segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pesquisa do ETENE projeta aumento de 6,9% para o PIB do Nordeste em 2010

Trabalho indica bom desempenho da economia nordestina, com destaque para os estados do Ceará e Maranhão


O Banco do Nordeste, por meio do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), elaborou pesquisa sobre conjuntura econômica, que projeta aumento de 6,8% para o PIB do Brasil e de 6,9% para o do Nordeste, em 2010. O resultado do trabalho está à disposição dos interessados no site do BNB (www.bnb.gov.br), no caminho Etene-Publicações Editadas.
A pesquisa mensal baseia-se no panorama observado no primeiro quadrimestre, cujos indicadores apontam para um bom desempenho da economia nordestina, com destaque para os estados do Ceará e Maranhão. No período, o nível do crescimento regional superou a média nacional, exceto no caso da produção industrial e de grãos. Entre janeiro e abril, por exemplo, as exportações regionais atingiram US$ 5,3 bilhões, com incremento de 57% sobre o mesmo período de 2009, o dobro da média nacional. Já as importações alcançaram US$ 5,2 bilhões, avanço de 41,8%.
Agricultura e indústria - A safra regional pode chegar a 12,6 milhões de toneladas, 7,6% a mais que a anterior, contra 8,7% previstos na safra nacional. A produção menor de alguns estados (PI, AL, PB, RN e PE), prejudicada pela escassez de chuvas, foi compensada pelo bom desempenho dos principais produtores de grãos da região: Bahia (+9,9%), Maranhão (+14%) e Ceará (+20%).
A expansão da indústria nordestina em abril, de 20,5% sobre igual mês de 2009, foi a maior desde maio de 1996. No acumulado do ano, o avanço foi de 13,7%, um pouco abaixo do agregado nacional (18%), sobressaindo-se os setores de metalurgia básica (29,1%), calçados e artigos de couro (23,5%) e refino de petróleo e álcool (21,6%).
Crédito e comércio - O volume de vendas do comércio varejista ampliado do Nordeste, no primeiro trimestre, cresceu dois pontos percentuais acima do país como um todo (17,5% contra 15,5%), reflexo das melhorias nos níveis de emprego, massa salarial, volume de crédito e na desoneração fiscal sobre vários produtos. Em termos espaciais, os melhores desempenhos ocorreram no Ceará (23%), Piauí (19,3%), Paraíba (18,6%) e Bahia (17,3%).
Quanto ao crédito, o volume de operações atingiu R$ 151,1 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 33,2% no trimestre, quase o dobro da expansão nacional (16,8%).
Já a arrecadação de tributos federais subiu 25,7% no quadrimestre, para R$ 12 bilhões. Em âmbito nacional aumentou 19,4% tomando como parâmetro o mesmo período de 2009. Por sua vez, a arrecadação do ICMS alcançou R$ 9,4 bilhões, 18,7% a mais sobre o primeiro trimestre de 2009 (17,2% em âmbito nacional).
Trabalho - Entre janeiro e abril, o mercado de trabalho formal se recuperou na região registrando saldo positivo de 30 mil novas oportunidades (admissões menos desligamentos). Vale lembrar no mesmo período, em 2009, haviam sido eliminados 105,8 mil postos de trabalho, em função da crise global. No mesmo intervalo, houve queda nas taxas de desocupação nas regiões metropolitanas de Salvador (1,2 ponto percentual) e Recife (1,5 p.p).

