Valéria Esteves
Epamig- Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais vai ao supermercado fazer avaliação e verificar qual a aceitação do consumidor quanto às novas variedades de banana passíveis de substituir a banana prata no mercado. As variedades apresentadas ao público do supermercado Villefort em Montes Claros nessa terça-feira foram a Tropical, PA 4244 e a Thap-Maeo. Na oportunidade várias pessoas foram questionadas sobre a textura, sabor, acidez e outros requisitos encontrados nessas novas variedades que são produzidas sem o uso de agrotóxicos. A maioria dos entrevistados achou que a variedade Tropical foi a que mais se adequaria ao paladar dos consumidores e aceitariam pagar mais por um produto que preserva o meio ambiente e ainda contribui significativamente para a saúde.
A pergunta a que a Empresa de Pesquisa Agropecuária gostaria de saber é: qual das três variedades tem melhor qualidade e se o consumidor está interessado em obter um produto que não prejudica o meio ambiente ou consumir um produto que tem menor valor de mercado?- Essa indagação é do gerente da Epamig, Marco Antônio Viana Leite que informou também que essa mesma avaliação será feita em Belo Horizonte nessa quinta-feira e sexta-feira em estabelecimentos como o Carrefour, Villefort entre outros.
Nas pesquisas as pessoas estavam gostando mais da Tropical e da PA 4244 (foto: Valéria Esteves)
Para Odete Pereira de Oliveira a banana prata ainda a agrada muito, mas tendo em vista, o não uso de substâncias químicas, vale levar para casa novas variedades. E como diria o provérbio gosto todo mundo tem o seu e não foi diferente com Silvana Lopes Silva e Graiciele de Carvalho Maia. Elas experimentaram as três variedades e as opiniões foram diferentes. Silvana preferiu a PA 4244 por acreditar que nela há maior presença de doce, maciez e menor acidez. Já Graiciele preferiu a Tropical pelos mesmos motivos. Mas o que elas têm em comum é que pagariam mais caro por um produto 100% saudável.
- Economizar na compra pode acabar comprometendo minha saúde mais tarde. Então prefiro pagar mais e não pagar um preço maior ainda com problemas de saúde por causa da ingestão de agrotóxico nas bananas que costumamos comprar por aí, diz Graiciele.
Mercado
As praças compradoras da banana da região são: Rio de Janeiro, Distrito Federal, Belo Horizonte, e São Paulo; sendo que nos últimos dias a cotação da caixa chegou a custar R$ 15. Cerca de 80% do produto regional segue rumo a essas praças comercializadoras. A reclamação dos produtores é quanto ao alto custo de produção e as possíveis doenças que a bananeira pode atrair.
Conforme informações da Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais novas variedades de banana estão sendo pesquisadas e novas serão apresentadas nos próximos meses. Com está acontecendo nesse período nas grandes cidades de Minas. Problemas como a sigatoka negra, mal do panamá entre outros são constantes de pesquisa da Epamig e da Unimontes.
Além da Abanorte no Norte de Minas há outras associações espalhadas pelo interior de Minas Gerais querendo se firmar na produção de bananas. Um exemplo claro disso é a mobilização da Alfa- Frutas de Almenara, Vale do Jequitinhonha.
Em uma de nossas edições quando publicamos as ações do dia de campo da uva na Empresa de pesquisa Agropecuária relatamos o percurso de empresários e produtores rurais de Almenara que montaram uma cooperativa de crédito para plantar banana.
Vale lembrar que várias cooperativas e associações estão se estruturando para serem competitivos e encarar de frente as exigências de importação e exportação. Mesmo dentro do território nacional ainda é possível entrar e comercializar produtos como a banana, o limão, entre outras frutas, e manter-se fiel, ou pelo menos constante, em determinadas praças do Brasil.
Essa, inclusive, tem sido a estratégia dos sócios da Alfa-Frutas - Associação Comunitária dos produtores de Fruticultura Irrigada de Almenara/MG e ASPFIJE -Associação dos Produtores de Fruticultura Irrigada de Jequitinhonha. Nos último ano cerca de 35 empresários e produtores rurais vieram ao Norte de Minas saber de instituições como a Abanorte - Associação dos bananicultores do Norte de Minas Gerais, Epamig - Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais e Distrito de Irrigação do Projeto Jaíba quais são as tecnologias aplicadas à produção da bananeira na região. O grupo veio acompanhado pelo Sebrae e estava afoito para saber como funcionam as pesquisas com relação às bananeiras.
No último ano a Abanorte participou de feira na Europa, onde foi possível apresentar àquele mercado as variedades de bananas desenvolvidas pela Epamig. Na oportunidade a variedade Tropical agradou o paladar dos visitantes.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário