiras.




Segundo Orlando Resende, membro do grupo de 11 sócios da cooperativa diz que são produzidas cerca de 35 toneladas de banana por hectare em Almenara, onde atuam. Hoje utilizam uma área equivalente a 210 hectares, sendo que devem arrendar outros 180 hectares para aumentar a produção.

Uma média de 35 pessoas entre eles empresários, produtores rurais, e outros profissionais resolveram sair de Almenara para conhecer como funciona a cadeia produtiva da banana em Janaúba e no Projeto Jaíba. Visitaram a Abanorte - Associação dos bananicultores do Norte de Minas Gerais, Epamig - Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais o Distrito de Irrigação e alguns bananais.

O custo com a produção de banana-prata em Almenara fica em torno de R$ 8 por caixa, sendo que o termômetro da cotação de preço nessa cidade se baseia na cotação de Janaúba.

Em dois anos de atividade a Cooperativa de crédito rural tem obtido êxito, isso porque os sócios, muitos deles empresários, produtores rurais, administradores querem tornar o negócio rentável, o que não acontece em alguns perímetros irrigados por fatores diversos.

- Viemos ao Norte de Minas com a proposta de aprender tecnologias novas para investir com segurança. E o Sebrae, a Epamig e empresas que trabalham com irrigação podem nos orientar a melhor investir em nossa produção.

Apesar do problema com a infraestrutura das estradas, uma das dificuldades para escoar a produção de banana, a Cooperativa acredita que o Pró-acesso vai resolver o impasse. Hoje a entidade comercializa seu produto com o Rio de Janeiro, mas a intenção é fazer negócios com outras praças como a de Salvador entre outros.

Quem credia a cooperativa são instituições como a Credivag, banco do Nordeste e banco do Brasil. A intenção é que o grupo hoje formado por 11 pessoas chegue a 20 nos próximos tempos.

DIA DE CAMPO

Os pesquisadores da Epamig apresentaram ao público como as pesquisas podem ajudar o produtor na hora de escolher a melhor uva para se plantar e principalmente como proceder na hora do manejo.

O Brasil produziu, em 2002, cerca de 1.120 mil toneladas de uvas, sendo 53,4% para consumo in natura. O consumo de uva de mesa no Brasil situou-se em 3,42 quilos per capita.

Segundo informações da Embrapa o Estado de São Paulo é o principal produtor de uvas de mesa, participando com cerca de 20% da área e da produção nacional. Quase que a totalidade da área plantada no Estado (12.152 hectares, em 2002) destina-se à produção de uva de mesa. Dados do IEA e CATI situam a safra 2002/2003 com produção de 176,7 milhões de quilos de uva, sendo 88,9 milhões de uvas finas, 84,3 milhões de quilos de comum para mesa e 3,3 milhões de uva para a indústria. Esta produção é realizada, normalmente, por pequenos produtores. A uva Niágara Rosada é destinada exclusivamente para o mercado interno, onde tem grande aceitação.

Várias qualidades de uvas estão sendo estudadas na Epamig, inclusive as apirênicas, - sem sementes. No Dia de Campo foi mostrado como as uvas podem sofrer reações quanto a adubação e como deve ser feito o controle de adubação e irrigação. Mais informações podem ser obtidas no centro tecnológico em Nova Porteirinha.

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