Avicultura é sensação de empreendedorismo na 28º EXPOBARREIRAS




Quem visitou a feira pode ainda apreciar a beleza do artesanato regional

Durante os dias 4 a 11 de julho, o oeste baiano foi novamente o centro das atenções coma realização da 28º EXPOBARREIRAS. Cerca de 200 expositores divulgaram seus produtos e serviços como, por exemplo, instituições financeiras, indústrias, concessionárias e revendedoras de máquinas e implementos agrícolas. Considerada a maior feira agropecuária do interior da Bahia, a EXPOBARREIRAS também contou com a realização de leilões de animais e exposição de produtos oriundos da agricultura familiar, movimentando negócios na ordem de R$ R$ 80 milhões. Desde sua 27º edição a Prefeitura de Barreiras tem dado atenção especial aos agricultores familiares de toda região, disponibilizando espaço para comercialização de seus produtos que, por sinal, bastante diversificada, variando desde a criação de pequenos animais a produção de hortaliças, legumes e o artesanato.
Artesãos do município de Barra, por exemplo, localizado às margens do Rio São Francisco, e considerado referência na produção de artesanato na Bahia, conquistando mercados no Brasil e fora do país devido a qualidade de seus trabalhos, puderam expor seus trabalhos primorosos feitos da cerâmica, couro e palha de buriti. Mil produtores da agricultura familiar puderam expor seus produtos nesta edição da exposição.

A avicultura, entretanto, foi o grande destaque da feira. Um acordo de parceria foi firmado entre o Banco do Nordeste e a Avícola Barreiras, conhecida por seu nome fantasia, Frango de Ouro, para o desenvolvimento da avicultura na zona rural do município. O acordo prevê o financiamento dos produtores por parte do BNB e o fornecimento de insumos, matéria prima e assistência técnica por parte da avícola, além da compra dos animais será garantida pela mesma. Para a expansão da avicultura estão previstas a construção de três módulos de produção aviária, totalmente automatizados, com capacidade para 25 mil aves, através dos recursos do fundo de aval do município. A prefeitura disponibilizará R$75 mil incorporados ao restante do financiamento do Banco do Nordeste para apoio aos produtores.

“Estamos aqui, juntando a força, a capacidade e as expertises de cada um. Com a assinatura desse acordo, damos o pontapé inicial para alavancar a avicultura do oeste baiano. Para nós do Banco do Nordeste, hoje é dia de uma imensa alegria”, declarou o superintendente estadual do BNB em exercício, João de Castro.

Nivaldo Evangelista Neves, Diretor da avícola, destacou: “este é o dia da realização de um sonho abraçado pelo Banco do Nordeste, Prefeitura de Barreiras e produtores da região, onde poderemos garantir o sucesso do nosso empreendimento através da sustentabilidade econômica dos próprios produtores do município”. Segundo Nivaldo, cem pequenos produtores já estão cadastrados para a produção de frangos de corte.

Na oportunidade também foi instalado a governança da avicultura empresarial, fruto do Programa Nordeste Territorial do BNB, que conta com a parceria da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Universidade Estadual da Bahia (UNEB), Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Secretária de Desenvolvimento Econômico e Agronegócios de Barreiras e SEBRAE. A governança realizará reuniões bimestrais para discutir as dificuldades e apresentar soluções para o setor, com agenda de compromissos formalizada em todos os encontros.

O evento também contou com palestras sobre linhas de crédito, reflorestamento, associativismo e cooperativismo e destaque para as discussões sobre o planejamento para integração econômica da região do Vale do São Francisco com o Cerrado com foco na agricultura familiar e pecuária.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

“Negócios são negócios”

As voltas que o mundo dá


Usina experimental de Etanol autosustentável

Hoje vou falar de nossas parcerias. Destas que o nosso governo tem feito anos a fio com a saudosa hóspede da Copa do mundo de 2010, a África.
Não é de hoje que as parcerias entre Brasil & África acontecem. Sem querer lembrar, e já lembrando outrora quando os navios negreiros vinham apinhados de africanos para fazer de nossa terra o que ela é na atualidade, (mesmo sendo uma herança de uma parceria forçada) trazemos conosco aquele leve banzo de um justo caminhar de linguagem, e neste caso, politicamente abrasado, foi um dos pretextos para nos unir a quem quer inserir a língua portuguesa aos poucos ao seu convívio.
De viagem em viagem alguns punhados de ética e solidariedade se perdem ou se reconquistam rapidamente. Olha só o caso de Guiné Equatorial. Melhor pronunciar direito, já que aqui a parceria é num primeiro momento de apoio e unificação das Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), caros leitores. Não foi isso que declarou o governo brasileiro?
República Guiné Equatorial. Mais um país a que o Brasil quer expandir seu “mundo” de negócios, mesmo diante de uma nação cansada de autoritarismo, mas que almeja quem sabe, um novo alvorecer com a chegada de novos empreendimentos, formas novas de gerar riquezas a quem nunca teve alguma, senão a própria existência. Quem sabe! Isso não vale é claro para o mandatário mor de Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, que é suspeito de enriquecer a custa de dinheiro do povo, mantendo-se no cargo de presidente daquele país há 31 anos. Barbaridade, mas isso é verdadeiro.

