Valéria Esteves
Produção de sementes de hortaliça cresce a cada ano no Brasil e no Norte de Minas. Segundo informações da Isla sementes, sua marca alcançou 74% das vendas da empresa no ano passado, sendo elas realizadas dentro do Brasil.
Apenas 26% das vendas foram de sementes importadas. O resultado segue a trajetória ascendente da participação de sementes de produção nacional na comparação com a importada. Nos últimos oito anos, essa relação cresceu 40%.
O número de cultivares que a Isla consegue produzir no Brasil também subiu. Em 1985, a Isla produzia 25 cultivares. Hoje, das 389 cultivares do seu catálogo, já consegue produzir no país 228.
A necessidade de importação vem diminuindo a cada ano graças ao projeto da Isla de buscar a auto-suficiência. Com esse projeto, segundo informações da assessoria de comunicação da empresa, a expectativa é de que a participação da produção nacional e o número de cultivares produzidas no país continuem crescendo. Só devem continuar sendo importadas algumas sementes que, para serem produzidas, necessitam de certas condições climáticas não encontradas no Brasil . É o caso de algumas flores que precisam de frio intenso durante um longo período para que produzam sementes.
O Brasil tem conseguido exportar flores assim como as hortaliças, os temperos de cheiro entre outros.
EM JAÍBA
Os pequenos produtores do Projeto Jaíba, alguns já com o plantio de culturas como alface, jiló, abóbora, pepino, entre outros, em andamento, se mostram satisfeitos com os resultados, sendo que os mesmos acreditam que a produção de sementes tem sido responsável pelos melhores números alcançados e isso se deve a variação de culturas.Vários produtores, como Valdeon Rodrigues, Isaac Martins e Ivo Rodrigues, entre tantos outros dizem ter gostado de experimentar firmar o contrato com empresas de sementes, mesmo porque eles entram com a mão-de-obra e o pagamento da água e da luz gastos na manutenção da lavoura. Em contrapartida a empresa entra com as sementes e os insumos agrícolas. Ao final as sementes passam por um processo de seleção em que só os melhores grãos são escolhidos. Por um lado, a empresa conta com o empenho e a responsabilidade do trabalho familiar. As famílias, por sua vez, recebem toda assistência técnica necessária em todas as fases da produção. A diretora da Isla, Diana Werner, diz que o cultivo de sementes de hortaliças e flores é uma ótima alternativa de renda. - Quando bem executada, a atividade pode render uma receita extra à família ou, em alguns casos, até tornar-se a fonte principal de renda – ressalta.
Ela acredita que a parceria tem tudo para dar certo e que, a partir desse ano, o novo pólo de produção da Isla esteja concretizado em Júlio de Castilhos, Rio Grande do Sul. A última safra aconteceu ainda no mês de março a início de abril. Nos meses seguintes ao período de safra, a empresa bem como as outras que atuam no seguimento e mantém contrato com os agricultores, avaliam o comportamento, a adaptação e a produtividade das cultivares. Se o resultado for positivo, poderá estabelecer um contrato diretamente com os agricultores a partir da safra 2006/07. Nesse caso, haverá ampliação do número de cultivares e das famílias agricultoras, que trabalharão como cooperantes.
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