Tem passaporte livre. Pelo que tenho lido nas críticas na internet e nas outras mídias, notei que muitos especialistas apostam que o apoio do Brasil ao pleito da Guiné Equatorial de entrar como membro pleno para a CPLP tem a ver com o petróleo.
De acordo com Nsue Ondo, citado pela agência noticiosa angolana Angop, a entrada da Guiné Equatorial conduzirá ao ensino do português naquele país da África Ocidental, sensivelmente com o mesmo tamanho que a Guiné-Bissau, mas com uma exportação de petróleo por habitante semelhante à do Kuwait.
Enquanto isso, o ministro das Relações Internacionais Celso Amorim, foi curto e grosso. Como quem quer dar logo o recado e concluir; não interessa se o governo deste país escraviza as pessoas, queremos é fazer negócios. Olha só a fala real do ministro em resposta às críticas em relação a esta aproximação “negócios são negócios”.
Dizem que no amor e na guerra é válido o uso de todas as armas. E na política então, sem comentários. Piadas a parte, não posso deixar de elogiar algumas parcerias do Brasil com a África a que tenho o orgulho de noticiar, como bem fiz ainda em 2006, quando repórter no jornal O Norte de Minas onde publiquei a matéria “Epamig firma parceria enviando mudas de morangueiro para a Angola” http://www.onorte.net/noticias.php?id=3190.
Na época vários consultores estavam eufóricos no Norte de Minas porque haviam assinado junto ao governo de Angola um contrato que estabelecia que eles trabalhassem na recuperação da agricultura daquele país, castigado por tanto tempo pela guerra.
No caso desta matéria em especial, a Empresa de pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) havia desenvolvido mudas geneticamente apropriadas de morangueiros que se adaptariam com facilidade ao clima quente de Angola. Cerca de 30 mil mudas seguiram viagem.
Sem contar que em uma área empresarial no Projeto Jaíba, maior projeto de irrigação da América Latina, empresários estavam, ainda em 2007 a 2008, construindo uma usina auto suficiente que produzia biodiesel a partir do bagaço do pinhão manso, mamona e cana de açúcar, salvo engano. A novidade é que estavam construindo de maneira que aproveitasse as oleaginosas que se produzia ao redor da usina, num sentido de promover energia renovável para um país como Angola, que tem sede de mudança. Chega de guerra. Abaixo o autoritarismo. Ah! A usina que estavam construindo é compacta, como bem explicaram os empresários. Fácil de transportar pelo que entendi. É ou não uma parceria bacana.

terça-feira, 6 de julho de 2010

O grito da Argentina

O tango das importações que só crescem


Mal um grupo de ministros brasileiros deixou o solo Argentino e o Secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno começou a esbravejar. Tratou logo de se reunir com empresários para acertar de uma vez por todas, essa coisa preocupante de nome IMPORTAÇÕES, que só em maio, cresceu 72%, enquanto no mesmo comparativo as exportações subiram apenas 25%. É ou não, a hora de gritar. Basta Thê! Entonces, lá foi o secretário Moreno entrar em ação e dar a ordem. “Só pode importar quem exportar e em proporções iguais”. Se isso for uma ameaça caros leitores quem está ameaçado? Fica aqui a pergunta, diante de uma economia que se encontra de pernas bambas como a da Argentina, mas com um leve poder de barganha. A intenção da ordem é evitar a redução do superávit comercial e a consequente pressão sobre o câmbio.
"Devem exportar o mesmo valor que importam, caso contrário, não poderão importar", disse Moreno em algumas das reuniões que têm realizado com empresários, conforme relato de fontes ligadas à Câmara de Importadores (Cira). Não há uma norma que formalize as restrições às importações locais. Trata-se de um controle administrativo aplicado na aduana para que o produto não entre no país.
A advertência
Conforme informações da DCI, a advertência de Moreno ocorreu apenas um dia depois de participar da reunião entre os ministros brasileiros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, com os ministros argentinos da Economia, Amado Boudou, e da Indústria, Débora Giorgi, na quinta-feira. Foi a primeira vez que o secretário participou de um encontro bilateral.
Moeda local
Os alimentos do Brasil vão poder entrar no país, mas os importadores vão ter de usar o Sistema de Moedas Locais, ou seja, pesos e reais, para o intercâmbio comercial. "Não querem [os funcionários] que o mercado de câmbio esteja inundado de dólares. Para nós, não há problema porque não muda nada realizar as operações em pesos, reais ou dólares", disse uma das fontes.
O setor de autopeças também recebeu a orientação de importar peças do Brasil usando o SML, criado em outubro de 2008 para eliminar o dólar das transações comerciais. Mas o Brasil não é o único a sofrer as barreiras. Tanto que o porta-voz da União Europeia, John Clancy, acusou a Argentina de aplicar medidas protecionistas e pediu que o governo "deixe imediatamente de bloquear" as importações europeias. "Estamos muito preocupados porque a situação atual está tendo um impacto negativo em algumas exportações de produtos comestíveis da União Europeia", disse Clancy às agências internacionais.
Ao que se passa esse tango ainda será dançado por muita gente. E como nem dólar nem euro estão com esta bola toda, entonces guarda-te Hermano. Vemos-nos no próximo capítulo.

sábado, 3 de julho de 2010

Feliz aniversário Montes Claros!

Hoje é seu dia Princesa


Ai como sinto saudades das festas de agosto, daqui a pouco vindouras nas terras de minha inesquecível Montes Claros. Terra de amor meu, que viu ouviu e viveu meu amor, e minha dor. Ai que saudade Montes Claros. Te conheci ainda nos meus áureos 14 aninhos, bem tímida. Menina da roça como diziam meus amigos. Cheguei me aportei e desde então, passei a fazer e me considerar uma montes clarense, já que dos 14 anos pra frente foram vividos e experimentados nos doces ares de Moc.

De tudo me lembro Montes Claros, dos bons passos que dei na vida, especialmente quando sai lá de minha pequena terra em Jaíba para outrora começar uma nova vida. Estudei, e como, trabalhei e conheci um amor que nem mineiro é, que coisa. Só Montes Claros pra me dar tantos presentes.
Em seu aniversário minha cara todo o meu respeito por este povo que nele me incluo, é sertanejo, norte mineiro de berço e de razão.
Que seus campos nunca parem de frutificar, nem as toadas dos catopês nunca parem de alegrar essa gente que faz a vida ser mais gostosa de apreciar.
Vou imitar o poeta que disse um dia e que vingou: Montes Claros, Montes Claros,

Terra de grande beleza
Começou no Arraial de Formigas,
Transformou numa linda princesa.
Quero viver muito para comemorar de onde estiver, em todo dia 03 de julho seu aniversário!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sem devaneios e de olho nas exportações de frutas

No embalado das crises, assim caminha a humanidade. Em 2008 nos Estados Unidos e em 2010 na Grécia prejudicando o bloco da União Européia, nosso fiel comprador de produtos in natura, está digamos que, "sufocado", mas, ao que tudo indica as exportações de frutas não se abalaram. Verdade ou mentira. Verdade e conseqüência podem ser verbetes apropriados a serem usados nestes meandros de picos altos em que o Brasil se apresenta sem grandes perdas na hora de bater o martelo e concluir sua remessa de ganhos na hora da soma nas exportações. O ano de 2008 foi o ano bom para as commodities, e péssimo para todos os outros negócios, afirmaram os especialistas. Pois bem, nem mesmo a crise que não tem deixado dormir a maior parte das lideranças do bloco que se diz a economia mais sólida do mundo, não agüentou a desordem da Grécia e começou a pedir socorro. Será que estaríamos aí com uma nova chance de vender mais commodities com em 2008, no auge da crise dos Estados Unidos?

Vale lembrar que de longe, como bem enfatizou o diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, a UE é o maior cliente do Brasil quanto a comprar mais produtos. Em conversa com a reportagem do blog Brincadeira Tem Hora, Sampaio disse ainda, que a crise do bloco europeu em nada alterou as somas das exportações nacionais até o momento; visto que, de janeiro a maio deste ano, as mesmas alcançaram a marca de 9% sem registro de queda.
Os números apresentados pelo Ministério da Agricultura dão conta de que, as exportações de frutas para a União Européia variaram de 2007 a 2009 respectivamente, em aproximadamente R$183 milhões, R$209 milhões em 2008, ano da crise que afetou a economia mundial, e R$165 milhões no ano passado.

De acordo com Sampaio, as exportações brasileiras de frutas movimentam, hoje, cerca de R$ 1 bilhão por ano. “Mas, o país tem potencial para um faturamento muito maior, pois produz frutas de qualidade, principalmente, em áreas irrigadas de regiões de clima tropical como nos perímetros irrigados que tem muito a expandir no Norte de Minas, Ceará, Paraíba e outros,” defende.
Afirma que, atualmente, as frutas exportadas pelo país em maiores volumes são uva, manga, melão e limão. Mas, que existem condições favoráveis para a venda de outras frutas para o mercado externo, como é o caso da banana. Além disso, acrescenta: os empresários que exportam dizem que há novos mercados sinalizando positivamente em receber os frutos produzidos no Brasil, a exemplo de países como a Rússia e outros no Oriente Médio, mas devido a problemas com logística as negociações não fecham.
O Brasil também enfrenta algumas dificuldades em exportar para os EUA por causa das exigências fitossanitárias, muito embora alguns produtos sofram menos pressões com essas barreiras, o comércio está prejudicado; ainda é preciso estudar com os exportadores todas as informações necessárias. Tudo isso, para não faltar moeda de troca na hora de fazer negócio.
Um fato não muito animador foi saber que o Brasil participa muito pouco do mercado internacional de frutas. “O mercado mundial da banana movimenta cerca de US$ 10,5 bilhões por ano e o Brasil alcança somente 0,5% desse mercado. Já a venda da uva movimenta US$ 3,5 bilhões por ano no mundo, com uma participação brasileira de 3,5%”, observa Eduardo Sampaio.



Ele ressalta que, para exportar, os produtores deverão se organizar por intermédio de cooperativas ou consórcios. Assim, terão condições de negociar com os compradores, firmar contratos com outros países. Também deverão cuidar de outros aspectos como a logística parar levar as mercadorias até os portos ou aeroportos e cumprir prazos e garantir a entrega das quantidades previstas nos contratos.
Em contrapartida Sampaio revelou que a exportação de castanha de caju é a maior no ranking nacional e representou um total de R$ 232 milhões arrecadados com sua comercialização no ano passado.


Para finalizar Sampaio disse que se o exportador quiser crescer terá que sair da comodidade de comercializar apenas para o mercado interno, perder o medo e enfrentar o câmbio, apesar de ele está nesses últimos tempos com a cotação em baixa no mercado externo. Prejuízo acredita que o exportador não deva ter tido muito, porque senão teria ampliado seus horizontes e seguiria para a exportação com afinco.
“Tivemos uma redução na oferta de frutas no mercado externo, e, por conseguinte, a oferta de preço do mercado interno ficou mais interessante.
O segundo caso analisado pelo representante do Ministério da Agricultura é que em alguns casos o exportador não tem acesso a determinados mercados interessantes, caso dos EUA, por exemplo, por causa de certas imposições das barreiras fitossanitárias e problemas de logística, e enfim; problemas com a variação do câmbio também, finaliza.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Fome de desenvolvimento


Você tem fome de que?

As cidades que nascem com fome de desenvolvimento são quase sempre celeiro de campos cheios. Assim como Brasília poderia citar aqui milhares de cidades do território nacional que foram criadas com o intuito de dar certo, agregar valor a várias atividades econômicas, e ainda ser um bom lugar para se viver à medida que fosse crescendo. Belo Horizonte por sinal tem em sua história essa peculiaridade. O lendário curral Del rei. Tudo bem, mas vamos romper.
Citarei aqui Tocantins que cresceu bastante deu certo e várias vertentes despontaram no cenário como o agronegócio, engenharia entre outros. Há de se lembrar que Tocantins e circunvizinhos formam hoje com Luiz Eduardo Magalhães, cidade localizada no Oeste da Bahia, um dos maiores pólos de cultivo de grãos do Brasil.
Por outro lado, em Minas Gerais, muita coisa fluiu não só no eixo da pecuária, mineração, extração do ferro, ou na indústria que tem mantido saldos positivos nos últimos anos. Mesmo assim, a agricultura sempre presente continua a imperar nos coeficientes comuns na maioria das regiões mineiras. Os projetos de irrigação do Gorutuba, localizado em Janaúba, Pirapora e Jaíba, todos no Norte de Minas Gerais, por exemplo, ainda caminha “devagar” rumo a um caminho de sucesso (vale a ressalva), visto que, depois de mais de 25 anos de criação muito se investiu e pouco de gestão se impôs nas atividades exploradas, há de salientar. Hoje que a situação mudou e tinha que mudar. O modo de pensar dos produtores tanto quanto a chegada de novos investidores a estes locais têm alterado a paisagem dos campos daquela região. Bom para Minas. Bom para o Brasil. Ganhamos todos.
Aqui na Bahia um lugar que cresce e tem apenas 10 anos de idade é Luiz Eduardo Magalhães. Impressionante. E olha minha gente, é de se admirar o quanto esta cidade que já tem uma média de 66 mil habitantes, e, diga-se de passagem, todos misturados, mineiros, gaúchos, paranaenses, sul mato grossenses, paulistas, baianos, cariocas, e por aí vai; investem com coragem na produção de grãos. Arroz, milho, soja, algodão, gergelim, feijão alguns poucos gados, café (como não) e outros grãos que ainda não dei conta de contar são as pupilas do senhor reitor aqui do Nordeste.
Conforme informações divulgadas pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), o oeste baiano apresentou a maior safra de soja de sua história, batendo recordes de produção e produtividade. A produção do grão, pela primeira vez, alcançou a marca de três milhões de toneladas, registrando o volume recorde de 3.213 milhões de toneladas, 28% a mais do que a safra passada, que foi de 2,5 milhões de toneladas. O milho também bateu recordes, com a colheita de 1,4 milhão de toneladas nesta safra, 1,4% a mais que na anterior. Os números foram apurados pelo Conselho Técnico da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). As condições climáticas favoráveis contribuíram para o aumento da produção de soja do oeste da Bahia.

Outro destaque é a área plantada de soja na região oeste, que cresceu 6,8%, passando de 982 mil para 1,05 milhão de hectares. A produtividade do grão também apresentou aumento, saltando de 42,5 para 51 sacas de 60 quilos por hectare. O milho também teve produtividade maior, apesar da área plantada ter sido reduzida de 180 para 170 mil hectares.


É muita riqueza fixada em commodities que podem ganhar o mundo em outras formas. E é por isso que vale a pena dizer, ver e ouvir o entusiasmo dos produtores que almejam baseados em tecnologia, chegar com proeza e sorrateiros aos mercados das potências internacionais com nosso café gourmet totalmente produzido, e por fim embalado; todo certinho partindo daqui, das terras verdes amarelo à mesa de algum norte americano ou daquele senhor europeu que precisa muito de um café de verdade para curar o cansaço de tanto ter que contar notas verdes ou sei lá que cor que valha mais que o real.
Sentiu inveja?- Este é o “REAL” pecado capital. Então, coma com sustança, e nos dê bonança com sua comilança!

Valéria Esteves
Jornalista